A caturrita Myiopsitta monachus é uma ave da família Psittacidae. Ocorre no Brasil, Argentina Chile, Paraguai e Uruguai.

Caturrita Foto: Renato Costa Pinto
  • Nome popular: Caturrita
  • Nome inglês: Monk Parakeet
  • Nome científico: Myiopsitta monachus
  • Família: Psittacidae
  • Sub-família: Arinae
  • Habitat: Ocorre a leste dos Andes, desde o norte da Bolívia até a Patagônia na Argentina. No Brasil podemos encontrá-los nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de frutos, verduras, legumes, sementes de arbustos e capins, flores e brotos.
  • Reprodução: Constrói os ninhos em formato de estruturas cilíndricas fechadas, unidas aos ninhos vizinhos através das paredes externas. Utiliza gravetos, nos galhos mais altos de diferentes tipos de árvores. Os ninhos são usados durante todo o ano, pois, quando não estão no período reprodutivo, as caturritas usam-nos para dormir ou como proteção em caso de tempestades. A caturrita chega a pôr 11 ovos por postura, sendo que cerca de 7 dos filhotes conseguem chegar à idade adulta. Reproduz-se entre julho e dezembro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Caturrita Foto: Aisse Gaertner

Características:

Mede em média entre 28 e 33 cm de comprimento. Tem penas verdes no dorso, que contrastam com a barriga, peito, garganta e testa acinzentados. O bico é pequeno e alaranjado. No peito, a plumagem é escamada e as asas e cauda possuem penas longas azuladas.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Myiopsitta monachus monachus (Boddaert, 1783) - ocorre no sul do Brasil, no Uruguai e no nordeste da Argentina. Esta subespécie é a descrita acima.
  • Myiopsitta monachus cotorra (Vieillot, 1818) - ocorre no sul da Bolívia até o Paraguai, e na região adjacente do Brasil e no noroeste da Argentina. As subespécies cotorra e calita são muito parecidas e de difícil distinção, entretanto a subespécie cotorra apresenta a plumagem com cores mais claras e a barriga menos amarelada. (Juniper & Parr, 1998).
  • Myiopsitta monachus calita (Jardine & Selby, 1830) - ocorre no oeste da Argentina, desde a região de Salta até o oeste de Córdoba, Mendoza e La Pampa. Esta subespécie é menor que a subespécie nominal e muito parecida com a subespécie cotorra, entretanto apresenta mais azul nas asas, e cinza mais escuro na cabeça. (Juniper & Parr, 1998).

(Clements checklist, 2014).

Caturrita Foto: Aisse Gaertner

Comentários:

Frequenta florestas secas, de galeria, plantações e áreas urbanas, até mais 1000 metros de altitude.. Pode ser encontrada em casais ou bandos de 15 a 50 indivíduos ou em números maiores depois da reprodução, j[a foram observados bandos com mais de 100 aves. No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares. Com o desaparecimento das matas onde vivia, a caturrita começou a procurar alimento nas culturas que hoje ocupam seu habitat natural. Com alimento fácil e a extinção progressiva de seus predadores, como o gavião, a população da espécie aumentou consideravelmente. O plantio de eucalipto, também tem um papel importante na explosão populacional das caturritas. A ave encontrou no eucalipto um local perfeito para nidificar, construindo ninhos nos galhos mais altos da árvore a mais 10 metros de altura, onde os ovos, filhotes e adultos ficam muito bem protegidos do ataque dos seus inimigos naturais.

Caturrita Foto: Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências