Beija-flor-rubi – (Heliodoxa rubricauda)

Beija-flor-rubi – (Heliodoxa rubricauda)

O beija-flor-rubi Heliodoxa rubricauda é uma ave da família Trochilidae. Também conhecido como papo-de-fogo. Ocorre do Espírito Santo e Minas Gerais até Goiás e Rio de Janeiro.

beija-flor-rubi Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Beija-flor-rubi
  • Nome inglês: Brazilian Ruby
  • Nome científico: Heliodoxa rubricauda
  • Família: Trochilidae
  • Subfamília: Lesbiinae
  • Habitat: O beija-flor-rubi ocorre do Espírito Santo e Minas Gerais até Goiás e Rio de Janeiro.
  • Alimentação: Alimenta-se do néctar das flores. Esta espécie é muitas vezes é encontrada junto a aglomerações de brinco-de-princesaFuchsia sp nas regiões serranas. Devido ao hábito de se alimentar do néctar secretado por flores de várias espécies de plantas, os beija-flores ocupam um lugar importante nas comunidades das quais fazem parte, agindo como polinizadores. Além do néctar das plantas, os beija-flores consomem insetos, que são capturados em pleno voo.
  • Reprodução: Faz o ninho em formato de tigela confeccionado com fiapos de material macio (xaxim) e externamente enfeitado com pedaços de líquens grudados com teia de aranha. Geralmente é colocado num ramo horizontal ou forquilha de galhos. Como a maior parte das espécies de beija-flor, a fêmea põe 2 ovos brancos e é responsável pela nidificação e alimentação dos filhotes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
beija-flor-rubi Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre em torno de 11 cm de comprimento. O macho da espécie pesa entre 7 e 9,2 gramas e a fêmea pesa entre 5,9 e 7,1 gramas. (Schuchmann, 2016). Apresenta acentuado dimorfismo sexual. O macho é predominantemente verde, com a cauda avermelhada que lhe dá o epíteto específico de rubricauda, e se destaca pela coloração rubi do papo e o verde cintilante da fronte e peito. No sombreado da mata, quando em repouso, aparenta uma coloração negra destacando as manchas brancas pós-oculares. A fêmea tem coloração canela na parte de baixo do corpo, cabeça e dorso verdes, e também apresenta as manchas brancas por trás dos olhos.

beija-flor-rubi Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita o interior da mata, jardins arborizados e bananais. Vocaliza o tempo todo, desde o amanhecer do dia até o pôr do sol. Territorialista, não permite que outros pássaros (exceto o parceiro) e até insetos polinizadores se aproximem das suas fontes de alimentação, geralmente uma ou mais flores.Permite a aproximação até 30 cm e fica agressivo com a aproximação da câmera fotográfica, situação em que exibe a cor avermelhada (rubi) embaixo do pescoço e o verde-cintilante na testa, como mostra uma das fotos da galeria. Para exibir esta cor avermelhada ele arrepia as penas do pescoço e a tonalidade varia conforme o ângulo, já que se trata de um fenômeno de interferência luminosa devido à microestrutura ordenada do material (na constituição da estrutura das penas, no caso do beija-flor) conhecido como iridescência.

beija-flor-rubi Foto – Afonso de Bragança

Referências & Bibliografia:

Rabo-branco-rubro – (Phaethornis ruber)

Rabo-branco-rubro – (Phaethornis ruber)

O rabo-branco-rubro Phaethornis ruber é uma ave da família Trochilidae. Está entre os menores beija-flores do Brasil. Conhecido também como besourinho-da-mata.

Rabo-branco-rubro Foto – Flavio Pereira
  • Nome popular: Rabo-branco-rubro
  • Nome inglês: Reddish Hermit
  • Nome científico: Phaethornis ruber
  • Família: Trochilidae
  • Sub-família: Phaethornithinae
  • Habitat: Ocorre nas Guianas e Venezuela à Bolívia e no Brasil até São Paulo.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente do néctar das flores, eventualmente come também pequenos artrópodes. Em certos lugares, tornam-se numerosos em aglomerados de helicônias em floração.
  • Reprodução: Constrói o ninho em forma cônica alongada, terminando em um apêndice caudal mais ou menos longo, servindo de contrapeso. É feito de material macio como paina e detritos vegetais que são acumulados em espessa camada de material. É suspenso à face interior das folhas de palmeiras, samambaias, musáceas, Helicônia, etc., em raízes finas pendentes sob barrancos sombreados a uma distância de 1 a 3 metros do solo. Com o peso do ninho dobra-se o folíolo ou a ponta da folha, ficando o restante da mesma protegendo o ninho. Põe geralmente 2 ovos brancos e alongados, com um período de incubação de 15 dias. Os filhotes deixam o ninho com aproximadamente 18 a 22 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Rabo-branco-rubro Foto – Flavio Pereira

Características:

Mede em média 8 cm, e pesa de 1,8 a 2,2 gramas. Está entre os menores beija-flores do Brasil. Tem a cabeça verde amarronzada; faixa superciliar e infraocular ferrugíneas claras delimitando uma faixa malar preta; dorso verde ferrugíneo; uropígio e partes inferiores ferrugíneas vivas. Asas pretas; cauda preta com as pontas ferrugíneas; retrizes centrais pouco prolongadas e com as pontas ferrugíneas claras. Mandíbula amarela. Machos adultos podem ser diferenciados de fêmeas (e de jovens) pela cauda mais curta e quase sem as marginações latero-apicais ferrugem.

Possui quatro subespécies:

  • Phaethornis ruber ruber (Linnaeus, 1758) – ocorre do Suriname até a Guiana, do Leste do Brasil até o Sudeste do Peru e Norte da Bolívia;
  • Phaethornis ruber episcopus (Gould, 1857) – ocorre nas regiões Central e Leste da Venezuela, na Guiana e na região adjacente do Norte do Brasil;
  • Phaethornis ruber nigricinctus (Lawrence, 1858) – ocorre no extremo Leste da Colômbia até o Sudoeste da Venezuela e no Norte do Peru;
  • Phaethornis ruber longipennis (Berlepsch & Stolzmann, 1902) – ocorre no Sul do Peru.
Rabo-branco-rubro Foto – Flavio Pereira

Comentários:

Frequenta estrato inferior das florestas úmidas e em áreas semi-abertas adjacentes, capoeiras, jardins e quintais, passando facilmente despercebido. Voa a baixa altura com um zumbido agudo semelhante ao de uma grande abelha. Não se trata de uma espécie associada às Taquaras, porém essa espécie pode ser observada em locais onde predominam as Taquaras do gênero Guadua, seja na borda da mata ou eu seu interior. Em uma floresta no sudoeste amazônico brasileiro, Lima & Guilherme (2021) verificaram constantemente a espécie forrageando no interior de clareiras naturais dentro da mata, assim como Chlorostilbon mellisugus e Chionomesa lactea, indicando que estas espécies estão presentes em clareiras naturais.

Rabo-branco-rubro Foto – Carlos agrupilo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências