Gavião-belo – (Busarellus nigricollis)

Gavião-belo – (Busarellus nigricollis)

O gavião-belo é uma ave da família Accipitridae. Também conhecido como gavião-lavadeira e gavião-velho. Ocorre do México à Argentina, e em quase todo o Brasil.

Gavião-belo Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gavião-belo
  • Nome inglês: Black-collared Hawk
  • Nome científico: Busarellus nigricollis
  • Família: Accipitridae
  • Subfamília: Accipitrininae
  • Habitat: Ocorre do México à Argentina, e em quase todo o território brasileiro.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, caramujos e principalmente peixes, os quais consegue capturar em águas rasas próximas à borda, segurando-os com os pés, graças aos dedos serrilhados e às unhas compridas e curvas. Ocasionalmente captura e se alimenta de pequenos roedores e lagartos
  • Reprodução: Faz ninho de gravetos em formato de plataforma, localizado entre 12 e 15 m, em manguezais ou árvores na borda de pântanos, é construído pelo casal, a incubação dura entre 35 e 40 dias e é executada unicamente pela fêmea. Durante este período, o macho alimenta a fêmea. Os filhotes são alimentados por ambos os pais por cerca de 45 dias. Eles ficam completamente independentes por volta dos 90 dias de idade. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Gavião-belo Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em média entre 46 e 53 centímetros, com uma envergadura total que varia entre 1,10 e 1,30 metros. Nos adultos, a cabeça é de coloração branco encardido, com uma coroa ligeiramente manchada de marrom escuro. O manto, asas e cauda é completamente laranja-marrom com listras pretas finas restritas a raque das penas. O peito e a garganta são claros. Apresenta uma mancha negra crescente no pescoço. O ventre é vermelho-alaranjado. O crisso é castanho claro. As primárias são completamente negras. As terciárias são vermelho-alaranjado com grandes margens escuras.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Busarellus nigricollis nigricollis (Latham, 1790) – ocorre das planícies alagadas da região central do México até a Amazônia brasileira e o leste da Bolívia;
  • Busarellus nigricollis leucocephalus (Vieillot, 1816) – ocorre do Paraguai, Uruguai e norte da Argentina até o sudeste do Brasil.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Gavião-belo Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É localmente comum em beiras de lagos, pântanos, campos inundados e manguezais. Geralmente sua ocorrência está associada à presença de extensos banhados, pântanos, campos inundados e manguezais, já que sua dieta principal consiste em peixes. Pesca durante todo o dia, mesmo nas horas quentes, ficando no poleiro exposto, esperando, aguardando uma oportunidade de pesca. No final da tarde, voa para uma árvore alta, próxima ou não, para passar a noite.

Gavião-belo Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Gavião-carijó – (Rupornis magnirostris)

Gavião-carijó – (Rupornis magnirostris)

O Gavião-carijó Rupornis magnirostris é uma ave da família Accipitridae. Ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.

ALT Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Gavião-carijó
  • Nome inglês: Roadside Hawk
  • Nome científico: Rupornis magnirostris
  • Família: Accipitridae
  • Subfamília: Accipitrininae
  • Habitat: Ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.
  • Alimentação: Sua ampla distribuição geográfica também se reflete nos seus hábitos alimentares generalistas, pois consome desde insetos até aves e lagartos. Procura os abrigos diurnos de morcegos para atacá-los enquanto dormem. Ataca ninhos de outras aves e por isso é ferozmente perseguido por Suiriris, Bem-te-vis e Tesourinhas.
  • Reprodução: Constrói o ninho de gravetos revestido por folhas com cerca de meio metro de diâmetro, geralmente no topo de uma árvore grande. As fêmeas apresentam os dois ovários desenvolvidos, em vez de apenas o esquerdo como as outras aves. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho. Os ovos são geralmente manchados, de cor muito variável, até dentro de uma mesma postura. Quando está reproduzindo pode tornar-se agressivo, atacando até mesmo seres humanos que se aproximem de seu ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Características:

Pesa de 250 a 300 gramas e mede de 31 a 41 centímetros de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. O peito é ferruginoso e apresenta largas estrias verticais. O ventre e as pernas são brancos, com primoroso barrado ferrugíneo. A base da cauda é branca, mas vai se tornando barrada em direção à extremidade. Existem duas listras negras bem visíveis na extremidade da cauda. Quando em voo, suas asas são largas e de comprimento médio. Bico recurvado escuro com cere amarela. A íris é clara. Os tarsos e pés são amarelos e apresentam garras escuras, a coloração básica da parte inferior das asas é o bege estriado com finas listras escuras.

Possui doze subespécies:
  • Rupornis magnirostris magnirostris (Gmelin, 1788) – ocorre na Colômbia e no oeste do Equador até as Guianas e na Amazônia brasileira;
  • Rupornis magnirostris griseocauda (Ridgway, 1874) – ocorre no México até o noroeste da Costa Rica e no oeste do Panamá.
  • Rupornis magnirostris conspectus (J. L. Peters, 1913) – ocorre no sudoeste do México (nas regiões de Tabasco e na Península de Yucatán) até o norte de Belize;
  • Rupornis magnirostris sinushonduri (Bond, 1936) – ocorre em Honduras, nas ilhas de Bonacca e Roatán;
  • Rupornis magnirostris petulans (P. L. Sclater & Salvin, 1869) – ocorre no sudoeste da Costa Rica e no oeste do Panamá e nas ilhas adjacentes;
  • Rupornis magnirostris alius (J. L. Peters & Griscom, 1929) – ocorre nas Ilhas Pérola (San José e San Miguel) no Golfo do Panamá;
  • Rupornis magnirostris occiduus (Bangs, 1911) – ocorre no oeste da Amazônia brasileira, no Peru e no norte da Bolívia;
  • Rupornis magnirostris saturatus (P. L. Sclater & Salvin, 1876) ocorre no sudoeste do Brasil até o Paraguai, Bolívia e no oeste da Argentina;
  • Rupornis magnirostris nattereri (P. L. Sclater & Salvin, 1869) – ocorre no nordeste do Brasil até o sul do estado da Bahia;
  • Rupornis magnirostris magniplumis (W. Bertoni, 1901) – ocorre no sul do Brasil até o nordeste da Argentina, na província de Misiones e na região adjacente do Paraguai;
  • Rupornis magnirostris pucherani (J. Verreaux & E. Verreaux, 1855) – ocorre no Uruguai e no noroeste da Argentina ao sul da Província de Buenos Aires;
  • Rupornis magnirostris gracilis (Ridgway, 1885) – ocorre nas ilhas de Cozumel e Holbox ao largo da Península de Yucatán.
Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Costuma voar em casais, fazendo movimentos circulares enquanto os dois vocalizam em dueto. Possui o hábito de utilizar o mesmo poleiro de caça por longo tempo (dias e até semanas). Adapta-se a regiões urbanizadas.

Gavião-carijó Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências