Sanhaço-do-coqueiro – (Thraupis palmarum)

O sanhaço-do-coqueiro Thraupis palmarum é uma ave da família Thraupidae que está frequentemente associada a palmeiras, daí seu nome popular. É agressiva em relação a indivíduos da mesma, ou de outras espécies.

Sanhaço-do-coqueiro Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Sanhaço-do-coqueiro
  • Nome inglês: Palm Tanager
  • Nome científico: Thraupis palmarum
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Thraupinae
  • Habitat: Ocorre em toda a América do sul
  • Alimentação: Caça insetos no meio das folhas, às vezes ficando de cabeça para baixo nessa busca. Também apanha insetos em voo, especialmente cupins e formigas aladas, saindo de um poleiro exposto e, meio desajeitado quando comparado como o suiriri e outros mestres desse tipo de captura, volta ao pouso original ou próximo. Além de insetos, complementa a dieta com néctar e frutos, especialmente da embaúba. Costuma frequentar comedouros com frutas.
  • Reprodução: Possui um chamado de notas agudas e assobiadas. É emitido o ano todo, com mais intensidade no período reprodutivo. O ninho em forma de taça, escondido no meio da folhagem densa ou então nas bainhas foliares de palmeiras, é construído pelo macho e pela fêmea. Eles utilizam folhas largas e secas, revestindo externamente com fibras vegetais. Os ovos, em geral 2, são cremes ou brancos com manchas cinzas, pardas ou negras e são incubados pela fêmea durante 14 dias. Os filhotes, que permanecem no ninho de 17 a 21 dias, são alimentados pelo casal, possivelmente por regurgitação. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Sanhaço-do-coqueiro Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em média 18 centímetros de comprimento e pesa entre 27 e 48 gramas. Os três sanhaçus, sanhaçu-cinzento, sanhaço-da-amazônia e o sanhaço-do-coqueiro possuem porte e hábitos semelhantes. Suas cores, entretanto, os diferenciam bem. Como costumam pousar nas partes mais altas da vegetação, muitas vezes são vistos contra o céu, em situações de iluminação onde os contrastes desaparecem. Nessas situações, quando o sanhaço-do-coqueiro voa mostra uma faixa clara (na verdade, amarelada) no meio das penas longas da asa, característica marcante dessa espécie. Notável também é seu vínculo com palmeiras.

Possui quatro subespécies reconhecidas:

  • Tangara palmarum palmarum (Wied-Neuwied, 1821) – ocorre do leste e sul do Brasil até o leste da Bolívia e Paraguai;
  • Tangara palmarum melanoptera (P. L. Sclater, 1857) – ocorre do leste da Colômbia até o norte da Bolívia, nas Guianas e na Amazônia brasileira;
  • Tangara palmarum atripennis (Todd, 1922 ) – ocorre do leste da Nicarágua até o norte da Colômbia e no extremo noroeste da Venezuela;
  • Tangara palmarum violilavata (Berlepsch & Taczanowski, 1884) – ocorre nas encostas do Oceano Pacifico do sudoeste da Colômbia até o oeste do Equador.

Clements checklist, (2014); Integrated Taxonomic Information System, (2015).

Sanhaço-do-coqueiro Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Muito ativo, vive em casais e pequenos grupos, provavelmente familiares. Está sempre movimentando-se nas horas frescas do dia, lançando-se em voos longos sobre os rios ou áreas abertas. Ocasionalmente, está na parte baixa da vegetação. Embora prefira os ambientes florestados, também visita capões de cerrado e áreas com adensamento dessa vegetação. Acostuma-se a pomares e ambientes urbanos bem arborizados. Pode ser visto em jardins, onde vai nos comedouros para aves para alimentar-se de frutos. Encontrado também nas cidades e até nos parques dos grandes centros urbanos do país

Sanhaço-do-coqueiro Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências