Saíra-militar – (Tangara cyanocephala)

A Saíra-militar (Tangara cyanocephala) é uma ave da família Thraupidae. Conhecida também como saíra-de-lenço, pintor-coleira. Espécie endêmica do Brasil, ocorre no litoral do sul e sudeste, e também em áreas isoladas no Nordeste brasileiro.

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira
  • Nome popular: Saíra-militar
  • Nome inglês: Red-necked Tanager
  • Nome científico: Tangara cyanocephala
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Espécie endêmica do Brasil, ocorre no sul e sudeste, com populações isoladas de raças geográficas no Nordeste brasileiro (PE, PB, AL e CE).
  • Alimentação: Alimenta-se de frutinhas, insetos, larvas e néctar/pólen de flores. Frequentam pomares. São vistas se alimentando em pequenos arbustos e até mesmo sobre vegetação rasteira.
  • Reprodução: Reproduz-se de setembro a dezembro. Faz ninhos em formato de taça com 3 ovos, geralmente feito em bromélias e emaranhados de epífitas, à média e elevada altura. Macho e fêmea cuidam dos filhotes.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Características:

Mede entre 10 e 13 centímetros de comprimento e pesa entre 16 e 21 gramas. Apresenta a evidente faixa vermelho vivo ao redor do pescoço e coroa azul metálico no alto da cabeça. Nas fêmeas a faixa vermelha é mais apagada, tendendo à tonalidade canela. Corpo em tonalidade verde uniforme, com dorso negro e faixa amarela sobre as penas verdes das asas. As aves das populações do Sul do Brasil, tendem a apresentar tamanho corporal acima da média de 11 centímetros de comprimento. Por sua vez, as saíras-militares do Nordeste são menores, com tamanho abaixo da média padrão.

Possui 3 subespecies reconhecidas

  • Tangara cyanocephala cyanocephala (Statius Muller, 1776) – ocorre desde o sul do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, mais o Paraguai e norte da Argentina (Missiones);
  • Tangara cyanocephala corallina (Berlepsch, 1903) – ocorre do litoral de Pernambuco até o Espírito Santo; Distingue-se da subespécie nominal por ser, em média, um pouco menor; a faixa no pescoço é de um vermelho um pouco mais pálido; a barra amarela na asa é mais estreita e as partes inferiores são mais amareladas.
  • Tangara cyanocephala cearensis (Cory, 1916) – ocorre na Serra do Baturité, no Ceará. Criticamente ameaçada. Distingue-se da subespécie nominal e da subespécie corallina por ter uma coroa de um azul-arroxeado, penas negras no alto da garganta entre a faixa vermelha e o azul do final da garganta e, principalmente, por possuir penas de cor azul celeste nas coberteiras supracaudais.

(Clements checklist, 2014).

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Comentários:

Geralmenta é vista em cidades arborizadas, borda de mata e pequenas florestas. Quase sempre são vistos em bandos mistos com outros traupídeos

Saíra-militar Foto- Flavio Pereira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Choca-listrada – (Thamnophilus palliatus)

A Choca-listrada é uma ave da família Thamnophilidae. Conhecida também como choca, choca-lineada, espanta-raposa e xorró.

Choca-listrada Foto – Flavio Pereira
  • Nome popular: Choca-listrada
  • Nome inglês: Chestnut-backed Antshrike
  • Nome científico: Thamnophilus palliatus
  • Família: Thamnophilidae
  • Subfamília: Thamnophilinae
  • Habitat: Presente em duas regiões separadas, na Amazônia, ao sul do Rio Amazonas, da fronteira com o Peru e Bolívia (países em que também está presente) ao Pará, Maranhão e Piauí e, na costa leste, da Paraíba ao Rio de Janeiro.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de artrópodes, larvas e insetos, caçados na folhagem das arvores e arbustos a pequena altura.
  • Reprodução: Constroem o ninho com fibras vegetais entrelaçadas preso a pequenos galhos de arbustos a 3 ou 4 metros do solo.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Choca-listrada Foto – Flavio Pereira

Características:

Mede cerca de 16 cm de comprimento e pesa 21 g. O macho apresenta o alto da cabeça de cor preta e a fêmea de cor castanha.

Possui quatro subespécies reconhecidas:

  • Thamnophilus palliatus palliatus (Lichtenstein, 1823) – ocorre no Brasil ao sul do Rio Amazonas e na região costeira do nordeste do Brasil, nos estados da Paraíba até o norte da Bahia.
  • Thamnophilus palliatus puncticeps (P. L. Sclater, 1890) – ocorre do sudeste do Peru, das regiões de Cusco e Puno até o norte da Bolívia e no sul da Amazônia brasileira.
  • Thamnophilus palliatus vestitus (Lesson, 1831) – ocorre no leste do Brasil, na região costeira dos estados da Bahia até o estado do Rio de Janeiro.
  • Thamnophilus palliatus similis (Zimmer, 1933) – ocorre nas encostas do leste da Cordilheira dos Andes na porção central do Peru, nas regiões de Huánuco e Junín.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Choca-listrada Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita bordas de florestas úmidas e de montanhas, clareiras em regeneração, áreas com emaranhados de cipós, capoeiras arbustivas e quintais. Normalmente encontrada aos pares, pulando em meio à vegetação, em busca de insetos. Varia de incomum a bastante comum nas regiões onde está presente

Choca-listrada Foto – Flavio Pereira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências