Categoria: Família Thraupidae

A Família Thraupidae compreende espécies de pássaros dos mais variados tipos, a maioria das espécies são endêmicas das Américas, algumas são inclusive endêmicas de biomas específicos. São aves de pequeno e médio porte, muitas de coloridos acentuados. Em geral constroem os ninhos em galhos na copa das árvores, podendo ser superficiais, na forma de um cesto aberto, ou profundo com a entrada no lado do ninho. A maioria das espécies nidifica em uma área escondida pela vegetação muito densa. A postura varia de três a cinco ovos, que são incubados pela fêmea, sendo que, em alguns casos, o macho alimenta a parceira enquanto ela incuba. Alimentam-se de frutos, insetos, larvas e besouros.
Existem 157 espécies com ocorrência no Brasil.
A Família Thraupidae é composta por 14 Subfamílias

Subfamília Charitospizinae Burns, Shultz, Title, Mason, Barker, Klicka, Lanyon & Lovette, 2014 –
Subfamília Orchesticinae Burns, Shultz, Title, Mason, Barker, Klicka, Lanyon & Lovette, 2014 –
Subfamília Nemosiinae Bonaparte, 1854 –
Subfamília Emberizoidinae Burns, Shultz, Title, Mason, Barker, Klicka, Lanyon & Lovette, 2014 –
Subfamília Porphyrospizinae Burns, Shultz, Title, Mason, Barker, Klicka, Lanyon & Lovette, 2014 –
Subfamília Hemithraupinae Sundevall, 1872 –
Subfamília Dacninae Sundevall, 1836 –
Subfamília Saltatorinae Bonaparte, 1853 –
Subfamília Coerebinae d’Orbigny & Lafresnaye, 1838 –
Subfamília Tachyphoninae Bonaparte, 1853 –
Subfamília Sporophilinae Ridgway, 1901 –
Subfamília Poospizinae Wolters, 1980 –
Subfamília Diglossinae Sclater, 1875 –
Subfamília Thraupinae Cabanis, 1847 –

Galeria de Fotos

Saíra-sete-cores – (Tangara seledon)

Sanhaço-de-encontro-amarelo – (Thraupis ornata)

Sanhaço-cinzento – (Thraupis sayaca)

Saíra-amarela – (Stilpnia cayana)

Tiê-sangue – (Ramphocelus bresilius)

Saí-azul – (Dacnis cayana)

Saíra-douradinha – (Tangara cyanoventris)

Trinca-ferro – (Saltator similis)

Bigodinho – (Sporophila lineola)

Canário-da-terra – (Sicalis flaveola)

Cardeal-do-nordeste – (Paroaria dominicana)

Coleirinho – (Sporophila caerulescens)

Saí-canário – (Thlypopsis sordida)

Canário-do-brejo – (Emberizoides ypiranganus)

O canário-do-brejo Emberizoides ypiranganus é uma ave da família Thraupidae. Ocorre na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Canário-do-brejo Foto – Jarbas Mattos
  • Nome popular: Canário-do-brejo
  • Nome inglês: Lesser Grass-Finch
  • Nome científico: Emberizoides ypiranganus
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Emberizoidinae
  • Habitat: Ocorre na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. No Brasil ocorre nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Goiás.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes e insetos.
  • Reprodução: Constrói o ninho em touceiras de gramíneas, em formato de taça, geralmente põe em torno de 2 ou 3 ovos que são incubados por cerca de 10 dias. O macho também se responsabiliza por ajudar na alimentação dos filhotes. O período reprodutivo se inicia no mês de outubro se estende até março. Com efeito, este período reprodutivo se inicia no mês de outubro se estendendo até março.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc Família Thraupidae
Canário-do-brejo Foto – Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 20 centímetros e pesa entre 18,5 e 22 gramas. Espécie paludícola meridional, parecida com o canário-do-campo (Emberizoides herbicola), sendo porém, nitidamente menor. Possui a cauda relativamente mais curta, estriação do lado superior mais larga e negra, lados da cabeça cinzentos em vez de pardacentos, retrizes centrais mais entalhadas, maxila negra, tomias e mandíbulas amareladas e apresenta ainda, pernas pardacento claras.

Canário-do-brejo Foto – Carlos Grupilo

Comentários:

Frequenta banhados e campos. Vive em pantanos intercalados em regiões campestres, às vezes, em brejos pequenos, quase secos, com moitas de carqueja (Baccharis sp). Alimenta-se e refugia-se na base das plantas, mas voa, às vezes, alto para bem longe.

Canário-do-brejo Foto – Julio Filipino

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências