Curió – (Sporophila angolensis)

O curió Sporophila angolensis é uma ave da família Thraupidae. Ocorre no Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina. Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago e Guianas.

Curió Foto – Silvia Linhares
  • Nome popular: Curió
  • Nome inglês: Chestnut-bellied Seed-Finch
  • Nome científico: Sporophila angolensis
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Sporophilinae
  • Habitat: Ocorre em quase todo território brasileiro, da Região Amazônica ao Rio Grande do Sul, passando por estados da região Centro-Oeste. Encontrado também em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes em especial a semente do capim navalha, subindo nos pendões de capim ou catando-as no chão.
  • Reprodução: Reproduzem-se construindo um ninho de paredes finas, em formato de xícara. Põe 2 ovos branco esverdeados com muitas manchas marrons e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 30 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho. Atingem a maturidade após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Curió Foto – Silvia Linhares

Características:

Mede em média 11 centímetros de comprimento e pesa entre 11,4 e 14,5 gramas. O Macho possui cabeça, peito, dorso, asas e cauda negras e região inferior do peito, ventre, crisso e infracaudais de coloração castanha. As asas apresentam um pequeno e característico espéculo branco. O bico é bastante robusto é utilizado para abrir sementes e apresenta uma mancha acinzentada na base da mandíbula. Tarsos e pés enegrecidos. A fêmea e os imaturos possuem plumagem toda parda.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Sporophila angolensis angolensis (Linnaeus, 1766) – Centro, Nordeste, sudeste até o Rio Grande do Sul, indo ao Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina.
  • Sporophila angolensis torridus (Scopoli, 1769) – Região Amazônica, Colômbia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Guianas. Bastante semelhante, mas de menor tamanho que a subespécie nominal.

(Clements checklist, 2014).

Curió Foto – Silvia Linhares

Comentários:

Frequentam florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias bastante degradadas. Vive solitário ou aos pares, normalmente separado de outras espécies de pássaros, embora às vezes possa misturar-se a bandos de Sporophila e tizius. É comum em capoeiras arbustivas, clareiras com gramíneas, arbustos nas bordas de florestas altas e pântanos, penetrando também nas florestas. Em uma floresta no sudoeste da Amazônia brasileira, está presente também em clareiras naturais no interior da floresta fechada, onde Lima & Guilherme (2021) classificaram a espécie como especialista em clareiras naturais. As clareiras naturais no interior da floresta, em seu recente estágio de regeneração, oferecem recursos alimentares (como sementes) capazes de manter essa espécie no interior da mata (Lima & Guilherme, 2021).

Curió Foto – Silvia Linhares

 

Áreas de ocorrência no Brasil.

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências