o anambezinho Iodopleura pipra é uma ave da da família Tityridae. Conhecido também como anambé-de-crista. Ocorre no Brasil desde o Nordeste até ao Paraná próximo ao litoral.
- Nome popular: Anambezinho
- Nome inglês: Buff-throated Purpletuft
- Nome científico: Iodopleura pipra
- Família: Tityridae
- Subfamília: Tityrinae
- Habitat: Ocorre desde Minas Gerais a São Paulo e no Nordeste (Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba).
- Alimentação: Alimenta-se de pequenos frutos da mata atlântica (Lauracea, Euphorbiaceae, Loranthaceae, Rubiaceae, Urticaceae, Solanaceae, Myrsinaceae entre outras) mas também pode capturar insetos e suas larvas na galharia ou apanhando-os no ar em voos curtos. Em Ubatuba/SP foi avistado forrageando em Tapiás (Alchornea glandulosa – Euphorbiaceae) e Capororocas (Myrsine coriacea).
- Reprodução: A espécie se reproduz durante o inverno. A fêmea choca um único ovo no ninho criado sobre galhos secos e camuflado por liquens.
- Estado de conservação: Em Perigo.
Características:
Mede em média 9 centímetros de comprimento e pesa cerca de 10 gramas. Representante singular de asas longas, cauda curta e plumagem macia e rente. É cinzento com a garganta e as cioberteiras inferiores da cauda rosa-pardacentas, partes inferiores transfasciadas de branco e cinzento; o macho possui ao lado do peito, oculto sob a asa, um tufo de penas longas, sedosas e violáceas que faltam na fêmea. Voz: assobio agudo e bissilábico, um descendente “si-si” lembrando Euphonia chlorotica, mas ainda mais fino (chamada); uma seqüência de pios límpidos, tradutores de motivos curtos e repetidos (canto).
Possui duas subespécies reconhecidas:
- Iodopleura pipra pipra (Lesson, 1831) – ocorre na região costeira do sudeste do Brasil nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
- Iodopleura pipra leucopygia (Salvin, 1885) – ocorre na região costeira do nordeste do Brasil nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas até a Bahia.
(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).
Comentários:
Anda em casais ou pequenos grupos. Quando excitado exibe a zona lilás, eriçando-a e afastando um pouco a asa. Procria nas montanhas, depois emigrando e realizando muda completa. Espécie restrita à florestas de baixa altitude, em geral ocorre nas encostas e escarpas florestadas. Tem predileção de forragear e vocalizar nas clareiras e nas bordas destes locais. Muito mais comum no litoral mas pode ocorrer em fragmentos no interior, onde possivelmente tem sua ocorrência ignorada por seus hábitos e vocalização discretos ou sub amostragem.
Consulta bibliográfica sobre a espécie:
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
- SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
- Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
- ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.
Referências
- Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/anambezinho Acesso em 28 Março de 2011.
- Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anambezinho Acesso em 13 de Agosto de 2012.