Anambé-branco-de-bochecha-parda – (Tityra inquisitor)

Anambé-branco-de-bochecha-parda – (Tityra inquisitor)

O anambé-branco-de-bochecha-parda Tityra inquisitor é uma ave da família Tityridae. Conhecido também como anambé-branco. Ocorre do México à Argentina e em todo o Brasil.

Anambé-branco-de-bochecha-parda Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Anambé-branco-de-bochecha-parda
  • Nome inglês: Black-crowned Tityra
  • Nome científico: Tityra inquisitor
  • Família: Tityridae
  • Subfamília: Tityrinae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil. Encontrado também do México ao Panamá e em quase toda a América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, mas ocasionalmente come invertebrados, principalmente enquanto está criando filhotes.
  • Reprodução: Constrói o ninho nos ocos das árvores, entre 12 e 30 metros do chão. Geralmente nascem dois filhotes por vez, que são alimentados pelos pais à entrada do ninho. Reproduz-se de julho a dezembro
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Anambé-branco-de-bochecha-parda Foto – Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 18 centímetros de comprimento e pesa entre 33,8 e 70 gramas. O macho apresenta os lados e o alto da cabeça pretos, as costas cinzentas e o peito branco; a fêmea tem a região anterior da cabeça amarronzada, os lados da cabeça ruivos e as costas com estrias marrom-enegrecidas.

Possui seis subespécies reconhecidas:

  • Tityra inquisitor inquisitor (Lichtenstein, 1823) – ocorre na região tropical do sudeste do Brasil, do sul do estado do Piauí até o leste do Paraguai e no nordeste da Argentina;
  • Tityra inquisitor fraserii (Kaup, 1852) – ocorre na região tropical do sudeste do México, em San Luis Potosí até a região central do Panamá;
  • Tityra inquisitor albitorques (Du Bus de Gisignies, 1847) – ocorre da região tropical do leste do Panamá até o noroeste da Bolívia e no oeste da Amazônia brasileira;
  • Tityra inquisitor buckleyi (Salvin & Godman, 1890) – ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia, na região de Caquetá e no leste do Equador, na região de Napo-Pastaza;
  • Tityra inquisitor erythrogenys (Selby, 1826) – ocorre na região tropical do leste da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas e no norte do Brasil;
  • Tityra inquisitor pelzelni (Salvin & Godman, 1890) – ocorre na região tropical do nordeste da Bolívia, no Brasil, do sul do Rio Amazonas até o estado do Mato Grosso.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Anambé-branco-de-bochecha-parda Foto – Carlos Grupilo

Comentários:

Frequenta copa e as bordas de florestas úmidas ou secas, e em capoeiras e clareiras com grandes árvores. É visto normalmente aos pares e a boa altura na vegetação, pousado em galhos bem expostos. Às vezes reúne-se em grupos nas árvores com frutos, os quais constituem seu alimento principal.

Anambé-branco-de-bochecha-parda Foto – Carlos Grupilo

Referências & Bibliografia:

Caneleiro-verde – (Pachyramphus viridis)

Caneleiro-verde – (Pachyramphus viridis)

O caneleiro-verde Pachyramphus viridis é uma ave da família Tityridae. Ocorre na Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil.

Caneleiro-verde Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Caneleiro-verde
  • Nome inglês: Green-backed Becard
  • Nome científico: Pachyramphus viridis
  • Família: Tityridae
  • Subfamília: Tityrinae
  • Habitat: Ocorre na Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina, no Brasil podemos encontrá-los na parte central e litorânea desde o Maranhão até ao Rio Grande do Sul.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros pequenos invertebrados. Ocasionalmente come pequenos frutos.
  • Reprodução: Constrói ninho esférico grande com a entrada voltada para a lateral. O macho participa assiduamente na construção, carregando junto a fêmea gravetos, folhas largas e gramíneas para o acabamento interno do ninho.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Caneleiro-verde Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede cerca de 14 centímetros de comprimento. O macho apresenta o alto da cabeça preto, o qual é oliváceo na fêmea.

Possui duas subespécies reconhecidas pelo CBRO:

  • Pachyramphus viridis viridis (Vieillot, 1816) – ocorre do leste da Bolívia até o norte da Argentina, leste do Uruguai, Paraguai e Brasil, do Ceará até o Rio Grande do Norte, até o Tocantins e até o Rio Grande do Sul.
  • Pachyramphus viridis griseigularis (Salvin & Godman, 1883) – ocorre no sudeste da Venezuela, Guiana, no monte Roraima e no norte do Brasil, em ambas as margens do rio Amazonas, da região do baixo rio Tapajós até a Ilha de Marajó. Esta subespécie difere da subespécie nominal por não apresentar a faixa peitoral amarela, pelo ventre mais pálido e pela cauda aparentemente mais curta. Alguns autores consideram esta subespécie como uma espécie plena

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); IOC World Bird List 2018; del Hoyo, J.; et al., (2016).

Caneleiro-verde Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Habita campos e clareiras com árvores esparsas, florestas de galeria, bordas de florestas e capoeiras. Vive aos pares, procurando insetos ativamente na folhagem a alturas variáveis.

Caneleiro-verde Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências