Pato-do-mato – (Cairina moschata)

Pato-do-mato – (Cairina moschata)

O pato-do-mato Cairina moschata é uma ave da família Anatidae. Ocorre em quase toda a América Central e do Sul, desde o México até á Argentina

Pato-do-mato Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Pato-do-mato
  • Nome inglês: Muscovy Duck
  • Nome científico: Cairina moschata
  • Família: Anatidae
  • Subfamília: Anatinae
  • Habitat:, Nas Américas, são encontrados desde o México até a Argentina, presentes em todo o território brasileiro.
  • Alimentação: Alimentam-se basicamente de raízes, sementes e folhas de plantas aquáticas, apanhadas flutuando ou através de filtragem da lama do fundo. Nadam com a cabeça e pescoço afundados, enquanto buscam alimentação. Também apanham pequenos invertebrados nessas filtragens.
  • Reprodução: Constrói os ninhos em ocos de árvores, às vezes palmeiras mortas cujo interior está oco. Geralmente são localizados próximo à água ou na margem das matas próximas. O filhote sai do ninho logo depois do nascimento, sendo chamado pela pata, do lado de fora. A ninhada segue-a, caminhando para a água mais próxima. O período reprodutivo vai de outubro a março.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pato-do-mato Foto – Claudio Lopes

Características:

O macho é quase o dobro do tamanho das fêmeas. Apresentam um comprimento de aproximadamente 85 centímetros, uma envergadura de 120 centímetros, um peso no macho de 2,2 quilos, sendo que a fêmea pesa aproximadamente a metade. Ao contrário dos exemplares domésticos, as aves selvagens têm o corpo todo negro, com uma área branca nas asas. Esse branco é invisível quando pousado, mas ao voar, fica nítido e é bastante extenso, aumentando com a idade, sendo uma pequena bola nas aves juvenis. Além do tamanho, os machos possuem outra característica exclusiva: a pele nua vermelha ao redor dos olhos, bem como uma carúncula da mesma cor acima da base do bico.

Pato-do-mato Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Vivem em grupos pequenos, de até uma dúzia. Pousam sobre árvores desfolhadas para observar os arredores, descansar ou mesmo dormir. Fazem voos são matinais, entre os pontos de pouso e locais de alimentação. Dormem empoleirados nas piúvas e outras árvores altas, tanto isoladas em capões, como nas matas ribeirinhas. Para alcançar os galhos horizontais de dormida, necessitam de um acesso livre de vegetação. Possuem unhas afiadas nas patas, usadas para empoleirarem-se ou como arma, nas disputas territoriais e por fêmeas.

Pato-do-mato Foto – Claudio Lopes

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/pato-do-mato Acesso em 18 Março de 2017.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cairina_moschata Acesso em 31 de Outubro de 2010.

Choquinha-lisa – (Dysithamnus mentalis)

Choquinha-lisa – (Dysithamnus mentalis)

A choquinha-lisa Dysithamnus mentalis é uma ave da família Thamnophilidae. Ocorre em quase todo o Brasil e também no México, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Choquinha-lisa Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Choquinha-lisa
  • Nome inglês: Plain Antvireo
  • Nome científico: Dysithamnus mentalis
  • Família: Thamnophilidae
  • Subfamília: Thamnophilinae
  • Habitat: Ocorre do México ao Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina, e em quase todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de pequenos insetos, aranhas e larvas. Mas já foi visto também se alimentando-se de bagas de visco. Vive geralmente aos pares, pulando em busca do alimento a pouca altura do solo, entre 4 a 5 m de altura, entre folhas e galhos finos.
  • Reprodução: Constrói o ninho em forma de xícara, em arbustos. Põe 2 ovos esbranquiçados, manchados de marrom-arroxeado.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Choquinha-lisa Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede em média de 12 cm de comprimento e pesa em torno13 g. O macho possui a cabeça cinza com uma máscara cinza escura. A parte superior é cinza oliváceo e a inferior é amarelada, com tonalidades cinzas no peito e esbranquiçada na garganta. Asas com discretas marcas brancas, pouco perceptíveis. Fêmea de tonalidade mais marrom principalmente na coroa.

Tem dezoito subespécies reconhecidas:

  • Dysithamnus mentalis mentalis (Temminck, 1823) – ocorre no sudeste do Brasil; do estado da Bahia até o leste do Paraguai e nordeste da Argentina;
  • Dysithamnus mentalis septentrionalis (Ridgway, 1908) – ocorre nas costas do Oceano Atlântico do sul do México; no estado de Campeche e Chiapas até o oeste do Panamá;
  • Dysithamnus mentalis suffusus (Nelson, 1912) – ocorre no leste do Panamá na região de Darién e no noroeste da Colômbia no norte da região de Chocó e Antioquia;
  • Dysithamnus mentalis extremus (Todd, 1916) – ocorre no oeste da cordilheira dos Andes e no oeste da região central das encostas da cordilheira dos Andes da Colômbia;
  • Dysithamnus mentalis semicinereus (P. L. Sclater, 1855) – ocorre na região oeste e central da cordilheira dos Andes da Colômbia;
  • Dysithamnus mentalis viridis (Aveledo & Pons, 1952) – ocorre nas montanhas do norte da Colômbia e da Venezuela;
  • Dysithamnus mentalis cumbreanus (Hellmayr & Seilern, 1915) – ocorre nas montanhas da costa norte da Venezuela; da região de Falcón e Lara até o norte de Sucre;
  • Dysithamnus mentalis andrei (Hellmayr, 1906) – ocorre no nordeste da Venezuela; do sul da região de Sucre até o nordeste de Bolívar; e na ilha de Trinidad;
  • Dysithamnus mentalis oberi (Ridgway, 1908) – ocorre na ilha de Tobago;
  • Dysithamnus mentalis ptaritepui (Zimmer & W. H. Phelps, 1946) – ocorre nos Tepuis do sul da Venezuela; na região do Ptari-tepui e do Sororopán-tepui;
  • Dysithamnus mentalis spodionotus (Salvin & Godman, 1883) – ocorre no sul da Venezuela; no sul da região de Bolívar e Amazonas e no norte do Brasil no estado de Roraima;
  • Dysithamnus mentalis aequatorialis (Todd, 1916) – ocorre nas montanhas da costa do Oceano Pacifico do oeste do Equador e no extremo noroeste do Peru na região de Tumbes;
  • Dysithamnus mentalis napensis (Chapman, 1925) – ocorre do extremo sul da Colômbia até o extremo norte do Peru na província do Amazonas;
  • Dysithamnus mentalis tambillanus (Taczanowski, 1884) – ocorre ao leste da cordilheira dos Andes na região norte e central do Peru;
  • Dysithamnus mentalis olivaceus (Tschudi, 1844) – ocorre no leste da cordilheira dos Andes do Peru nas encostas da região de Pasco até a região de Cusco e no oeste da região de Madre de Dios;
  • Dysithamnus mentalis tavarae (Zimmer, 1932) ocorre do sudeste do Peru no sudeste da região de Madre de Dios até a região central da Bolívia;
  • Dysithamnus mentalis emiliae (Hellmayr, 1912) – ocorre no nordeste do Brasil; do sudeste do estado do Pará e norte do Maranhão, até o estado de Alagoas;
  • Dysithamnus mentalis affinis (Pelzeln, 1868) – ocorre no extremo nordeste da Bolívia e na região central do Brasil.
Choquinha-lisa Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta o sub-bosque de florestas de montanhas, bordas de florestas, capoeiras e florestas de galeria. É comum, especialmente, no sudeste brasileiro.

Choquinha-lisa Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências