A coleiro-do-norte Sporophila americana é uma ave da família Thraupidae. Ocorre no Brasil, Venezuela e Guianas.

Coleiro-do-norte Foto: Guilherme Serpa
  • Nome popular: Coleiro-do-norte
  • Nome inglês: Wing-barred Seedeater
  • Nome científico: Sporophila americana
  • Família: Thraupidae
  • Sub-família: Sporophilinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, no Amapá, Pará, ao longo do Rio Amazonas até a altura de Manaus. Encontrado também na Venezuela e Guianas.
  • Alimentação: Granívoro. Alimenta-se basicamente de grãos. Vive aos pares ou em pequenos grupos, frequentemente acompanhando outros pássaros que também se alimentam de sementes de gramíneas.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de uma tigela aberta e rala, localizado próximo ao chão ou sobre arbustos e árvores. Põe 2 a 3 ovos acinzentados com manchas cinza escuras e marrom, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Coleiro-do-norte Foto: Aisse Gaertner

Características:

Mede em média 11 cm de comprimento e pesa entre 10 e 14 gramas. O macho é preto brilhante nas partes superiores, com a garganta branca, cuja tonalidade se estende para cima, nas laterais do pescoço, formando um colar, por vezes incompleto. Possui ainda uma faixa preta no peito, duas “barras” brancas bem distintivas nas asas, sendo que a segunda pode ser reduzida, e as demais partes inferiores brancas. A fêmea e o filhote são marrom oliváceos, mais claros nas partes inferiores. O canto lembra o de Sporophila caerulescens, sendo entretanto mais prolongado.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Sporophila americana americana (J. F. Gmelin, 1789) - ocorre no nordeste da Venezuela (de Sucre ao Delta do Amacuro), Guianas e norte do Brasil (Amapá e nordeste do Pará).
  • Sporophila americana dispar (Todd, 1922) - ocorre no médio e baixo Rio Amazonas, de Manacapurú na margem norte ao Rio Juruá na margem sul, até Santarém. Esta subespécie é maior que a subespécie nominal e apresenta uma mancha branca na asa também maior. Uropígio com mais branco. Fêmea um pouco mais pálida no geral, sendo acinzentada nas partes superiores e esbranquiçada nas inferiores.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015; Clements checklist, 2016).

Coleiro-do-norte Foto: Hilton Filho

Comentários:

Frequenta áreas de gramíneas e arbustos, como campos sujos, regiões agrícolas, beiras de estradas e cidades. Fora do período reprodutivo pode reunir-se em grandes grupos. Às vezes imita outras aves.

Coleiro-do-norte Foto: Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.

Referências