Caneleiro – (Pachyramphus castaneus)

O caneleiro é uma ave da família Tityridae, conhecido também como caneleiro-castanho. Ocorre da Colômbia até ao Uruguai, frequenta bordas de florestas úmidas, capoeiras e clareiras com grandes árvores remanescentes.

Caneleiro Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Caneleiro
  • Nome inglês: Chestnut-crowned Becard
  • Nome científico: Pachyramphus castaneus
  • Família: Tityridae
  • Subfamília: Tityrinae
  • Habitat: Encontrado em boa parte da Amazônia brasileira, tanto ao norte quanto ao sul do Rio Amazonas, e ainda da Bahia até o Rio Grande do Sul. Ocorrem também na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e frutos.
  • Reprodução: Constrói o ninho esférico com a entrada voltada para baixo, preso em galhos de arvores geralmente altos. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Caneleiro Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede cerca de 15 cm de comprimento. Tem coloração predominantemente castanha, a base do pescoço alaranjada, e uma faixa acinzentada partindo do olho em direção a base da cabeça.

Possui cinco subespécies reconhecidas:

  • Pachyramphus castaneus castaneus (Jardine & Selby, 1827) – ocorre no sudeste do Brasil desde o estado da Bahia e sudeste de Goiás até o leste do Paraguai e o nordeste da Argentina;
  • Pachyramphus castaneus saturatus (Chapman, 1914) – ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia até o leste do Equador, norte do Peru e oeste da Amazônia brasileira;
  • Pachyramphus castaneus intermedius (Berlepsch, 1879) – ocorre na região tropical do norte da Venezuela da região de Falcón até Sucre e Monagas;
  • Pachyramphus castaneus parui (Phelps & W. H. Phelps Jr, 1949) – ocorre na região tropical do sul da Venezuela no Cerro Parú;
  • Pachyramphus castaneus amazonus (Zimmer, 1936) – ocorre no baixo Rio Amazonas no leste do estado do Amazonas e no Pará.

(ITIS – Integrated Taxonomic Information System, 2015).

Caneleiro Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Frequenta bordas de florestas úmidas, capoeiras e clareiras com grandes árvores remanescentes. Pousa bem alto, em galhos expostos, o que o torna bastante visível. Vive aos pares, não tendo o hábito de participar de bandos mistos

Caneleiro Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Anambezinho – (Iodopleura pipra)

o anambezinho Iodopleura pipra é uma ave da da família Tityridae. Conhecido também como anambé-de-crista. Ocorre no Brasil desde o Nordeste até ao Paraná próximo ao litoral.

Anambezinho Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Anambezinho
  • Nome inglês: Buff-throated Purpletuft
  • Nome científico: Iodopleura pipra
  • Família: Tityridae
  • Subfamília: Tityrinae
  • Habitat: Ocorre desde Minas Gerais a São Paulo e no Nordeste (Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba).
  • Alimentação: Alimenta-se de pequenos frutos da mata atlântica (Lauracea, Euphorbiaceae, Loranthaceae, Rubiaceae, Urticaceae, Solanaceae, Myrsinaceae entre outras) mas também pode capturar insetos e suas larvas na galharia ou apanhando-os no ar em voos curtos. Em Ubatuba/SP foi avistado forrageando em Tapiás (Alchornea glandulosa – Euphorbiaceae) e Capororocas (Myrsine coriacea).
  • Reprodução: A espécie se reproduz durante o inverno. A fêmea choca um único ovo no ninho criado sobre galhos secos e camuflado por liquens.
  • Estado de conservação: Em Perigo.
Anambezinho Foto – Aisse Gaertner

Características:

Mede em média 9 centímetros de comprimento e pesa cerca de 10 gramas. Representante singular de asas longas, cauda curta e plumagem macia e rente. É cinzento com a garganta e as cioberteiras inferiores da cauda rosa-pardacentas, partes inferiores transfasciadas de branco e cinzento; o macho possui ao lado do peito, oculto sob a asa, um tufo de penas longas, sedosas e violáceas que faltam na fêmea. Voz: assobio agudo e bissilábico, um descendente “si-si” lembrando Euphonia chlorotica, mas ainda mais fino (chamada); uma seqüência de pios límpidos, tradutores de motivos curtos e repetidos (canto).

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Iodopleura pipra pipra (Lesson, 1831) – ocorre na região costeira do sudeste do Brasil nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
  • Iodopleura pipra leucopygia (Salvin, 1885) – ocorre na região costeira do nordeste do Brasil nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas até a Bahia.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Anambezinho Foto – Aisse Gaertner

Comentários:

Anda em casais ou pequenos grupos. Quando excitado exibe a zona lilás, eriçando-a e afastando um pouco a asa. Procria nas montanhas, depois emigrando e realizando muda completa. Espécie restrita à florestas de baixa altitude, em geral ocorre nas encostas e escarpas florestadas. Tem predileção de forragear e vocalizar nas clareiras e nas bordas destes locais. Muito mais comum no litoral mas pode ocorrer em fragmentos no interior, onde possivelmente tem sua ocorrência ignorada por seus hábitos e vocalização discretos ou sub amostragem.

Anambezinho Foto – Aisse Gaertner

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências