Martim-pescador-grande – (Megaceryle torquata)

Martim-pescador-grande

O Martim-pescador-grande Megaceryle torquata é uma ave da família Alcedinidae. Ocorre dos Estados Unidos, México à Terra do Fogo, toda América do Sul.

Martim-pescador-grande Foto – Luiz Bravo
  • Nome popular: Martim-pescador-grande
  • Nome inglês: Ringed Kingfisher
  • Nome científico: Megaceryle torquata
  • Família: Alcedinidae
  • Habitat: Ocorre do extremo sul dos Estados Unidos, México à Terra do Fogo, toda América do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes. Permanece imóvel no mesmo poleiro por mais de uma hora. Ao localizar a presa, mergulha sobre ela e, após a captura, retorna ao poleiro; com o peixe entre as maxilas, provoca-lhe a morte batendo-o contra uma superfície dura.
  • Reprodução: Reproduz-se em barrancos ou rochas. Vive aos casais na época da reprodução. O casal se reveza na execução de longas galerias tortuosas, de um a dois metros de comprimento, onde são postos de dois a seis ovos, arredondados e de um branco puro, diretamente no substrato. O casal reveza-se a cada vinte e quatro horas na incubação. Em média os ovos eclodem em 22 dias. Os filhotes nascem nus e cegos e abandonam o ninho em 35 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Martim-pescador-grande Foto – Luiz Bravo

Características:

Mede em média 42 cm de comprimento e pesa de 305 a 341 gramas. Tem o corpo atarracado, cabeça grande com crista irregular conspícua que cobre todo o píleo da base do bico até a nuca. Bico é grande, às vezes com matizes encarnadas; cabeça e partes superiores azuladas; mancha loral branca; garganta e pescoço brancos, formando um colar quase completo. Bico com culmen, a maior parte da maxila e ponta da mandíbula inferior enegrecidas; base da maxila e metade proximal da mandíbula inferior com quantidades variáveis de amarelo fosco (às vezes pouco); íris castanho escuro; pés sindáctilus de cor verde oliva, sola dos dedos amarelada; garras pretas. Os pés sindáctilus dificultam o movimento no solo, mas são eficientes na escavação da toca. Macho com o peito e o ventre uniformemente ferrugíneos até a região do crisso, que é branco. Coberteiras inferiores das asas brancas.

Tem 3 subespécies reconhecidas:

  • Megaceryle torquata torquata (Linnaeus, 1766) – ocorre do extremo Sul dos Estados Unidos da América no estado do Texas até o Norte da Argentina; também ocorre nas Ilhas de Trinidad e Margarita;
  • Megaceryle torquata stictipennis (Lawrence, 1885) – ocorre nas pequenas Antilhas, ilhas de Guadeloupe, Martinique e Dominica;
  • Megaceryle torquata stellata (Meyen, 1834) – ocorre do Sul do Chile e Nordeste da Argentina até a Terra do Fogo.

(Clements checklist, 2014).

Martim-pescador-grande Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequenta áreas abertas e em caudalosos e grandes lagoas. Passa a maior parte do tempo empoleirado acima da água, em árvores mortas, entre 5 e 10 metros de altura. Aprecia também as rochas nas margens dos rios e riachos. Vive a maior parte do tempo solitário, fora da época do acasalamento. Passa de ilha em ilha, aparecendo em pequenas poças que descubre durante seus longos voos; chega a sobrevoar serras e cidades, executando migrações locais na Amazônia. Às vezes paira por alguns segundos, mas não regularmente ou por períodos mais longos. Passa a maior parte do tempo empoleirado acima da água, em árvores mortas, entre 5 e 10 metros de altura. Aprecia também as rochas nas margens dos rios e riachos.

Martim-pescador-grande Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

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