Figuinha-de-rabo-castanho – (Conirostrum speciosum)

A figuinha-de-rabo-castanho é uma ave da família Thraupidae.É comum em campos com árvores e arbustos, florestas de galeria e de várzea, ilhas fluviais e vegetação à beira de rios

Figuinha-de-rabo-castanho Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Figuinha-de-rabo-castanho
  • Nome inglês: Chestnut-vented Conebill
  • Nome científico: Conirostrum speciosum
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Diglossinae
  • Habitat: Ocorre em Roraima e grande parte da região ao sul do Rio Amazonas, e no restante do País, encontrado também em todos os demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia -, Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Geralmente anda em casais ou pequenos grupos, procurando insetos no meio da folhas. Adoram verificar as pequenas folhas das árvores leguminosas, como as do Angico vermelho – Anadenanthera colubrina, percorrendo cada uma delas na busca de lagartas.
  • Reprodução: Constrói o ninho em galhos de arvores a uma altura de 3 a 45 m podo uma média de 3 ovos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Figuinha-de-rabo-castanho Foto – Afonso de Bragança

Características:

As cores do macho facilitam a identificação, embora o cinza azulado dominante, mais escuro na parte superior, possa levar à confusão com a Balança-rabo-de-mascara – Polioptila dumicola, se observado à distância e rapidamente. Além de não ter o hábito de manter a cauda levantada, por baixo da base da mesma aparecem as penas marrom avermelhadas que o distinguem de todas as outras aves. O formato de bico, longo e cônico, bem como da cabeça ajudam na determinação da espécie. A fêmea é completamente diferente, parecendo outra espécie, não fosse o formato do bico. Só a cabeça é levemente cinza azulado, com as costas e cauda esverdeadas e partes inferiores cinza claro (sem as penas marrons na base da cauda). Uma fina listra superciliar cinza clara encontra-se com a testa da mesma cor. Felizmente, sempre estão próximas aos machos em suas caçadas diárias, facilitando a identificação. Mede cerca de 11 cm. Vive aos pares ou em pequenos grupos, freqüentemente participando de bandos mistos de copa, o que o torna difícil de ser observado. Habita florestas, capoeiras, parques e jardins. Migratório, no Centro-Oeste aparece no mês de outubro, parecendo ser migratório. Em outras partes do Brasil também é uma ave de ocorrência transitória, embora ainda não tenha sido determinada uma migração para ela. No sul do país, desaparece a partir de abril para retornar no final do ano.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Conirostrum speciosum speciosum (Temminck, 1824) – ocorre do sudoeste do Peru na região de Puno até o leste do Brasil, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina
  • Conirostrum speciosum amazonum (Hellmayr, 1917) – ocorre do leste da Colômbia até o sudoeste da Venezuela, nas Guianas, no norte do Brasil e no leste do Peru;
  • Conirostrum speciosum guaricola (Phelps & W. H. Phelps Jr, 1949) – ocorre na porção Tropical central da Venezuela; na região leste de Guárico e oeste de Anzoátegui.

(IOC World Bird List 2017).

Figuinha-de-rabo-castanho Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

No Centro-Oeste aparece no mês de outubro, parecendo ser migratório. Em outras partes do Brasil também é uma ave de ocorrência transitória, embora ainda não tenha sido determinada uma migração para ela. No sul do país, desaparece a partir de abril para retornar no final do ano. Um movimento amplo faria como essas aves passassem pelo Pantanal.

Figuinha-de-rabo-castanho Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Tipio – (Sicalis luteola)

O tipio Sicalis luteola é uma ave da família Thraupidae. Ocorre do México e América Central até a Argentina. Conhecido como canário-da-horta e canário-da-grama.

Tipio Foto – Renato Costa Pinto
  • Nome popular: Tipio
  • Nome inglês: Grassland Yellow-Finch
  • Nome científico: Sicalis luteola
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Diglossinae
  • Habitat: Ocorre do México e América Central até a Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de sementes.
  • Reprodução: Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 4 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias. Nidifica em grupos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Tipio Foto – Renato Costa Pinto

Características:

Mede 12,5 centímetros de comprimento. O macho distingue-se do canário-da-terra (Sicalis flaveola) por faltar-lhe o amarelo no píleo, porém possui um distinto desenho amarelo no loro e em torno do olho. Garganta e ventre também são amarelos vivos, contrastando com uma estria malar e peito acinzentados e manto intensamente estriado a anegrado. A fêmea é parecida com o macho, porém com menos amarelo.

Possui oito subespécies:

  • Sicalis luteola flavissima (Todd, 1922) – ocorre nas ilhas da foz do Rio Amazonas e na área adjacente do estado do Pará; Semelhante a S. l. luteola
  • Sicalis luteola luteiventris (Meyen, 1834) – ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também no Peru, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina.
  • Sicalis luteola chapmani (Ridgway, 1899) – ocorre na região Central do Pará.
  • Sicalis luteola luteola (Sparrman, 1789) – ocorre na Colômbia a oeste da Cordilheira dos Andes até a Venezuela, nas Guianas e no Norte do Brasil;
  • Sicalis luteola chrysops (P. L. Sclater, 1862) – ocorre do Sul do México nos estados de Veracruz e Chiapas até a Guatemala e Nordeste de Honduras;
  • Sicalis luteola mexicana (Brodkorb, 1943) – ocorre na costa do Oceano Pacífico do Sul do México até os estados de Puebla e Morelos;
  • Sicalis luteola eisenmanni (Wetmore, 1953) – ocorre na costa do Oceano Pacífico até a Costa Rica em Guanacaste e no Panamá na região de Coclé;
  • Sicalis luteola bogotensis (Chapman, 1924) – ocorre a Leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia até a Venezuela, Equador e no Sul do Peru.
Tipio Foto – Renato Costa Pinto

Comentários:

Frequenta campos limpos, tanto secos quanto úmidos e até em áreas urbanizadas. Corre pelo chão sempre em bandos, mesmo na época de reprodução. Quando migra, reúnem-se às centenas em moitas de taquara para dormir.

Tipio Foto – Renato Costa Pinto

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/tipio Acesso em 18 Março de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sicalis_luteola Acesso em 31 de Outubro de 2010.