O inhambuguaçu Crypturellus obsoletus é uma ave da família Tinamidae. Ocorre no Brasil, Venezuela, Bolívia, Peru, Paraguai Uruguai e Argentina
- Nome popular: Inhambuguaçu
- Nome inglês: Brown Tinamou
- Nome científico: Crypturellus obsoletus
- Família: Tinamidae
- Habitat:Ocorre no Brasil da Bahia ao Rio Grande do Sul. Encontrado também na Venezuela, Bolívia, Peru, Paraguai Uruguai e Argentina.
- Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes, mas também consome insetos regularmente. Já foi observado seguindo exércitos de formigas e bicando-as de vez em quando.
- Reprodução: Constrói o ninho no solo muito pouco elaborado, constituído de algumas folhas secas, sob alguma folhagem ou ao lado de algum tronco; e sua postura consiste em 2 a 3 ovos de coloração rosa-púrpura, incubados num período médio de 19 dias pelo macho. O período reprodutivo vai de agosto a novembro.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Mede em média entre 28 e 32 cm. As fêmeas em geral são um pouco maiores e apresentam coloração de tonalidade mais avermelhada.
Possui 8 subespécies reconhecidas:
- Crypturellus obsoletus ochraceiventris – no Peru central subtropical (Huánuco a Cuzco);
- Crypturellus obsoletus traylori – no sudeste do Peru subtropical (vale Marcapata de Cuzco);
- Crypturellus obsoletus punensis – no extremo sudeste do Peru e yungas no norte da Bolívia);
- Crypturellus obsoletus cerviniventris – no norte da Venezuela;
- Crypturellus obsoletus knoxi – no noroeste subtropical da Venezuela;
- Crypturellus obsoletus griseiventris – no centro-norte do Brasil (região de Santarém ao longo do rio Tapajós); também chamado de inhambu-poca-taquara, apresenta algumas diferenças quanto à coloração geral da plumagem, notadamente o ventre e cabeça mais acinzentados e bico um pouco mais longo. Possui vocalização diferenciada e mais curta, lembrando vagamente a da subespécie C. obsoletus obsoletus.
- Crypturellus obsoletus hypochraceus – no sudoeste do Brasil (alto rio Madeira em Rondônia);
- Crypturellus obsoletus obsoletus – do leste do Paraguai ao sudeste do Brasil e nordeste da Argentina (Misiones).
Comentários:
Frequenta a mata primária, nos trechos de vegetação densa e sub-bosque, e em matas secundárias. Possui vocalização em escala ascendente fortíssima, sendo a vocalização da fêmea mais longa que a do macho. Tem maior ocorrência na floresta atlântica, em praticamente todos os níveis de altitude, sendo sua presença mais marcante acima dos 400 metros. É uma ave cinegética.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
- Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.5.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/inhambuguacu Acesso em 28 Março de 2009.
- Wikipédia – disponível em: Inhambuguaçu – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Acesso em 13 de Agosto de 2008.