A gralha-picaça é uma ave da família Corvidae. Também conhecida como cancã, gralha-de-crista-negra e gralha-do-mato. Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e no Brasil.
- Nome popular: Gralha-picaça
- Nome inglês: Plush-crested Jay
- Nome científico: Cyanocorax chrysops
- Família: Corvidae
- Habitat: Ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, no Brasil em Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
- Alimentação: Alimenta-se de insetos, frutos e às vezes ovos de outras aves. É muito perseguida por granjeiros por roubar os ovos de dentro dos galinheiros.
- Reprodução: Normalmente vive em bandos de 10 a 20 indivíduos. na época reprodutiva, formam-se casais. O ninho é feito em árvores altas e espinhentas, composto por fortes varas, porém ralos, podendo os ovos cair através delas. Põe de 6 a 7 ovos grandes, azul-celeste ornados de desenhos brancos.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Tem a cor azul marinho predominante, exceto na cabeça, o pescoço anterior e a garganta são negros, branco no peito, barriga e ponta de cauda. As penas negras do píleo formam uma almofada, saliente no occipital como uma bola, destaca-se uma mancha pós ocular e a nuca azul-esbranquiçada reluzente e mais um desenho azul sob o olho e o bigode, íris amarelo-enxofre, barriga e parte terminal da cauda branco-amareladas. Mede em média 34 cm de comprimento.
Possui quatro subespécies:
- Cyanocorax chrysops chrysops (Vieillot, 1818) – ocorre no Sudeste do Brasil até o Paraguai, Uruguai, Norte da Bolívia e Nordeste da Argentina;
- Cyanocorax chrysops diesingii (Pelzeln, 1856) – ocorre no Norte do Brasil ao Sul do rio Amazonas;
- Cyanocorax chrysops tucumanus (Cabanis, 1883) – ocorre no Noroeste da Argentina
- Cyanocorax chrysops insperatus (Pinto & Camargo, 1961) – ocorre na Amazônia brasileira, no Norte do estado de Mato Grosso e no Sul do estado do Pará a Leste do Rio Tapajós, na Serra do Cachimbo.
Comentários:
Habita a mata. Têm preferência por locais altos da floresta, e sempre que possível, retiram os pinhões ainda da pinha. Muitas vezes ocorre que no momento em que a gralha bica a pinha para retirar o pinhão, a mesma se desprende e acaba caindo no solo. As gralhas dificilmente descem até o chão para apanhar os pinhões, porém, quando já estão se alimentando de um pinhão e o mesmo cai no solo, elas descem para buscá-lo. Esse fato é possível, graças a excelente visão que elas possuem, onde miram o alvo e chegam com precisão até ele.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/gralha-picaca Acesso em 08 Setembro de 2010.
- Terra da Gente disponível em : http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/2016/08/gralha-picaca-imita-aves-e-emite-cerca-de-25-vocalizacoes-diferentes.html Acesso em 5 de Dezembro de 2016