Corta-ramos – (Phytotoma rutila)

Corta-ramos – (Phytotoma rutila)

O corta-ramos Phytotoma rutila é uma ave da família Cotingidae. Ocorre no Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Corta-ramos Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Corta-ramos
  • Nome inglês: White-tipped Plantcutter
  • Nome científico: Phytotoma rutila
  • Família: Cotingidae
  • Subfamília: Phytotominae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, somente no extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, nos municípios de Aceguá, Uruguaiana, Candiota, Sant’Ana do Livramento, Dilermando de Aguiar, Jaguarão, Rio Grande e Barra do Quaraí.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de brotos, folhas, frutos e sementes, dentre elas as sementes de molho Schinus molle e do fruto do sarandi-vermelho  Phyllanthus sellowianus; também forrageia no solo.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de taça sendo uma estrutura bem precária, feito de pequenos ramos e colocado em uma árvore ou em um arbusto, a baixa altura. O interior é coberto com pequenas raízes. Põe em média entre 2 e 4 ovos esverdeados com manchas negras e marrom. A incubação dura duas semanas. Os jovens são então alimentados por ambos os pais e deixam o ninho após cerca de duas semanas.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante iucn lc
Corta-ramos Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média 19 cm de comprimento e pesa entre 30 e 57 gramas (Walther, 2016 em HBW). O macho tem a cabeça cinza chumbo com a parte frontal da cabeça de tijolo vermelho. Sua face é cinza chumbo. As asas são cinza escuras e apresentam duas barras brancas, sendo a mancha branca superior é bastante mais larga do que a barra inferior. O uropígio é cinza uniforme. A cauda é preta com as partes terminais das penas na cor branca. Seu peito e barriga são de coloração tijolo vermelho, semelhante a coloração da fronte. Os olhos são vermelhos. Tarsos e pés são cinza escuro. O bico preto é forte, cônico e curto. A fêmea tem a cabeça clara com forte estriado escuro. Seus olhos são marrom claro. Toda a parte de trás da plumagem apresenta estrias castanho-escuro e bege. Como na plumagem do macho, as asas da fêmea apresentam duas manchas brancas mas menos acentuadas do que no macho e as extremidades das penas terciárias são claras. A cauda é semelhante à cauda da ave do sexo masculino. O peito é bege com estrias marrom escuro o ventre também é estriado, mas as estrias se apresentam com menos intensidade e em menor número. O crisso é bege. Juvenis são parecido com fêmea.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Phytotoma rutila rutila (Vieillot, 1818) – ocorre no Chaco do Oeste do Paraguai, Oeste do Uruguai, no Norte da Argentina, na região Sul de Mendonza, La Pampa, Río Negro e Chubut; e no extremo Sul do Brasil;
  • Phytotoma rutila angustirostris (Orbigny & Lafresnaye, 1837) – ocorre no planalto do Oeste da Bolívia, na região de La Paz, Santa Cruz e no Sul de Tarija; e no Noroeste da Argentina, na região de Pichanal, e no Norte da região de Salta

(Clements checklist, 2014).

Corta-ramos Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequentam florestas naturais, mas também pode ser encontrado em áreas agrícolas, em bosques isolados e também em jardins, principalmente na vegetação conhecida localmente como matos de espinilho, grupamentos de pequenas árvores espinhentas. No inverno, pequenos grupos são formados e as populações mais meridionais migram até o sul do Brasil. Costuma buscar o topo de uma árvore ou arbusto para vocalizar, faz sons que se assemelham a uma porta rangendo.

Corta-ramos Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Sabiá-pimenta – (Carpornis melanocephala)

Sabiá-pimenta – (Carpornis melanocephala)

O sabiá-pimenta Carpornis melanocephala é uma ave da família Cotingidae. Espécie endêmica do Brasil., Ocorre de forma disjunta de Alagoas ao Paraná. Ameaçado de extinção

Sabiá-pimenta Foto – Luiz Bravo
  • Nome popular: Sabiá-pimenta
  • Nome inglês: Black-headed Berryeater
  • Nome científico: Carpornis melanocephala
  • Família: Cotingidae
  • Subfamília: Rupicolinae
  • Habitat: Ocorre de forma disjunta de Alagoas ao Paraná.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, preferindo os da palmeira juçara. Coleta-os na ramagem, através de curtos voos de assalto. Já foi observado regurgitando as sementes da palmeira juçara, hábito comum aos tangarás.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho simples feito com folhas secas e alguns gravetos, colocado em galhos ou forquilhas de arbustos. Põe em geral apenas 1 ovo por ninhada.
  • Estado de conservação: Vulnerável iucn vu
Sabiá-pimenta Foto – Luiz Bravo

Características:

Mede em média 20 centímetros de comprimento, tem a cabeça toda negra azulada, incluindo nuca e garganta, como uma carapuça. O resto das partes das costas é verde oliváceo e o peito intercala tons também esverdeados, porém muito mais pálidos, tornando-se amarelados no abdômen, que é ligeiramente barrado na região próxima da coxa. As fêmeas são bastante parecidas: em vez do negro da cabeça, possui uma cor olivácea escura.

Sabiá-pimenta Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequentam principalmente em florestas primárias de baixada e na restinga. Pode ocorrer em florestas até 700 metros de altitude. É endêmico da Mata Atlântica. Responde bem à imitação de sua vocalização, aproximando-se rapidamente do observador para defender o seu território, demonstrando a sua irritação, muitas vezes, da copa das árvores. A espécie é sedentária, e frequentemente encontrada sozinha, seleciona certos locais da floresta para cantar.

Sabiá-pimenta Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências