Guaxe – (Cacicus haemorrhous)

O guaxe Cacicus haemorrhous é um da família Icteridae. Conhecido também como japiim-de-costas-vermelhas, japiim-do-mato, japim-guaxe, japira

Guaxe Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Guaxe
  • Nome inglês: Red-rumped Cacique
  • Nome científico: Cacicus haemorrhous
  • Família: Icteridae
  • Subfamília: Cacicinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil em duas regiões separadas: – Em toda a Amazônia – De Pernambuco ao Rio Grande do Sul, estendendo-se para o interior até Goiás e Mato Grosso do Sul. Encontrado também nos demais países amazônicos e no Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Onivoro, alimenta-se principalmente de frutos e insetos
  • Reprodução: Somente a fêmea constrói o ninho em forma de bolsa com 40 a 70 centímetros de comprimento, em colônias, com material de vários vegetais e localização variada, podendo ser à pouca altura sobre a água, no alto de árvores no meio da floresta ou em palmeiras nas bordas da floresta. Põe 2 a 3 ovos brancos com pontos e manchas avermelhados e roxos, tendo de 2 a 3 ninhadas por período de reprodução.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Guaxe Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 21,5 e 29,5 centímetros de comprimento e tem entre 62 e 96 gramas de peso. O macho mede de 27 a 29,5 centímetros de comprimento e a fêmea 21,5 a 24 centímetros. A plumagem do Guaxe é quase totalmente negra. A íris é azul. O bico é longo, reto e amarelo. A parte posterior das costas e uropígio, é de cor vermelha. Esta parte é especialmente visível em voo. As pernas são pretas. Não há nenhuma diferença visível entre a plumagem do indivíduo do sexo masculino e o indivíduo do sexo feminino. Os machos são ligeiramente maiores que as fêmeas. A plumagem juvenil é fuligem, apresentando a íris na cor marrom.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Cacicus haemorrhous haemorrhous (Linnaeus, 1766) – ocorre do leste da Colômbia até o leste do Equador e do sudeste da Venezuela até o leste da Guiana Francesa e norte do Brasil no estado de Roraima;
  • Cacicus haemorrhous affinis (Swainson, 1834) – ocorre no nordeste e leste do Brasil, do estado de Pernambuco até o estado de Santa Catarina, no nordeste da Argentina e no leste do Paraguai;
  • Cacicus haemorrhous pachyrhynchus (Berlepsch, 1889) – ocorre da bacia do Rio Amazonas no Brasil nos estados do Amazonas e Pará até Rondônia e no noroeste do estado de Mato Grosso, no leste do Peru e no norte da Bolívia.

(Clements checklist, 2014).

Guaxe Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É comum na copa e bordas de florestas úmidas (na Amazônia principalmente na terra firme), florestas secas e de galeria e capoeiras altas. Vive em grupos, sendo visto regularmente nas bordas de diversos habitats florestais. Preferem baixadas quentes com florestas.

Guaxe Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Tecelão – (Cacicus chrysopterus)

O tecelão Cacicus chrysopterus é uma ave da família Icteridae. Ocorre no Brasil com maior concentração na região sudeste.

Tecelão Foto – Carlos Grupilo
  • Nome popular: Tecelão
  • Nome inglês: Golden-winged Cacique
  • Nome científico: Cacicus chrysopterus
  • Família: Icteridae
  • Subfamília: Cacicinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutas, brotos, folhas enroladas, flores, favos, pau podre e outros. Aprecia os frutos/sementes da aroeira-do-campo – Schinus lentiscifolius.
  • Reprodução: Constrói o ninho em formato de bolsa, com crina vegetal preta. Tecido com a precisão de uma máquina, o ninho tem 58 centímetros de comprimento. Gera, em média, duas ninhadas por estação, com três ovos cada uma.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Tecelão Foto – Carlos Grupilo

Características:

Mede em média 20 centímetros, é uma aves esbelta, de cauda longa, negra. Tem uropígio e coberteiras superiores médias das asas amarelas cor de enxofre. Seu bico é cinzento-azulado claro, a íris é branca ou pardo-clara. Possui uma voz nasal: “quä-ä”. Canto melodioso, de grande beleza, timbre lembrando o corrupião

Tecelão Foto – Carlos Grupilo

Comentários:

Frequenta interior da mata. Vive solitário, aos casais. Quando canta fica às vezes pendurado sob o galho, semelhante a certas espécies de japu; quando canta sobre o galho faz reverências, por isso é chamado em algumas localidades de “melro monjolo”.

Tecelão Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências