Vite-vite – (Hylophilus thoracicus)

Vite-vite – (Hylophilus thoracicus)

O vite-vite Hylophilus thoracicus é uma ave da família Vireonidae. Ocorre da América Central até ao Sudeste do Brasil.

Vite-vite Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Vite-vite
  • Nome inglês: Lemon-chested Greenlet
  • Nome científico: Hylophilus thoracicus
  • Família: Vireonidae
  • Habitat: Ocorre na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, mas eventualmente também come alguns frutos.
  • Reprodução: Hábitos reprodutivos…
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Vite-vite Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 12 centímetros de comprimento e pesa entre 11 e 13,8 gramas. Bico cinza rosado com cúlmen escurecido. As pernas são cinza rosadas. A iris é branca ou amarelo pálido. A coroa é verde amarelada com a parte posterior de coloração acinzentada. O dorso é verde oliva brilhante, com as rêmiges primárias escurecidas. A cauda é verde oliva. A garganta é branco acinzentada, o peito apresenta uma faixa peitoral amarelo esverdeada, o ventre e o crisso são branco acinzentados.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Hylophilus thoracicus thoracicus (Temminck, 1822) – ocorre no leste do Brasil, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, leste do estado de Minas Gerais e norte do estado de São Paulo.
  • Hylophilus thoracicus griseiventris (Berlepsch & E. J. O. Hartert, 1902) – ocorre no leste da Venezuela, nas Guianas e no norte do Brasil.
  • Hylophilus thoracicus aemulus (Hellmayr, 1920) – ocorre no sudeste da Colômbia, leste do Equador, leste do Peru e no norte da Bolívia.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Vite-vite Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta frequenta a copas das bordas de matas secundárias de terra firme e várzea e no Sudeste, preferem as matas ralas, capoeirões, bordas de matas secundárias e parques em cidades, como o Rio de Janeiro.

Vite-vite Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências

Pitiguari – (Cyclarhis gujanensis)

Pitiguari – (Cyclarhis gujanensis)

O pitiguari é uma ave passeriforme da família Vireonidae. Também conhecido como gente-de-fora-vem. Ocorre em quase todo o Brasil.

Pitiguari Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Pitiguari
  • Nome inglês: Rufous-browed Peppershrike
  • Nome científico: Cyclarhis gujanensis
  • Família: Vireonidae
  • Habitat: Ocorre em grande parte do Brasil, exceto em pequena área da Amazônia ocidental.
  • Alimentação: Alimenta-se de invertebrados larvas e pequenos frutos apanhados no meio da vegetação. Vistoria as folhas cuidadosamente, às vezes penetrando nos emaranhados mais densos. Apanha lagartas grandes, maiores do que se imaginaria pelo seu porte.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho bem preso numa forquilha de árvores com auxílio de teias de aranha. Nele são postos os ovos branco-avermelhados com salpicos roxos e brancos. O macho e a fêmea revezam-se na incubação, durante cerca de 14 dias, e alimentam os filhotes. O período repdodutivo vai de julho a novembro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Pitiguari Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 17 cm, tem cabeça e bico desproporcionais ao corpo. O bico é todo acinzentado com leve tom róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parecendo um bico de ave de rapina em um pássaro. As cores são únicas, com a cabeça e nuca acinzentadas, uma nítida e característica faixa marrom-avermelhada sobre os olhos laranja-escuro nos adultos, marrom uniforme nos juvenis. Alto da cabeça oliváceo ou cinza-escuro. No peito, uma larga faixa amarelada separa a barriga e garganta cinza-claro, quase branco. Dorso pardo-esverdeado. Macho e fêmea são idênticos.

Apresenta três subespécies com ocorrência no Brasil:

  • Cyclarhis gujanensis gujanensis (Gmelin, 1789) (Norte do Brasil) essa subespécie possui a sobrancelha mais escura que as outras e o píleo é cinza-claro, da mesma coloração da região auricular. Possui a coloração do ventre muito branca e, no peito, a larga faixa amarelada é muito clara e também muito pequena em comparação com as outras subespécies, ficando apenas no papo e seguindo nas extremidades das asas até o começo das coberteiras médias. O dorso, as asas e a cauda possuem uma coloração pardo-esverdeada mais forte e as rêmiges primárias são pretas.
  • Cyclarhis gujanensis cearensis (S. F. Baird, 1866) – (Nordeste e Centro-Oeste do Brasil) essa subespécie possui a sobrancelha mais clara que a ssp. gujanensis e o píleo é cinza-escuro, diferente da coloração cinza-claro da região auricular. O ventre é branco-amarelado e, no peito, a larga faixa amarelada é mais escura e maior que a ssp. gujanensis, indo até o começo das coberteiras médias e seguindo nas extremidades das asas até o final das coberteiras médias. O dorso, as asas e a cauda possuem uma coloração pardo-esverdeada muito clara em comparação com as outras subespécies.
  • Cyclarhis gujanensis ochrocephala (Tschudi, 1845) – (Sul e Sudeste do Brasil) essa subespécie possui a sobrancelha muito curta, reduzida apenas até a região da fronte, acabando em cima dos olhos. O píleo é cinza-amarronzado muito escuro, diferente da coloração cinza-claro da região auricular. O ventre é branco-amarronzado e, no peito, a larga faixa amarelada é mais escura do que as outras subespécies, ficando apenas no centro, sem vazar pelas extremidades das asas como nas outras duas subespécies. O dorso, as asas e a cauda possuem uma coloração pardo-esverdeada mais escura que a ssp. cearensis, porém mais clara que a ssp. gujanensis e suas rêmiges primárias também são de um preto mais claro que a ssp. gujanensis.
Pitiguari Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Constrói o ninho em formato de tigela aberta e funda utilizando fibras vegetais revestido com musgos o trabalho é executado pela fêmea. O ninho é bem preso numa forquilha de árvores com auxílio de teias de aranha. O macho e a fêmea revezam-se na incubação, durante cerca de 14 dias, e alimentam os filhotes .Geralmente vive em casais, os machos são um pouco maiores do que as fêmeas, mas é necessário observá-los juntos para conseguir determinar o sexo. Entre julho e novembro cantam intensamente período reprodutivo.

Pitiguari Foto – Edgard Thomas

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências