A maracanã-de-colar Primolius auricollis é uma ave da família Psittacidae. Ocorre no Brasil, Bolivia, norte do Paraguai e noroeste de Argentina.

Maracanã-de-colar Foto: Hilton Filho
  • Nome popular: Maracanã-de-colar
  • Nome inglês: Yellow-collared Macaw
  • Nome científico: Primolius auricollis
  • Família: Psittacidae
  • Sub-família: Arinae
  • Habitat: Ocorre no Pantanal de Mato Grosso e ao norte da Ilha do Bananal (região do Rio Araguaia), Goiás (região do Rio Araguaia), no oeste da Bahia, no Tocantins e sul do Pará. Também ocorre no norte da Bolivia, norte do Paraguai e noroeste de Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, gemas de flores e sementes, eventualmente procura alimento no solo.
  • Reprodução: Reproduz-se em ocos de árvores e palmeiras, põe geralmente dois ou três ovos brancos. A fêmea incuba os ovos durante uns 26 dias, e os filhotes ficam no ninho por cerca de 70 dias após a eclosão. O período reprodutivo vai de novembro a dezembro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante
Maracanã-de-colar Foto: Ivan César

Características:

Mede em média 40 cm de comprimento e pesa entre 240 e 260 gramas. A cor geral de sua plumagem é verde, com um distinto colar amarelo na parte de trás do pescoço, que com o envelhecimento se desenvolve para uma cor mais viva. A testa e a coroa são pretas. As rêmiges e as coberteiras primárias são azuis, e a cauda larga e pontiaguda tem uma base vermelha, um estreito setor central verde, e uma ponta de cor azul. A parte inferior da cauda e as penas de voo são de cor amarelo esverdeada, similar à de vários papagaios. As patas são de cor rosa opaco, e a íris é de cor avermelhada a amarelo opaco. Conta com uma ampla porção da face descoberta de penas, exibindo sua pele branca. O bico é preto, frequentemente com a ponta de cor cinza pálido. Esta espécie tem uma expectativa de vida de 50 anos..

Maracanã-de-colar Foto: Celi Aurora

Comentários:

Frequenta vários ecossistemas, como capões e matas de galeria, sendo comum em áreas agrícolas, entre 600 e 1700 m. A espécie adentra os cerrados, matas secas e carandazais no oeste de Mato Grosso. Realiza frequentes deslocamentos. Voa em grandes bandos. Pode ser observada aos casais às vezes ao lado do maracanã-do-buriti - Orthopsittaca manilata. Ao entardecer, reúne-se em bandos numerosos, rumo aos locais de pernoite coletivo.

Maracanã-de-colar Foto: Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências