Pavó – (Pyroderus scutatus)

Pavó – (Pyroderus scutatus)

O pavó é uma ave da família Cotingidae. Conhecido também como pavão-do-mato, pavô, jacu-touro e jacupiranga. Encontrado na Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil, em populações localmente isoladas.

Pavó Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pavó
  • Nome inglês: Red-ruffed Fruitcrow
  • Nome científico: Pyroderus scutatus
  • Família: Cotingidae
  • Subfamília: Cephalopterinae
  • Habitat: Ocorre Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai e Argentina. No Brasil encontra-se da Bahia ao Rio Grande do Sul e, para oeste, até Goiás e Brasília.
  • Alimentação: Alimenta-se de frutos e eventualmente de anfíbios. Aprecia os frutos de Açaí , Jussara e da Embaúba Cecropia SP., pousando próximo aos frutos em um galho mais alto, se deixando cair e arrancando pequenos pedaços que leva até outro galho e ingere. procura por frutos no estrato mais alto da mata. Também desce até o chão, se ali se encontra comida, geralmente pequenos frutos, como de hera, amora.
  • Reprodução: Constrói o ninho em formato de uma pequena e frágil plataforma de gravetos. Põe 2 ovos amarelados com manchas marrom-avermelhadas. Durante o período reprodutivo reúne-se em grupos de até 10 indivíduos, havendo exibição do papo e vocalizações.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pavó Foto – Afonso de Bragança

Características:

O macho mede cerca de 46 cm de comprimento e a fêmea 39 cm. O macho tem o bico de cor azul céu muito claro, quase branco. A fêmea tem o bico mais escuro, cinza roxeado.

Possui cinco subespécies:

  • Pyroderus scutatus scutatus; (Shaw, 1792) – ocorre da região tropical Sudeste do Brasil até o Leste do Paraguai e no Nordeste da Argentina;
  • Pyroderus scutatus occidentalis; (Chapman, 1914) – ocorre na Cordilheira dos Andes do Oeste da Colômbia e no Noroeste do Equador;
  • Pyroderus scutatus orenocensis; (Lafresnaye, 1846) – ocorre na porção superior da região tropical da Venezuela no Nordeste da região de Bolívar e no Norte da Guiana;
  • Pyroderus scutatus masoni; (Ridgway, 1886) – ocorre na região Subtropical Leste do Peru, do Sul da província do Amazonas até a província de Junín;
  • Pyroderus scutatus granadensis; (Lafresnaye, 1846) – ocorre no Leste da Cordilheira dos Andes da Colômbia e no Oeste da Venezuela.
Pavó Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita o interior e as bordas de florestas altas, especialmente em regiões montanhosas. Vive solitário.

Pavó Foto – Afonso de Bragança

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/pavo Acesso em 08 Setembro de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pav%C3%B3 Acesso em 14 de Outubro de 2010.

Tropeiro-da-serra – (Lipaugus lanioides)

Tropeiro-da-serra – (Lipaugus lanioides)

O tropeiro-da-serra Lipaugus lanioides é uma ave da família Cotingidae. Espécie endêmica do Brasil, ocorre na mata atlântica da Bahia a Santa Catarina.

Tropeiro-da-serra Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Tropeiro-da-serra
  • Nome inglês: Cinnamon-vented Piha
  • Nome científico: Lipaugus lanioides
  • Família: Cotingidae
  • Subfamília: Cotinginae
  • Habitat: Endêmica à mata atlântica na região sudeste do Brasil, e ocorre do sul da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais a Santa Catarina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos de mais de vinte espécies vegetais, entre as quais os coquinhos do palmito juçara – Euterpe edulis e do açaí – Euterpe oleracea, e frutos como os da bucuva-vermelha – Virola bicuhyba. Graças ao bico largo, a ave consegue engolir inteiros os frutos relativamente grandes dessas e de outras plantas; mais tarde as sementes são regurgitadas intactas, muitas vezes longe da planta-mãe de onde os frutos foram retirados. Com isso, a ave é uma importante dispersora de diversas árvores e palmeiras. Eventualmente também come insetos.
  • Reprodução: Reproduz-se…
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Tropeiro-da-serra Foto – Celi Aurora

Características:

Mede em média 24,5 cm de comprimento e pesa 84 gramas. Tem a plumagem geral cor cinza amarronzada. A cabeça cinza e apresenta um efeito escamado fraco nas penas da coroa que se espalha por outras partes do corpo, como manto, garganta e parte superior do peito. O peito e ventre são ligeiramente mais pálidos que as demais partes superiores. As asas apresentam maior intensidade da cor marrom, as rêmiges apresentam a borda marrom e a parte interna, próxima a raque é negra. O crisso é de cor castanha, característica esta que o diferencia de seu congênere cricrióLipaugus vociferans. A cauda da ave é da mesma coloração do dorso, cinza amarronzado, coloração esta que fica mais evidente quando está iluminada. Seus olhos são escuros e apresentam um anel periocular de coloração amarelo pálido. Os tarsos e pés são cinza escuros. Tem bico cinza, forte e largo.

Tropeiro-da-serra Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequenta regiões montanhosas, em geral acima de 1000 m de altitude. Habita sobretudo florestas altas, mas é capaz de sobreviver em matas alteradas, já tendo sido encontrado em plantios de eucalipto com sub-bosque nativo desenvolvido. É mais observado na vegetação entre 5 e 25 m acima do nível do solo, no interior da mata. É um pássaro endêmico da Mata Atlântica. Está ameaçado de extinção e a ameaça mais significativa é a perda extensiva de seu hábitat de matas nativas, por conta de destruição, degradação e fragmentação. Ainda, algumas populações podem ser impactadas de forma negativa pela derrubada das palmeiras do gênero Euterpe, por reduzir a quantidade de frutos disponíveis como alimento.

Tropeiro-da-serra Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências