Saíra-lagarta – (Tangara desmaresti)

Saíra-lagarta – (Tangara desmaresti)

A Saíra-lagarta é uma ave da família Thraupidae. É também conhecida como Saíra-da-serra, Saíra-verde. Espécie endêmica do Brasil.  Ocorre nos Estados de Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, podemos encontrá-los principalmente em pontos elevados de serras, como a Serra do Mar, Caparaó e Mantiqueira geralmente em grupos de 10 ou mais indivíduos que podem ser outros Traupídeos também.

Saíra-lagarta Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Saíra-lagarta
  • Nome inglês: Brassy-breasted Tanager
  • Nome científico: Tangara desmaresti
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Endêmica do Brasil ocorre nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de frutas e insetos, mas também come folhas e larvas.
  • Reprodução: Faz ninho tipo tigela. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 15-17 dias, saem do ninho após cerca de 20 dias. NÃO APRESENTA DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Saíra-lagarta Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 14 cm de comprimento. A vocalização consiste de sons curtos e agudos, entoados por um indivíduo e acompanhados pelos componentes do bando

Saíra-lagarta Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Encontrada principalmente nos pontos elevados da Serra do Mar, da Mantiqueira, do Caparaó, de Ibitipoca e do Caraça, em grupos de 8 a 10 indivíduos. Vive nas capoeiras e nas matas em regiões montanhosas. Foi observado nessas aves o ato de “formigar-se”, que consiste em agarrar formigas vivas com o bico e introduzi-las entre as penas, evidentemente para gozar o efeito cáustico do ácido fórmico.

Saíra-lagarta Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Saíra-militar – (Tangara cyanocephala)

Saíra-militar – (Tangara cyanocephala)

A Saíra-militar (Tangara cyanocephala) é uma ave da família Thraupidae. Conhecida também como saíra-de-lenço, pintor-coleira. Espécie endêmica do Brasil, ocorre no litoral do sul e sudeste, e também em áreas isoladas no Nordeste brasileiro.

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira
  • Nome popular: Saíra-militar
  • Nome inglês: Red-necked Tanager
  • Nome científico: Tangara cyanocephala
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil, ocorre no sul e sudeste, com populações isoladas de raças geográficas no Nordeste brasileiro (PE, PB, AL e CE).
  • Alimentação: Alimenta-se de frutinhas, insetos, larvas e néctar/pólen de flores. Frequentam pomares. São vistas se alimentando em pequenos arbustos e até mesmo sobre vegetação rasteira.
  • Reprodução: Reproduz-se de setembro a dezembro. Faz ninhos em formato de taça com 3 ovos, geralmente feito em bromélias e emaranhados de epífitas, à média e elevada altura. Macho e fêmea cuidam dos filhotes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Características:

Mede entre 10 e 13 centímetros de comprimento e pesa entre 16 e 21 gramas. Apresenta a evidente faixa vermelho vivo ao redor do pescoço e coroa azul metálico no alto da cabeça. Nas fêmeas a faixa vermelha é mais apagada, tendendo à tonalidade canela. Corpo em tonalidade verde uniforme, com dorso negro e faixa amarela sobre as penas verdes das asas. As aves das populações do Sul do Brasil, tendem a apresentar tamanho corporal acima da média de 11 centímetros de comprimento. Por sua vez, as saíras-militares do Nordeste são menores, com tamanho abaixo da média padrão.

Possui 3 subespecies reconhecidas

  • Tangara cyanocephala cyanocephala (Statius Muller, 1776) – ocorre desde o sul do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, mais o Paraguai e norte da Argentina (Missiones);
  • Tangara cyanocephala corallina (Berlepsch, 1903) – ocorre do litoral de Pernambuco até o Espírito Santo; Distingue-se da subespécie nominal por ser, em média, um pouco menor; a faixa no pescoço é de um vermelho um pouco mais pálido; a barra amarela na asa é mais estreita e as partes inferiores são mais amareladas.
  • Tangara cyanocephala cearensis (Cory, 1916) – ocorre na Serra do Baturité, no Ceará. Criticamente ameaçada. Distingue-se da subespécie nominal e da subespécie corallina por ter uma coroa de um azul-arroxeado, penas negras no alto da garganta entre a faixa vermelha e o azul do final da garganta e, principalmente, por possuir penas de cor azul celeste nas coberteiras supracaudais.

(Clements checklist, 2014).

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Comentários:

Geralmenta é vista em cidades arborizadas, borda de mata e pequenas florestas. Quase sempre são vistos em bandos mistos com outros traupídeos

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências