A Saíra-militar (Tangara cyanocephala) é uma ave da família Thraupidae. Conhecida também como saíra-de-lenço, pintor-coleira. Espécie endêmica do Brasil, ocorre no litoral do sul e sudeste, e também em áreas isoladas no Nordeste brasileiro.
- Nome popular: Saíra-militar
 - Nome inglês: Red-necked Tanager
 - Nome científico: Tangara cyanocephala
 - Família: Thraupidae
 - Subfamília: Thraupinae
 - Habitat: Espécie endêmica do Brasil, ocorre no sul e sudeste, com populações isoladas de raças geográficas no Nordeste brasileiro (PE, PB, AL e CE).
 - Alimentação: Alimenta-se de frutinhas, insetos, larvas e néctar/pólen de flores. Frequentam pomares. São vistas se alimentando em pequenos arbustos e até mesmo sobre vegetação rasteira.
 - Reprodução: Reproduz-se de setembro a dezembro. Faz ninhos em formato de taça com 3 ovos, geralmente feito em bromélias e emaranhados de epífitas, à média e elevada altura. Macho e fêmea cuidam dos filhotes.
 - Estado de conservação: Pouco preocupante. 

 
Características:
Mede entre 10 e 13 centímetros de comprimento e pesa entre 16 e 21 gramas. Apresenta a evidente faixa vermelho vivo ao redor do pescoço e coroa azul metálico no alto da cabeça. Nas fêmeas a faixa vermelha é mais apagada, tendendo à tonalidade canela. Corpo em tonalidade verde uniforme, com dorso negro e faixa amarela sobre as penas verdes das asas. As aves das populações do Sul do Brasil, tendem a apresentar tamanho corporal acima da média de 11 centímetros de comprimento. Por sua vez, as saíras-militares do Nordeste são menores, com tamanho abaixo da média padrão.
Possui 3 subespecies reconhecidas
- Tangara cyanocephala cyanocephala (Statius Muller, 1776) – ocorre desde o sul do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, mais o Paraguai e norte da Argentina (Missiones);
 - Tangara cyanocephala corallina (Berlepsch, 1903) – ocorre do litoral de Pernambuco até o Espírito Santo; Distingue-se da subespécie nominal por ser, em média, um pouco menor; a faixa no pescoço é de um vermelho um pouco mais pálido; a barra amarela na asa é mais estreita e as partes inferiores são mais amareladas.
 - Tangara cyanocephala cearensis (Cory, 1916) – ocorre na Serra do Baturité, no Ceará. Criticamente ameaçada. Distingue-se da subespécie nominal e da subespécie corallina por ter uma coroa de um azul-arroxeado, penas negras no alto da garganta entre a faixa vermelha e o azul do final da garganta e, principalmente, por possuir penas de cor azul celeste nas coberteiras supracaudais.
 
(Clements checklist, 2014).
Comentários:
Geralmenta é vista em cidades arborizadas, borda de mata e pequenas florestas. Quase sempre são vistos em bandos mistos com outros traupídeos
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
 - SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
 - Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
 - ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
 - CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
 
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/saira-militar Acesso em 18 Março de 2011.
 - Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tangara_cyanocephala Acesso em 31 de Outubro de 2011.
 
