Sabiá-do-banhado – (Embernagra platensis)

Sabiá-do-banhado – (Embernagra platensis)

O sabiá-do-banhado Embernagra platensis é uma ave da família Thraupidae. Ocorre na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Sabiá-do-banhado Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Sabiá-do-banhado
  • Nome inglês: Great Pampa-Finch
  • Nome científico: Embernagra platensis
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Emberizoidinae
  • Habitat: Podemos encontrá-lo na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, minhocas e sementes, geralmente procura o alimento no solo.
  • Reprodução: Faz o ninho no chão bem escondido em moitas utilizando gramíneas, incuba uns 3 ou 4 ovos por ninhada. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Sabiá-do-banhado Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 20,5 e 23 centímetros de comprimento e pesa entre 45 e 47 gramas (Jaramillo, 2015). Grande espécie meridional e campestre. O adulto de sabiá-do-banhado apresenta a cabeça de coloração cinza com os loros e uma faixa transocular escura. A garganta, peito, flancos e a porção superior do ventre são cinza. Baixo ventre, crisso e penas infracaudais de coloração cinza claro apresentando no crisso e nas infracaudais tons pardacentos ou acastanhados. A nuca, dorso e as asas são esverdeados e cobertos de estrias escuras. As asas são de coloração verde oliva ligeiramente amareladas e apresentam listras amarronzadas e encontro amarelo. As rêmiges primárias são escuras. A cauda é verde oliva e particularmente longa, apresentando porção distal escurecida e arredondada. O uropígio apresenta coloração verde olivácea e as penas supracaudais são verde acinzentadas. O bico forte e robusto é de coloração alaranjada com o cúlmen escuro. Os tarsos são de coloração rosada e os pés rosa acinzentados. A plumagem do macho e da fêmea são idênticas, não apresentando dimorfismo sexual aparente. Indivíduo jovem ou imaturo da espécie apresenta coloração amarelo-esverdeado com estrias escuras. A garganta é amarela, o peito e a porção superior do ventre são amplamente estriados. Na cabeça podem ser observadas sobrancelhas grandes e amarelas da mesma cor dos loros. Um notável anel periocular amarelo reveste a pele que circunda as íris escuras. O bico é robusto e de coloração cinza escuro, sendo a mandíbula mais clara que a maxila.

Possui quatro subespécies:

  • Embernagra platensis platensis (Gmelin, 1789) – ocorre do leste do Paraguai até o sudeste do Brasil, Uruguai e na região central da Argentina;
  • Embernagra platensis catamarcana (Nores, 1986) – ocorre do sudeste da Bolívia até o sudoeste do Paraguai e no noroeste da Argentina;
  • Embernagra platensis gossei (C. Chubb, 1918) – ocorre na região oeste e central da Argentina;
  • Embernagra platensis olivascens (Orbigny, 1839) – ocorre do Sudeste da Bolívia até o Sudoeste do Paraguai e Noroeste da Argentina.
Sabiá-do-banhado Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Vive solitário ou em pares nos pântanos com alguma vegetação alta, campos sujos e úmidos. Nos campos de altitude da Mantiqueira (Itatiaia RJ a 1800 m, e Caparaó MG) anda a passos largos sobre o solo, pousa nas pontas de arbustos, segurando-se às vezes em dois galhos de uma bifurcação, pousa sobre rochas, aciona a cauda para os lados e verticalmente, voa pesadamente com pernas penduradas.

Sabiá-do-banhado Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências