Tapaculo-serrano – (Scytalopus petrophilus)

O tapaculo-serrano Scytalopus petrophilus é uma ave da família Rhinocryptidae. Endêmico do Brasil. Ocorre na região sudeste, nos estados de Minas Gerais São Paulo e Rio de Janeiro.

Tapaculo-serrano Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Tapaculo-serrano
  • Nome inglês: Rock Tapaculo
  • Nome científico: Scytalopus petrophilus
  • Família: Rhinocryptidae
  • Sub-família: Scytalopodinae
  • Habitat: Ocorre na Serra do Espinhaço, Serra do Caraça e também mais ao sul, em direção ao Rio de Janeiro ou mesmo de São Paulo. Já foi registrado, por exemplo, em Camanducaia e Gonçalves, na Serra da Mantiqueira, e em Águas de Lindoia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros pequenos artrópodes. Forrageia principalmente no solo.
  • Reprodução: Reproduz-se durante a primavera e o verão.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Tapaculo-serrano Foto – Guilherme Serpa

Características:

Espécie pequena, tem cor predominate cinza, possui listras marrons e ferrugens na barriga e ventre. A cauda é curta e geralmente empinada.

Tapaculo-serrano Foto – Julio Filipino

Comentários:

Frequentam grande variedade de ambientes, desde paisagens abertas no alto de morros, com muitas pedras, arvoretas, gramíneas e moitas de vegetação (campos rupestres); até florestas úmidas em vales profundos nos pés dos morros, com ou sem a presença de água. Também persiste em áreas parcialmente desmatadas e/ou invadidas por plantas exóticas, como a samambaia Pteridium aquilinum. A espécie também já foi localizada em brejos de altitude dominado por vegetação densa de bambu, como Chusquea attenuata ou C. pinifolia. No Sul de Minas Gerais (região de Lavras e São João del Rei) também pode ser encontrado em mata semi-decídua secundária. Seja qual for o ambiente, costumam permanecer escondidos em vegetação densa do sub-bosque, em altitudes de 900 a 2.100 metros. Não voa grandes distâncias, e se locomove muitas vezes se esgueirando por entre a vegetação rasteira.

Tapaculo-serrano Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Macuquinho – (Eleoscytalopus indigoticus)

O macuquinho Eleoscytalopus indigoticus é uma ave da família Rhinocryptidae. É endêmico da Mata Atlântica do sul e sudeste do Brasil

Macuquinho Foto – Renato Costa Pinto
  • Nome popular: Macuquinho
  • Nome inglês: White-breasted Tapaculo
  • Nome científico: Eleoscytalopus indigoticus
  • Família: Rhinocryptidae
  • Subfamília: Scytalopodinae
  • Habitat: É endêmico da Mata Atlântica do sul e sudeste do Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, capturados sobre ou muito perto do solo caçando no sub-bosque revirando as folhas e encontrando seu alimento na vegetação de seu território.
  • Reprodução: Nidifica em cavidades naturais nos solos ou em troncos caídos. Faz seu ninho em forma de esfera constituído por material encontrado nas proximidades do território do casal, como raízes, pequenos galhos, líquens e outros. Põe geralmente 2 ovos brancos.
  • Estado de conservação: Quase ameaçado. 
Macuquinho Foto – Renato Costa Pinto

Características:

Mede aproximadamente 11 cm de comprimento, semelhante ao macuquinho-baiano, mas diferenciando-se por características físicas e pela ocorrência. Há dimorfismo sexual. O macho é mais escuro que a fêmea, possui uma coloração azul-escuro nas partes superiores do corpo estendendo-se da cabeça até o manto, atingindo as coberteiras secundárias das asas, sendo castanho do dorso até a cauda e suas coberteiras e rêmiges primárias. Da garganta até a barriga é esbranquiçado, tendo em comum com a fêmea o flanco barrado. Na fêmea a coloração das partes inferiores é um pouco manchada e não esbranquiçada totalmente, tendo as partes superiores e coberteiras secundárias de cor cinzenta. Os jovens tem a plumagem incompleta, a ausência de cores de ambos os sexos em diferentes partes do corpo, como as asas e as partes superiores lembrando mais as fêmeas.

Macuquinho Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Frequenta florestas primárias e secundárias úmidas nos domínios da Mata Atlântica, como matas de araucária, matas ciliares e matas subtropicais. Vive solitário ou aos pares em locais densos e sombrios da mata, protegendo-se nos emaranhados próximos do solo. Emite um som constante de cerca de 4 segundos com intervalos de aproximadamente 5 ou 6 segundos, lembrando certos anfíbios. o sub-bosque de florestas abertas, bordas de florestas e florestas secundárias densas, em elevações de até 1 500 metros. Vive escondido nos emaranhados de vegetação próximo ao solo, sendo de difícil visualização. Está ameaçado pela perda de habitat.

Macuquinho Foto – Claudio Lopes

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/macuquinho Acesso em 18 Março de 2009.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eleoscytalopus_indigoticus Acesso em 31 de Outubro de 2009.