O socó-jararaca Tigrisoma fasciatum é uma ave da família Ardeidae. Ocorre no Brasil, e também desde a Costa Rica na América Central até a Argentina.
- Nome popular: Socó-jararaca
- Nome inglês: Fasciated Tiger-Heron
- Nome científico: Tigrisoma fasciatum
- Família: Ardeidae
- Habitat: Ocorre no Brasil, em regiões distintas, principalmente no Centro Oeste, Mato Grosso Goiás e Mato Grosso do Sul, no Sul, Paraná e Santa Catarina, e Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e em pontos isolados no extremo Norte, Roraima e Amapá. Encontrado também ao longo da Cordilheira dos Andes, desde a Venezuela até a Argentina, e na América Central até a Costa Rica.
- Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes, mas come também insetos, e pequenos crustáceos. Caça ao longo dos rios, nas margens ou em rochas no curso d’água com o seu pescoço parcialmente estendido.
- Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em forma de plataforma de gravetos e ramos. Põe em média 1 ou 2 ovos por ninhada.
- Estado de conservação: Pouco preocupante.
Características:
Mede em média 70 cm de comprimento. Tem o bico e pernas relativamente curtos vértice negro, lado da face cinza xistoso, pescoço e manto xistáceo vermiculado de amarelo, formando um desenho espaçado, flancos uniformemente xistáceos, abdome cinza marrom canela; pescoço anterior canela com 2 estreitas faixas brancas verticais de cada lado, bico com maxila preta e mandíbula verde-amarela da, íris amarela.
Possui três subespécies reconhecidas:
- Tigrisoma fasciatum fasciatum (Such, 1825) – ocorre do sudeste do Brasil até o nordeste da Argentina;
- Tigrisoma fasciatum pallescens (Olrog, 1950 ) – ocorre no noroeste da Argentina;
- Tigrisoma fasciatum salmoni (P. L. Sclater & Salvin, 1875) – ocorre da Costa Rica até a Venezuela e o norte da Bolívia.
Comentários:
Frequentam córregos límpidos de florestas e em rios encachoeirados com lajedos rochosos escorregadios em meio às águas revoltas. Pousa sobre rochedos e troncos ilhados no meio da corredeira ou embosca as presas a partir da galharia marginal. Gosta de ambientes de rio com fundo pedregoso, principalmente nas regiões de cerrado. Vive solitário e costuma se afastar rapidamente ao perceber a presença humana, em voos que seguem as margens do rio. Frágil frente à presença humana, esta espécie tem habitat específico, cujas perturbações, mesmo pequenas, fazem reduzir sua presença, na medida em que diminuem os recursos alimentares disponíveis. A construção de hidroelétricas ameaça a sobrevivência da espécie, que atualmente encontra sossego em uns poucos parques nacionais, em reservas ecológicas, ou em raríssimas áreas pouco frequentadas por humanos.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/soco-jararaca Acesso em 26 de Dezembro de 2009.
- Avibase – disponível em: https://avibase.bsc-eoc.org/species.jsp?avibaseid=4F6C5988 Acesso em 29 de Novembro de 2009.