Maria-cavaleira – (Myiarchus ferox)

Maria-cavaleira – (Myiarchus ferox)

A maria-cavaleira Myiarchus ferox é uma ave da família Tyrannidae. Ocorre em quase toda a América do Sul desde as Guianas até a Argentina.

Maria-cavaleira Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular:Maria-cavaleira
  • Nome inglês:Short-crested Flycatcher
  • Nome científico: Myiarchus ferox
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Tyranninae
  • Habitat: Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de insetos alados que captura em vôos curtos, retornando ao poleiro em seguida, mas também caça insetos sobre as folhas e ramos de árvores e consome pequenos frutos.
  • Reprodução: Constrói o ninho em buracos de árvores. São geralmente postos dois ovos amarelados.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Maria-cavaleira Foto – Afonso de Bragança

Características:

Tem a garganta e parte superior cinzas, com a barriga amarela. Dorso escuro, com a cabeça relativamente grande e penas do topete mantidas semieriçadas. Bico escuro e forte. Cauda longa, do mesmo tom das costas. Nas asas, duas faixas claras e bordos claros nas penas de vôo. Essa espécie, Myiarchus swainsoni e Myiarchus tyrannulus são muito parecidas, de difícil identificação até para especialistas. O bico é todo negro, embora os detalhes somente possam ser observados de perto e com ótima luz.

Possui três subespécies, das quais duas ocorrem no Brasil:

  • Myiarchus ferox ferox (Gmelin, 1789) – ocorre na porção tropical do sudeste da Colômbia até o norte da Bolívia, nas Guianas e no norte do Brasil;
  • Myiarchus ferox brunnescens Zimmer & W. H. Phelps, 1946 – ocorre nos alagados (Llanos) do leste da Colômbia até a Venezuela e Guiana;
  • Myiarchus ferox australis Hellmayr, 1927 – ocorre do sudeste do Brasil até o leste da Bolívia, leste do Paraguai e no nordeste da Argentina.
Maria-cavaleira Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita em matas, seja em áreas abertas ou matas fechadas mantém-se pousados abaixo da copa. Usam desde as árvores altas até o sub bosque das florestas, bem como vivem nas áreas de cerrado aberto. Seus hábitos não diferem muito das outras marias-cavaleiras, pois passa a maior parte do tempo imóvel, empoleirada no estrato médio de bordas de matas.

Maria-cavaleira Foto – Afonso de Bragança

Referências bibliográficas:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/maria-cavaleira Acesso em 08 Setembro de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria-cavaleira Acesso em 14 de Outubro de 2010

Neinei – (Megarynchus pitangua)

O neinei Megarynchus pitangua é uma ave da família Tyrannidae. Ocorre no Brasil, e também do México até á Argentina.

Neinei Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Neinei
  • Nome inglês: Boat-billed Flycatcher
  • Nome científico: Megarynchus pitangua
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Tyranninae
  • Habitat: Ocorre do México a Argentina e em todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de insetos e frutos. Já foi visto pescando pequenos peixes e caçando pequenos lagartos e filhotes de outras aves.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho, em formato de tigela rasa feita de gravetos e grama, enquanto o macho traz o material. Ninho pequeno e situado nas partes altas das árvores isoladas. A fêmea bota 2 ou 4 ovos claros com pequenas manchas e os choca sozinha. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que saem do ninho após 23 a 26 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Neinei Foto – Hilton Filho

Características:

Tem o bico muito largo e chato, que é, aliás, muito variável; tem o tarso muito curto. Ave que lembra muito o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), mas seu bico é muito robusto e sua vocalização totalmente difere. Os dois únicos meios de diferenciar o neinei são pela vocalização, bem diferente da vocalização do bem-te-vi, ou pelo tamanho do bico, que é bem maior que o do bem-te-vi. O problema é que o bico é mais largo que comprido, então seu tamanho chama mais atenção quando visto por baixo do que de perfil. Mede cerca de 21-23 cm. E pesa em torno de 52-68 gramas.

Possui seis subespécies:

  • Megarynchus pitangua pitangua (Linnaeus, 1766) – ocorre da região tropical (norte e central) da América do Sul até o norte da Argentina; ocorre também na ilha de Trinidad;
  • Megarynchus pitangua chrysogaster (P. L. Sclater, 1860) – ocorre nas encostas do Oceano Pacifico do oeste do Equador e no noroeste do Peru na região de Tumbes e no norte de Piura;
  • Megarynchus pitangua mexicanus (Lafresnaye, 1851) – ocorre no leste do México, na região de Tamaulipas até o noroeste da Colômbia; ocorre também na ilha de Cébaco no Panamá;
  • Megarynchus pitangua tardiusculus (R. T. Moore, 1941) – ocorre nos sopés das montanhas do noroeste do México, do sul do estado de Sinaloa até Nayarit;
  • Megarynchus pitangua caniceps (Ridgway, 1906) – ocorre no sudoeste do México, no sul do estado de Jalisco;
  • Megarynchus pitangua deserticola (Griscom, 1930) – ocorre na região central da Guatemala, no Vale do Rio Negro.
Neinei Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Frequentam florestas, paisagens abertas com árvores esparsas, cerrados e áreas urbanas arborizadas, de preferência onde haja água. Ave migratória, sendo encontrada nos meses mais quentes do ano. O casal tem o hábito de cantar em dueto, porém este é mal sincronizado. Apesar da aparência quase idêntica ao seu primo bem-te-vi, o neinei se comporta de forma um tanto diferente. É muito mais tímido, sendo mais fácil de ouvir que ver, pois passa a maior parte do seu tempo na copa das árvores.

Neinei Foto – Aisse Gaertner

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências