Beija-flor-de-garganta-azul – (Chlorestes notata)

Beija-flor-de-garganta-azul

O beija-flor-de-garganta-azul Chlorestes notata é uma ave da família Trochilidae. Ocorre no Brasil, Colômbia, Venezuela, nas ilhas de Trinidad e Tobago, Guianas e Peru.

Beija-flor-de-garganta-azul Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Beija-flor-de-garganta-azul
  • Nome inglês: Blue-chinned Sapphire
  • Nome científico: Chlorestes notata
  • Família: Trochilidae
  • Sub-família: Trochilinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil, do Amazonas à faixa atlântica do Brasil oriental, desde o Nordeste até São Paulo. Encontrado também na Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, Guianas.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente pde néctar e pequenos insetos. Geralmente alimenta-se em bordas de matas secundárias, gosta das flores de Embira-brava – Helicteris ovata e Lantana- Lantana ssp.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em forma de taça profunda e é fixado em um ramo secundário horizontal de árvores pequenas ou em raízes expostas. O material utilizado na confecção do ninho é uma combinação de materiais vegetais macios, líquens e teias de aranha. A construção do ninho é tarefa da fêmea. Põe em média entre 1 e 3 ovos brancos, que são são incubados pela fêmea durante 16 dias e os filhotes apresentam-se emplumados entre 18 e 19 dias após o término da incubação, quando deixam o ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Beija-flor-de-garganta-azul Foto – Hilton Filho

Características:

O macho mede entre 8 e 9,7 cm de comprimento e a fêmea mede entre 7 e 8 cm. Pesa entre 3 e 4,5 gramas. Tem o bico reto com 18 milímetros de comprimento. A base da mandíbula é rosada e sua ponta é preta. O macho da espécie apresenta coloração verde com reflexos brilhantes bronzeados na porção superior; a porção inferior apresenta coloração verde brilhante. O mento e a porção superior da garganta são azul brilhante, facilmente observado. As penas rêmiges são escuras, quase pretas, e não apresentam brilho. A cauda é de uma coloração azul metálico intensa, apresentando a forma quadrada ou ligeiramente arredondada. A fêmea te a garganta e o peito densamente mesclados de verde brilhante. O resto do ventre é branco acinzentado e menos salpicado de verde brilhante. A cauda da fêmea é similar à dos indivíduos do sexo masculino. O imaturo macho da espécie apresenta coloração verde brilhante com a cauda de coloração azul profundo. Como a fêmea imatura da espécie, apresenta o peito e ventre cinza claro manchado de verde brilhante. As bochechas são obscuras e contrastantes com uma pequena mancha pós ocular branca.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Chlorestes notata notata (Reich, 1793) – ocorre no nordeste da Colômbia, no norte e leste da Venezuela, nas ilhas de Trinidad e Tobago, nas Guianas e no norte do Brasil, acima do rio Amazonas (AM, RR, PA, e AP) e também ao sul do rio Amazonas a partir da margem leste do rio Tapajós (PA, MA, CE, PI). Também no leste do Brasil desde o RN até o RJ, do estado do Pará até o sul do estado do Rio de Janeiro.
  • Chlorestes notata puruensis (Riley, 1913) – ocorre do SE da Colômbia e NE do Peru para leste no Brasil, abaixo do rio Amazonas e oeste do rio Tapajós (AM, PA, RO, MT, TO, GO);
  • Chlorestes notata obsoleta (J. T. Zimmer, 1950) – ocorre no nordeste do Peru, da região do baixo rio Ucayali até a região da foz do rio Napo, e provavelmente até a foz do rio Huallaga.

(Integrated Taxonomic Information System, 2015). (Grantsau, 1988).

Beija-flor-de-garganta-azul Foto – Celi Aurora

Comentários:

Frequentam florestas, ambientes de grandes áreas conservadas de flores, insetos e etc. Vive em locais sombrios das florestas, matas secundárias e de igapó, frequentemente na copa das árvores. Abundante no baixo Amazonas.

Beija-flor-de-garganta-azul Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *