Pica-pau-pequeno – (Veniliornis passerinus)

O pica-pau-pequeno Veniliornis passerinus é uma ave da família Picidae. Conhecido como picapauzinho-anão. Ocorre da Venezuela à Bolívia, Paraguai e no Brasil.

Pica-pau-pequeno Foto – Expedito Máximo
  • Nome popular: Pica-pau-pequeno
  • Nome inglês: Little Woodpecker
  • Nome científico: Veniliornis passerinus
  • Família: Picidae
  • Subamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre da Venezuela à Bolívia, Paraguai e Brasil amazônico e central ( até o oeste do Paraná ) e setentro-oriental ( interior do Nordeste )
  • Alimentação: São basicamente insetívoros. Macho e fêmea costumam estar próximos nos deslocamentos para busca de alimentação. Acompanham bandos mistos na mata, explorando os troncos e apanhando insetos sob a casca. Furam os galhos e troncos com broca. Assim como outras espécies de picapaus, o picapauzinho-anão através de pancadas ligeiras, ausculta a árvore para descobrir os lugares carunchados, para posteriormente se alimentar de larvas e/ou besouros ali presentes. Aprecia algumas frutas como manga e abacate.
  • Reprodução: Reproduz-se de julho a novembro. Constrói o ninho em colmos de bambu, palmeiras ou galhos secos, onde põe seus ovos brancos e brilhantes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. 
Pica-pau-pequeno Foto – Expedito Máximo

Características:

Tem cerca de 15 cm de comprimento. É o menor representante do gênero Veniliornis. De cor verde-amarelada, mais clara nas partes inferiores. Coberteiras superiores das asas salpicadas de amarelo; partes inferiores barradas de cinza. Nuca e vértice vermelhos no macho.

Tem  nove subespécies reconhecidas:

    • Veniliornis passerinus passerinus (Linnaeus, 1766): Com as coberteiras superiores das asas sem pontas claras. Tem os lados da cabeça marrom-dourado e lado ventral barrado escuro e esbranquiçado. Norte do Brasil, PA, RR, Ap até Ilha do Marajó.
    • Veniliornis passerinus agilis (Cabanis & Heine, 1863): Com as coberteiras superiores das asas sem pontas claras. Com faixa superciliar e malar claras. Leste da região amazônica até o oeste do Brasil;
    • Veniliornis passerinus diversus (Zimmer, 1942): Com as coberteiras superiores das asas sem pontas claras. Lado ventral largamente barrado, as coberteiras superiores das asas com fina estria mediana clara. Macho com parte traseira do alto da cabeça vermelha. Extremo norte do Brasil.
    • Veniliornis passerinus fidelis (Hargitt, 1889): ocorre do Leste da Colômbia até o Oeste da Venezuela;
    • Veniliornis passerinus insignis (Zimmer, 1942): Com as coberteiras superiores das asas sem pontas claras. No lado ventral com as barras claras mais largas do que as escuras e o alto da cabeça com vermelho da metade traseira até a nuca. Oeste do Brasil ao sul do Rio Amazonas.
    • Veniliornis passerinus modestus (Zimmer, 1942): ocorre no Nordeste da Venezuela;
    • Veniliornis passerinus olivinus (Natterer & Malherbe, 1845): Com as coberteiras superiores das asas nas pontas claras. Com o vermelho do alto da cabeça na parte traseira da nuca; lados da cabeça verde-oliva. Sudoeste, sudeste e sul do Brasil.
    • Veniliornis passerinus taenionotus(Reichenbach, 1854): Com as coberteiras superiores das asas nas pontas claras. Alto da cabeça inteiramente vermelho no macho e o lado ventral fortemente barrado. Nordeste do Brasil, desde Maranhão até a Bahia
    • Veniliornis passerinus tapajozensis (Gyldenstolpe, 1941): Com as coberteiras superiores das asas sem pontas claras. sem faixa superciliar e malar. Com o lado dorsal mais amarelado manchado vermelho. Norte do Brasil próximo ao Rio Tapajós.
Pica-pau-pequeno Foto – Expedito Máximo

Comentários:

Habitam áreas abertas, clareiras e bordas de matas secas, caatingas, cerrados, matas de galeria, de várzea e de terra firme. Encontrado também em mata secundária, mata ripária com bambu, mangues e zonas rurais, pastos e campos. Encontrado solitário, aos pares ou em grupos familiares. Muito ariscos, movimentam-se rapidamente pelas copas ao perceberem qualquer movimento estranho. Como os outros pica-paus, escondem-se atrás dos troncos quando percebem uma pessoa, tornando a observação dos detalhes ainda mais difícil. Observáveis em todos os ambientes florestados, atravessam, em rápidos voos ondulados, áreas de campo entre capões ou árvores isoladas. Aparece em locais com arbustos densos.

Pica-pau-pequeno Foto – Expedito Máximo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Pica-pau-do-campo – (Colaptes campestris)

O pica-pau-do-campo Colaptes campestris é uma ave da família Picidae. Ocorre desde o nordeste do Brasil ao Uruguai, podendo ser avistado também no Paraguai, na Bolívia, na Argentina .

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pica-pau-do-campo
  • Nome inglês: Campo Flicker
  • Nome científico: Colaptes campestris
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre desde o nordeste do Brasil ao Uruguai, podendo ser avistado também no Paraguai, na Bolívia, na Argentina e no baixo Amazonas, inclusive no Suriname. Invade a Amazônia vindo do sul, estendendo seu domínio no Brasil oriental, em função dos desmatamentos.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. A secreção de sua glândula mandibular é como uma cola que faz com que a língua funcione como uma vara de fisgo para capturar os insetos.
  • Reprodução: Os ninhos são bastante elaborados, e em muitos casos, construídos a cada período reprodutivo. Preferem cavar a face do barranco que se inclina para o solo, o que facilita a proteção quanto à chuva e a defesa de entrada. Geralmente fazem mais de uma cavidade, sendo que a entrada corresponde ao tamanho do corpo desta espécie, não permitindo que outras aves e/ou predadores tenham acesso (SICK, 1997). Põe de 4 a 5 ovos brancos, límpidos e brilhantes. Macho e fêmea fazem a incubação. Os filhotes nascem nus e cegos e são alimentados com bolas de insetos conglomerados e larvas de cupim, regurgitadas pelos pais.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Características:

Possuindo 32 centímetros, essa espécie é facilmente identificável por conta da sua coloração; tem os lados da cabeça e do pescoço amarelos, assim como o peito, o alto da cabeça e a nuca são negros, da mesma forma que o bico e os tarsos, manto e barriga barrados e o baixo dorso é visivelmente branco ao voo. Existem duas subespécies que se distinguem pela cor da garganta. C. campestris campestroides de cor branca e C. campestris campestris de cor negra, cuja ocorrência é do estado de São Paulo ao norte de Santa Catarina, onde ocorrem ambas as subespécies. Da região central de SC ao Rio Grande do Sul ocorre somente C. campestris campestroides (de garganta branca). Vivem aos pares ou em pequenos bandos, sendo que o macho apresenta em ambos os lados da cabeça duas faixas avermelhadas.

Possui duas subespécies reconhecidas que se distinguem pela cor da garganta.

  • Colaptes campestris campestris (Vieillot, 1818) – ocorre do Sul do Suriname até o Leste do Brasil, na Bolívia, na região central do Paraguai e em Missiones na Argentina; Esta subespécie possui a garganta na cor negra.
  • Colaptes campestris campestroides (Malherbe, 1849) – ocorre do Sul do Paraguai até o Sudeste do Brasil, no Uruguai e no Centro da Argentina. Esta subespécie possui a garganta na cor branca.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita campos e cerrados, vive em casais e, às vezes em pequenos grupos. Terrícola, costuma capturar insetos no solo, mas ao se sentir ameaçado procura árvores ou grandes pedras para se proteger. Vivem aos pares ou em pequenos bandos (DEVELEY & ENDRIGO, 2004).

Pica-pau-do-campo Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências