Surucuá-de-barriga-vermelha – (Trogon curucui)

Surucuá-de-barriga-vermelha – (Trogon curucui)

O surucuá-de-barriga-vermelha Trogon curucui é uma ave da família Trogonidae. Ocorre no Brasil, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Argentina.

Foto – Luiz Bravo
  • Nome popular: Surucuá-de-barriga-vermelha
  • Nome inglês: Blue-crowned Trogon
  • Nome científico: Trogon curucui
  • Família: Trogonidae
  • Habitat: No Brasil ocorre exclusivamente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Sua distribuição geográfica também se expande à outros países da América do Sul, como Bolívia, Colômbia, Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de lagartas, cigarras, besouros e aranhas. Complementam a alimentação com frutinhos pequenos, em especial da embaúba. Pousa nos galhos horizontais e cipós transversais, sob a copa. Desses pontos de pouso observa o entorno, procurando alimento.
  • Reprodução: Constrói os ninhos nos cupinzeiros arborícolas, cavando um túnel e uma câmara interna. Como no caso das outras aves que usam essa estrutura, o cupinzeiro está ativo e os cupins simplesmente fecham as passagens danificadas pela ave, sem perturbá-la.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Luiz Bravo

Características:

Mede em média 25 centímetros de comprimento e pesa entre 39 e 60 gramas. Os machos possuem o alto da cabeça azul, pálpebras amarelas, dorso verde, cauda negra com faixas longitudinais brancas, enquanto as fêmeas têm o alto da cabeça e o pescoço cinzentos.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Trogon curucui curucui (Linnaeus, 1766) – ocorre na região úmida do oeste do Brasil, Paraguai e Bolívia.
  • Trogon curucui behni (Gould, 1875) – ocorre do leste da Bolívia até o sul do Brasil, Paraguai e norte da Argentina.
  • Trogon curucui peruvianus (Swainson, 1838) – ocorre nas regiões sul e central da Colômbia até o Equador, Peru até o nordeste do Brasil.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequenta diversos ambientes florestados. Aparece, ocasionalmente, nos capões de cerrado. No entanto, é mais comum nas matas ciliares, bem como ao longo dos corixos maiores, nos cambarazais e cerradões.

Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2017); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Surucuá-de-coleira – (Trogon collaris)

O surucuá-de-coleira Trogon collaris é uma ave da família Trogonidae. Ocorre desde o México por toda a América Central até á Amazônia brasileira.

Foto – Luiz Bravo
  • Nome popular: Surucuá-de-coleira
  • Nome inglês:Collared Trogon
  • Nome científico: Trogon collaris
  • Família: Trogonidae
  • Habitat: Ocorre nos estados de Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima. Também do México até o Panamá e nos países vizinhos da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, larvas
  • Reprodução: Reproduz-se em um buracos de de cupins de árvore a uma altura entre 5 e 10 metros, eventualmente aproveita buracos de pica-paus. Tem uma postura média de dois ovos brancos por ninhada.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Luiz Bravo

Características:

Mede em média 25 cm de comprimento. O macho possui o peito e dorso esverdados, apresenta uma linha branca que separa o peito da coloração vermelha das partes inferiores. A parte inferior da cauda apresenta largas barras terminais brancas e fino barrado negro no restante. As coberteiras das asas são de cor cinza e apresentam belo e fino padrão vermiculado branco e preto. A parte inferior da cauda é cinza com algumas barras pretas e pontas brancas. Os olhos apresentam um estreito anel periocular cinzento. O bico é amarelado. A fêmea apresenta cabeça, peito e dorso castanhos e retrizes centrais de cor ferrugínea, sendo a cauda não claramente barrada. Os olhos apresentam anel periocular branco e o bico é amarelado com o culmém escuro.

Possui nove subespécies:

  • Trogon collaris collaris (Vieillot, 1817) – ocorre do Leste da Colômbia até a Bolívia, Venezuela e nas Guianas;
  • Trogon collaris virginalis (Cabanis & Heine, 1863) – ocorre do Oeste da Colômbia até o Oeste do Equador e o Noroeste do Peru;
  • Trogon collaris subtropicalis (Zimmer, 1948) – ocorre na região Central da Colômbia;
  • Trogon collaris castaneus (Spix, 1824) – ocorre da região tropical Leste da Colômbia até o Nordeste do Brasil, Leste do Peru e Norte da Bolívia;
  • Trogon collaris exoptatus (Cabanis & Heine, 1863) – ocorre no Norte da Colômbia, Norte da Venezuela, e nas Ilhas de Trinidad e Tobago no Caribe;
  • Trogon collaris heothinus (Wetmore, 1967) – ocorre no Leste do Panamá, na região de Darién;
  • Trogon collaris eytoni (Frazer, 1857) – ocorre no Leste do Brasil;
  • Trogon collaris puella (Gould, 1845) – ocorre da região tropical e subtropical central do México até o Oeste do Panamá;
  • Trogon collaris extimus (Griscom, 1929) – ocorre na região subtropical Leste do Panamá.

Clements Checklist 6.9

Foto – Luiz Bravo

Comentários:

Frequenta florestas tropicais e subtropicais de baixa altitude e montanhosas, florestas nubladas, chuvosas e de galeria, várzeas e altos crescimentos secundários. Geralmente vive aos pares, tende a passar despercebido, pois prefere ficar dentro da floresta. Em seu poleiro, balança o rabo como outros surucuás. São residentes na maior parte de sua área de distribuição, embora algumas populações da América Central possam ser migrantes de alta altitude

Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Referências

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