Pica-pau-branco – (Melanerpes candidus)

Pica-pau-branco

O pica-pau-branco é uma ave da família Picidae. Também é conhecido como birro ou cri-cri, sendo estes nomes referentes ao seu canto.

Pica-pau-branco Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pica-pau-branco
  • Nome inglês: White Woodpecker
  • Nome científico: Melanerpes candidus
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre da foz do rio Amazonas e na região de Óbidos, estendendo-se para as regiões campestres de todo o Brasil. Encontrado também no Suriname, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai.
  • Alimentação: A sua alimentação consiste basicamente de insetos e suas larvas, sementes, frutos e mel. Caçam insetos, especialmente sob a casca. Atacam ninhos de marimbondos e vespas. Nessas ocasiões, é notável como esses insetos voam próximos ao pica-pau, sem atacá-los com seus ferrões. Procuram, avidamente, as larvas nas casas de marimbondo, destruindo-as por completo. Ataca também cupinzeiros arborícolas e vem ao solo para capturar formigas. Além de insetos, alimentam-se de frutos, inclusive plantas cultivadas em pomares, como mamão, laranja, bananas e outros.
  • Reprodução: Escava o ninho em troncos de árvores secas e palmeiras e, às vezes, utiliza uma cavidade natural em rochas, onde põe 3 a 4 ovos brancos e brilhantes. Os filhotes deixam o ninho com aproximadamente 35 a 36 dias. Durante a época do acasalamento realiza voos de exibição.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pica-pau-branco Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em média 28 cm e pesa entre 98 e 136 gramas. O macho apresenta manto preto, as asas com as penas de voo marrom escuro, as coberteiras são pretas. A parte inferior das costas é branca. O uropígio é escuro amarronzado mas com a base branca. As penas retrizes exteriores da cauda mostram manchas brancas. As partes inferiores, garganta, peito, ventre e crisso são brancos mas podem apresentar uma coloração branco-creme ligeiramente lavada. Podemos ver uma mancha amarela na parte inferior da barriga, às vezes atingindo até a parte inferior do peito. A coloração das penas na parte inferior das asas é marrom-acinzentado com as coberteiras pretas. A cabeça é branca e apresenta uma faixa loral escura e uma listra preta estreita da parte traseira inferior do olho que se curva para baixo atingindo até a parte superior do manto. Na nuca, algumas penas são mais longas e de coloração amarelo pálido. O bico é forte, reto e longo com ponta em formato de cinzel. Sua coloração é preta com uma base mais pálida, esverdeada ou esbranquiçada. Os olhos são brancos ou amarelo pálido. Eles são rodeados por um amplo anel periocular de coloração amarelo-dourado. Pernas e pés são acinzentados. A fêmea tem a plumagem semelhante a plumagem do macho, mas ela não tem as penas amarelas na nuca, e a listra preta da cabeça não tão bem definida como no indivíduo do sexo masculino, sendo mais diluída ou embaçada.

Pica-pau-branco Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habitam áreas campestres, pastos, eucaliptais, capoeiras ralas, buritizais, plantações e áreas rurais. Vive também em cidades, parques, jardins, pomares, bordas de brejos arborizados e no Pantanal de Mato Grosso. Encontrado em grupos de 6 a 10 indivíduos, podendo chegar a 20, às vezes associado a outros tipos de aves campestres gregárias como o Pica-pau-do-campo , Anu-branco, Anu-preto e o Sabiá-do-campo. O grupo todo dorme junto, no oco de uma árvore, às vezes com várias entradas.

Pica-pau-branco Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *