Anumará – (Anumara forbesi)

Anumará – (Anumara forbesi)

O anumará Anumara forbesi é uma ave da família Icteridae. Endêmico do Brasil, ocorre nos estados de Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais e Espírito Santo.

Anumará Foto – Daniel Esser
  • Nome popular: Anumará
  • Nome inglês: Forbes’s Blackbird
  • Nome científico: Anumara forbesi
  • Família: Icteridae
  • Sub-família: Agelaiinae
  • Habitat: Endêmico do Brasil, possui duas populações separadas, uma nos estados de Pernambuco e Alagoas, e outra nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de de frutos, sementes e insetos, coletados no solo, também consomem pequenas sementes das inflorescências da cana-de-açúcar. Como faz o pássaro-pretoGnorimopsar chopi, abre espigas de milho verde para se alimentar dos grãos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo ninhos em árvores frondosas, tem forma de cesta funda e bem trançada, feito com capim seco e maleável. O período reprodutivo ocorre durante a estação chuvosa. Tem em média 2 ninhadas por temporada.
  • Estado de conservação: Em perigo. iucn en
Anumará Foto – Daniel Esser

Características:

Mede em média 23 centímetros de comprimento. Tem cauda longa e asas curtas, parece bastante com o pássaro-pretoGnorimopsar chopi, tem coloração em preto fuliginoso, tem o bico longo e pontudo. Ao cantar abre muito o bico e vê-se o interior da boca em vermelho. Como a maioria dos indivíduos da família Icteridae, também apresenta dimorfismo sexual. O anumará macho o tamanho da asa é em média 9 % maior que a fêmea, e 9 % no tamanho da cauda. Tem características as penas lanceoladas com veios brilhantes na coroa, nuca, face, região malar, e nos lados do pescoço, tanto o macho quanto a fêmea.

Anumará Foto – Daniel Esser

Comentários:

Frequentam a borda da floresta, áreas alagadiças adjacentes e até mesmo canaviais. A espécie utiliza tanto as áreas mais secas como as alagadas, para forrageio. Os indivíduos frequentam as bordas das florestas, onde permanecem durante horas sem vocalizar. São bastante ativos nas áreas abertas e alagadas, onde ficam forrageando no solo ou em capinzais.

Anumará Foto – Daniel Esser

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Gravatazeiro – (Rhopornis ardesiacus)

Gravatazeiro – (Rhopornis ardesiacus)

O gravatazeiro Rhopornis ardesiacus é uma ave da família Thamnophilidae. Ameaçado de extinção. Espécie endêmica do Brasil. Ocorre, no centro-sul da Bahia e no norte de Minas Gerais.

Gravatazeiro Foto – Daniel Esser
  • Nome popular: Gravatazeiro
  • Nome inglês: Slender Antbird
  • Nome científico: Rhopornis ardesiacus
  • Família: Thamnophilidae
  • Subfamília: Thamnophilinae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil, ocorre exclusivamente nos estados da Bahia e Minas Gerais, em uma área restrita de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de invertebrados como grilos, percevejos, besouros, mariposas, borboletas, formigas, cigarrinhas, aranhas, opiliões e até mesmo pequenos moluscos. Para capturar suas presas passa a maior parte do tempo no solo onde revira as folhas da serrapilheira com agilidade. Também adentra as grandes bromélias terrestres a procura sobretudo de larvas de moscas que ficam na água acumulada. Ocasionalmente acompanha formigas de correição
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho no solo, circundado por grande emaranhado de bromélias terrestres, reforçando a dependência da espécie por essa planta. O ninho tem o formato de uma tigelinha aberta rasa. É confeccionado principalmente com cascas de arvores e gavinhas. O período reprodutivo se inicia logo nas primeiras chuvas (novembro a dezembro), podendo se estender até março. Nessa época os casais de territórios vizinhos costumam se aproximar uns dos outros de maneira mais constante do que o normal. Observaram-se machos oferecendo alimento no bico às fêmeas, provavelmente um estímulo de corte. Põe em média 2 ovos por ninhada. Ambos os sexos realizam a incubação dos ovos. Os filhotes nascem no mínimo 13 dias após a postura.
  • Estado de conservação: Em Perigo iucn en
Gravatazeiro Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média 19 centímetros de comprimento e tem peso entre 23 e 28 gramas. Possui coloração acinzentada (ardósia), coberteiras superiores das asas negras e orladas de branco. O macho se diferencia por possuir a garganta negra. Por sua vez, as fêmeas possuem a fronte da cabeça marrom. A íris do olho é vermelha.

Gravatazeiro Foto – Ricardo Gentil

Comentários:

Frequentam uma área restrita de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, conhecida como mata-de-cipó, a característica principal deste ambiente é a presença de grandes bromélias terrestres dos gêneros Ananas e Aechmea, chamadas de gravatás, que inclusive deram origem ao nome popular da ave. Canta empoleirado a pouca altura e numa posição bem típica, com a cabeça erguida diagonalmente e balançando o corpo para cima e para baixo. Costuma imediatamente adentrar nos emaranhados de gravatás, indicando que a espécie utiliza a planta (bastante espinhosa) como refúgio contra predadores.

Gravatazeiro Foto – Daniel Esser

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências