Pica-pau-de-coleira – (Celeus torquatus)

Pica-pau-de-coleira – (Celeus torquatus)

O pica-pau-de-coleira Celeus torquatus é uma ave da família Picidae. Ocorre no Equador, Colômbia, Brasil, Venezuela, Peru e Bolívia.

Pica-pau-de-coleira Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Pica-pau-de-coleira
  • Nome inglês: Ringed Woodpecker
  • Nome científico: Celeus torquatus
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre do norte da América do Sul aos altos rios Tapajós, Xingu e das Mortes ( Mato Grosso ), Goiás ( Rio Maranhão ). No Brasil oriental vive uma população disjunta, Celeus torquatus tinnunculus, na Bahia e Espírito Santo
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e sua larvas; ataca cupinzeiros arborícolas.
  • Reprodução: Reproduz-se escavando em troncos e galhos de árvores secas e palmeiras, onde põe seus ovos brancos e brilhantes no fundo da câmara incubatória.
  • Estado de conservação: Quase ameaçado. iucn nt
Pica-pau-de-coleira Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média 27 cm de comprimento, tem o bico cinza, a crista arrepiada e pontuda. O macho conta com um bigode vermelho, é um pica-pau elegante e fácil de identificar.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Celeus torquatus torquatus (Boddaert, 1783) – ocorre do leste da Venezuela até as Guianas e no nordeste da Amazônia brasileira no estado do Pará. Esta subespécie possui a cabeça de cor caramelo. Manto castanho ornado de negro; parte anterior do pescoço e peito negros; barriga amarelada;
  • Celeus torquatus occidentalis (Hargitt, 1889) – ocorre do sudeste da Colômbia até o norte da Bolívia, na Amazônia brasileira e também no estado do Mato Grosso. Esta subespécie apresenta o manto densamente barrado de negro e com a barriga esbranquiçada barrada de negro;
  • Celeus torquatus tinnunculus (Wagler, 1829) – ocorre no leste do Brasil, no estado da Bahia e no estado do Espírito Santo. Esta subespécie apresenta um denso barrado negro no dorso e no ventre.

(Clements checklist, 2014).

Pica-pau-de-coleira Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta bordas de matas de terra firme e de várzea, matas de galeria, matas secundárias e clareiras e na Mata Atlântica da Bahia, onde se encontra a subespécie C.t. tinnunculus. Encontrado aos pares ou em grupos familiares de até 5 indivíduos. Pousa em troncos altos. Acompanha bandos mistos de aves.

Pica-pau-de-coleira Foto – Celi Aurora

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Pica-pau-barrado – (Celeus undatus)

Pica-pau-barrado – (Celeus undatus)

O pica-pau-barrado Celeus undatus é uma ave da família Picidae. Conhecido também como picapauzinho-chocolate, pica-pau-escamoso e ipecupinima.

Pica-pau-barrado Foto – Ivan Cesar
  • Nome popular: Pica-pau-barrado
  • Nome inglês: Waved Woodpecker
  • Nome científico: Celeus undatus
  • Família: Picidae
  • Subfamília: Picinae
  • Habitat: Ocorre das Guianas ao alto Amazonas, Bolívia, Pará (rio Tocantins) e norte do Mato Grosso (alto Xingu) região do rio Branco e nos rios Negros e Amazonas até o Amapá; também no Maranhão, leste do Pará, de Belém ao baixo Xingu. Ssp. undatus: Venezuela, Guianas e Brasil ( norte do Amazonas e Rio Negro ). Ssp. amacurensis: Venezuela ( Delta do rio Amacuro ). Ssp. multifasciatus: Brasil ( sul do Amazonas, Pará, rio Tocantins e Maranhão ).
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e suas larvas xilófagas, formigas, cupins, seus ovos e pupas. Também consome alguns frutos como os das embaúbas, sementes, bagas e seiva. Frequentemente forrageia em pequenos grupos familiares.
  • Reprodução: Reproduz-se escavando o ninho em troncos ou galhos de árvores e palmeiras mortas com 4 a 30 metros de altura, onde põe seus ovos brancos e brilhantes. O macho dorme durante a noite no ninho com os filhotes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pica-pau-barrado Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média 22 cm de comprimento e pesa entre 63 e 87 gramas. Predominantemente castanho com as partes inferiores, dorso, asas, uropígio e cauda barrados de negro e face inferior das asas amarelos; cauda anegrada, macho com faixa malar vermelha. Os juvenis se parecem com os adultos, mas têm a cabeça mais escura, e barras mais “pesadas” nas costas e no manto. O bico é principalmente amarelo creme ou amarelo, enquanto sua base é azulada ou esverdeada. Os olhos são castanho avermelhados, e as pernas são cinzentas. Eventualmente confundido com o o Pica-pau-chocolate

Possui três subespécies:

  • Celeus undatus undatus (Linnaeus, 1766) – ocorre do Leste da Venezuela até as Guianas e no Norte do Brasil;
  • Celeus undatus amacurensis (Phelps & W. H. Phelps Jr, 1950) – ocorre no Nordeste da Venezuela, na região do Delta do Rio Amacuro;
  • Celeus undatus multifasciatus (Natterer & Malherbe, 1845) – ocorre no Norte do Brasil ao Sul do Rio Amazonas, no Leste do estado do Pará até o Rio Tocantins.
Pica-pau-barrado Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Frequenta bordas de matas de terra firme, mata ripárias ribeirinhas, campos arborizados e de várzea, vivendo também em capoeiras, matas secundárias e campos arborizados, ocorre na floresta tropical de várzea, principalmente abaixo de 1.000 m, floresta secundária e margens florestais, e às vezes visita árvores espalhadas em pastagens de savana. Também ocorrem em florestas mais baixas com solos arenosos. Vive solitário, aos casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos e, as vezes em bandos mistos.

Pica-pau-barrado Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências