Bem-te-vi-rajado – (Myiodynastes maculatus)

Bem-te-vi-rajado – (Myiodynastes maculatus)

O Bem-te-vi-rajado Myiodynastes maculatus é uma ave da família Tyrannidae. Conhecido popularmente como bem-te-vi-escuro, bem-te-vi-cavaleiro, bem-te-vi-rajado e bem-te-vi-de-cabeça-rajada.

Bem-te-vi-rajado Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Bem-te-vi-rajado
  • Nome inglês: Streaked Flycatcher
  • Nome científico: Myiodynastes maculatus
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Tyranninae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil, sendo migrante em algumas áreas.
  • Alimentação: Alimenta-se principalmente de insetos que apanha em voo a partir do poleiro e também de pequenos frutos como o da canela-amarela, sendo um provável dispersor de sementes. Gosta muito também das bananas maduras da Embauba. Tem uma predileção especial por cigarras
  • Reprodução: Faz o ninho em ocos de árvore, geralmente feito por pica-paus. Também usa ninho com entradas laterais de Surucuá nos cupinzeiros arborícolas. Leva folhas e capins para a cavidade, fazendo um ninho propriamente dito. O casal alimenta a prole, afastando agressivamente predadores. A fêmea é encarregada tanto da construção do ninho quanto da incubação, que leva 16 ou 17 dias. O casal se reveza na alimentação dos filhotes, que deixam o ninho 18 a 21 dias após a eclosão. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.  iucn lc
Bem-te-vi-rajado Foto – Afonso de Bragança

Características:

Destaca-se pelo enorme bico e cabeça desproporcional ao corpo. É do tamanho do bem-te-vi. As listras superciliares brancas não se unem na nuca, como nas outras espécies de plumagem rajada.

Possui sete subespécies reconhecidas:

  • Myiodynastes maculatus maculatus (Statius Muller, 1776) – ocorre na Venezuela e nas Guianas, no nordeste do Peru e na porção norte da Amazônia brasileira;
  • Myiodynastes maculatus insolens (Ridgway, 1887) – ocorre no Golfo do México até Honduras; no inverno atinge o norte da America do Sul;
  • Myiodynastes maculatus difficilis (Zimmer, 1937) – ocorre da Costa Rica até a Colômbia e Venezuela; também ocorre nas ilhas de Coiba e Cébaco na costa do Panamá;
  • Myiodynastes maculatus nobilis (P. L. Sclater, 1859) – ocorre na costa caribenha do nordeste da Colômbia até o oeste da Serra de Perijá;
  • Myiodynastes maculatus chapmani (Zimmer, 1937) – ocorre na Colômbia na região costeira do Oceano Pacifico (Chocó) até o noroeste do Peru (Piura);
  • Myiodynastes maculatus tobagensis (Zimmer, 1937) – ocorre no norte da Venezuela e Guiana; também ocorre nas ilhas de Trinidad e Tobago no Caribe;
  • Myiodynastes maculatus solitarius (Vieillot, 1819) – ocorre no sul do Peru até o Paraguai, Uruguai e região central da Argentina e no Brasil.
Bem-te-vi-rajado Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequentam matas ciliares, cerradões, cambarazais e matas secas. Ocasionalmente, aparece em áreas de cerrado denso. Não costuma ficar em poleiros expostos, como as outras espécies rajadas. Apesar do tamanho, confunde-se bem com a folhagem, usando as diferenças de luz e sombra da região abaixo da copa. Muitas vezes, é difícil distingui-lo nesses locais. Vive em casais ou grupos familiares, muito agressivos com outros bem-te-vis-rajados.

Bem-te-vi-rajado Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Peitica – (Empidonomus varius)

Peitica – (Empidonomus varius)

O peitica Empidonomus varius é uma ave da família Tyrannidae. Conhecido também como bem-te-vi-peitica, bem-te-vizinho e maria-é-dia.

Peitica Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Peitica
  • Nome inglês: Variegated Flycatcher
  • Nome científico: Empidonomus varius
  • Família: Tyrannidae
  • Subfamília: Tyranninae
  • Habitat: Ocorre a leste dos Andes da Argentina até os Estados Unidos, realizando migrações sazonais, deslocando-se para latitudes mais baixas no inverno. Essas migrações são extensas e ainda pouco conhecidas. Encontrado em todo o Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos alados que apanha em voos curtos a partir de um poleiro e também de pequenas frutinhas como as do tapiá, que apanha tentando pairar no ar como um beija-flor, sem pousar nos galhos. Adota, quase sempre, o mesmo comportamento ao apreciar os frutos/sementes da aroeira-do-campoSchinus lentiscifolius.
  • Reprodução: Constrói o ninho sobre um galho horizontal, feito de grama, gravetos e fibras dispostas em forma de uma tigela rasa. Põe em média 3 ou 4 ovos de cor creme. A incubação é feita pela fêmea e demora de 14 a 16 dias. O casal se reveza para alimentar os filhotes. O período reprodutivo vai de outubro a fevereiro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Peitica Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 18 centímetros de comprimento. Tem a plumagem, toda rajada de cinza escuro. Tem o marrom avermelhado da base superior da cauda e os bordos da mesma cor das penas caudais.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Empidonomus varius varius (Vieillot, 1818) – ocorre do sudeste do Brasil até o Paraguai, Uruguai, e norte da Argentina, leste do Peru e leste da Bolívia;
  • Empidonomus varius rufinus (Spix, 1825) – ocorre do leste da Venezuela até as Guianas, norte e oeste da Amazônia brasileira.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Peitica Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta bordas de matas, capoeiras, clareiras em florestas primárias, cerradões e outras formações com árvores de tamanho médio, mas não muito fechadas. Vive sozinho ou em casal, é fácil de ser observado, pois pousa em locais expostos.

Peitica Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências