Cigarra-do-campo – (Neothraupis fasciata)

Cigarra-do-campo – (Neothraupis fasciata)

A cigarra-do-campo Neothraupis fasciata é uma ave da família Thraupidae. Ocorre na Bolívia, Paraguai e no Brasil.

Cigarra-do-campo Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Cigarra-do-campo
  • Nome inglês: White-banded Tanager
  • Nome científico: Neothraupis fasciata
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Ocorre na Bolívia, Paraguai e no Brasil, nos estados do Amapá, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se de insetos, sementes e frutos, normalmente no chão ou em arbustos.
  • Reprodução: Constrói o ninho em forma de taça, chocando 3 ovos em média. Nos cuidados com a prole, o casal pode receber auxílio de indivíduos juvenis nascidos no ano anterior. Nidifica em outubro e novembro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Cigarra-do-campo Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede 16 cm de comprimento. Ao contrário da maioria das espécies da família Thraupidae, esse tiê é característico do Cerrado. Fácil de identificar pela máscara escura ao redor dos olhos e a garganta branca, a coloração é mais viva no macho do que na fêmea, especialmente, a máscara: negra no macho e cinza-escura na fêmea.

Cigarra-do-campo Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Espécie endêmica do Bioma Cerrado, vive aos pares ou em grupos de três à sete indivíduos nos cerrados, cerradões e campos limpos. Chega a ocupar áreas alteradas de cerrado próximo à áreas urbanas. Um membro do grupo atua como sentinela, pousado em um galho exposto, enquanto os outros membros se alimentam no solo. Frequentemente estão juntos a outras espécies de aves, que podem se beneficiar de seu comportamento de sentinela. Comunicam-se por meio de chamados curtos “tsipé-tsipá”. Esse chamado é semelhante ao do graveteiro, mais alto e mais longo que nesse último. O macho só canta durante a época de reprodução e defende seu território agressivamente contra intrusos.

Cigarra-do-campo Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Canário-do-mato – (Myiothlypis flaveola)

Canário-do-mato – (Myiothlypis flaveola)

O canário-do-mato Myiothlypis flaveola é uma ave da família Parulidae. Também conhecido como pula-pula-amarelo. Ocorre Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Paraguai e Venezuela.

Canário-do-mato Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Canário-do-mato
  • Nome inglês: Flavescent Warbler
  • Nome científico: Myiothlypis flaveola
  • Família: Parulidae
  • Habitat: Ocorre em quase todo o Brasil e também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai e Venezuela.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos. Eventualmente também come frutas. Muito ativa, vive aos casais procurando invertebrados entre as folhas caídas ou nas galhadas baixas. Segue as formigas de correição, capturando os invertebrados fugindo das pequenas predadoras.
  • Reprodução: Constrói o ninho com gramíneas e raízes. Geralmente feito em bromélias ou no próprio solo em um local seguro. Canta o ano inteiro, mas com maior frequência entre os meses de julho a dezembro, época de reprodução. Põe em média de 3 a 5 ovos pequenos de cor branca com poros pretos. Os filhotes nascem após15 dias. Levam em torno de 34 para deixar do ninho. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Canário-do-mato Foto – Edgard Thomas

Características:

Essa ave é de pequeno porte e chega a medir apenas 10 centímetros de comprimento. Não possui dimorfismo sexual, sendo o macho igual a fêmea. Corpo verde-oliváceo claro com penas pretas ao longo do mesmo. Possui um pequeno topete que usa para intimidar presas e fazer o corte nupcial (ritual de acasalamento). Essa ave possui o canto muito alto, semelhante ao do Canário-belga.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Myiothlypis flaveola flaveola (S. F. Baird, 1865) ocorre no leste da Bolívia até o norte do Paraguai, interior do Brasil e norte da Argentina;
  • Myiothlypis flaveola pallidirostris (Oren, 1985) ocorre na porção tropical do nordeste da Colômbia até o norte da Venezuela e sul da Guiana, e na área adjacente em Roraima.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Canário-do-mato Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta parte baixa e chão das matas ciliares, matas secas e cerradões. Aparece nos bandos mistos próximos ao solo, parecendo ser algo ocasional, ao contrário de muitas espécies de aves.

Canário-do-mato Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências