Pássaro-preto – (Gnorimopsar chopi)

Pássaro-preto – (Gnorimopsar chopi)

O pássaro-preto Gnorimopsar chopi é uma ave da família Icteridae. Conhecido também como graúna. Ocorre no Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Pássaro-preto Foto – Julio Filipino
  • Nome popular: Pássaro-preto
  • Nome inglês: Chopi Blackbird
  • Nome científico: Gnorimopsar chopi
  • Família: Icteridae
  • Sub-família: Agelaiinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
  • Alimentação: Onívoro, alimenta-se principalmente de frutos, sementes, insetos, aranhas e outros invertebrados. Aprecia o coco maduro da palmeira buriti. Apanha insetos atropelados nas estradas e aproveita restos de milho junto às habitações humanas ou desenterra sementes recém-plantadas.
  • Reprodução: Constrói o ninho em árvores ocas, troncos de palmeiras, ninhos de pica-pau, em mourões, dentro do penacho de coqueiros e nas densas copas dos pinheiros, utilizando também ninhos abandonados de joão-de-barro. Ocupa buracos também em barrancos e cupinzeiros terrestres. Às vezes faz um ninho aberto, situado em uma forquilha de um galho distante do tronco, em uma árvore densa e alta. Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 4 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 14 dias e ficam no ninho 18 dias. O macho ajuda a criar a prole. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Pássaro-preto Foto – Julio Filipino

Características:

Mede em média 24 centímetros de comprimento e pesa entre 69,7 e 90,3 gramas. É inteiro negro incluindo pernas, bico, olhos e penas, o que origina seu nome popular. Filhotes e jovens não possuem penas ao redor dos olhos. Trata-se de um dos pássaros de voz mais melodiosa deste país. A fêmea também canta.

Tem 3 subespécies reconhecidas:

  • Gnorimopsar chopi chopi (Vieillot, 1819) – ocorre no leste e centro do Brasil (centro de Mato Grosso leste até Goiás, sudeste de Minas Gerais e Espírito Santo), ao sul até o nordeste da Argentina e Uruguai. É a forma descrita acima.
  • Gnorimopsar chopi sulcirostris (Spix, 1824) – ocorre em todo o nordeste do Brasil, do Maranhão até a Bahia e o norte de Minas Gerais. Distingue-se da forma nominal pelo tamanho muito maior.
  • Gnorimopsar chopi megistus (Leverkühn, 1889) – ocorre no extremo sudoeste do Peru e leste da Bolívia.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Pássaro-preto Foto – Julio Filipino

Comentários:

Frequenta áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas pantanosas, plantações com árvores isoladas, mortas, remanescentes da mata. Sua presença está fortemente associada a palmeiras. Vive normalmente em pequenos grupos que fazem bastante barulho. Pousa no chão ou em árvores sombreadas. Há quem confunda o passaro-preto com o atrevido chupimMolothrus bonariensis, famoso por parasitar o ninho de várias espécies (ex.: tico-tico). Enquanto o chupim é elegantíssimo, esguio e traja cintilantes vestes de tom violáceo, o passaro-preto é negro e de porte mais avantajado, com bico mais alongado, fino e com sulcos (estrias) na maxila inferior. O passaro-preto sabe nidificar e não se descuida da criação da ruidosa prole. No nordeste ocorre a subespécie (Gnorimopsar chopi sulcirostris), que é maior, medindo 25,5 centímetros de comprimento. Quando canta arrepia as penas da cabeça e pescoço.

Pássaro-preto Foto – Julio Filipino

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências