Frango-d’água-azul – (Porphyrio martinicus)

Frango-d’água-azul – (Porphyrio martinicus)

O Frango-d’água-azul Porphyrio martinicus é uma ave da família Rallidae. Conhecido também como jaçanã e tauá-tauá-azul. Ocorre do sudeste dos Estados Unidos e México até o norte da Argentina.

Frango-d'água-azul Foto – Flávio Pereira
  • Nome popular: Frango-d’água-azul
  • Nome inglês: Purple Gallinule
  • Nome científico: Porphyrio martinicus
  • Família: Rallidae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil e também do sudeste dos Estados Unidos e México até o norte da Argentina. É migratório, praticamente desaparecendo do sul do País durante o inverno.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de material vegetal, sejam folhas, sementes ou flores. Complementam com pequenos vertebrados e, ocasionalmente, ovos e outras aves pequenas.
  • Reprodução: Constrói o ninho espaçoso em terrenos pantanosos, feito com ramos de gramíneas ou de pés de arroz, pouco acima da água. Põe de 4 a 8 ovos de cor creme, pontilhados de marrom e roxo claro. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Frango-d'água-azul Foto – Flávio Pereira

Características:

Mede em torno de 35 cm de comprimento. Tem peso entre 203 e 305 gramas para os machos da espécie e entre 142 e 291 gramas para as fêmeas. Tem um escudo chato e azul esbranquiçado, pernas amarelas. Voa bem, mantendo as pernas esticadas para trás, unidas e os pés cruzados.

Frango-d'água-azul Foto – Flávio Pereira

Comentários:

Frequenta pântanos, lagos com margens pantanosas e campos de arroz inundados. Costuma andar sobre a vegetação flutuante ou pantanosa. Nada pouco e normalmente evita a água mais aberta. Em algumas regiões são muito caçados a partir de março, quando trocam todas as penas das asas ao mesmo tempo e ficam impossibilitados de voar. Os ovos também são alvo de predação pelo homem, fatores que podem contribuir para o declínio da espécie nestas regiões

Frango-d'água-azul Foto – Flávio Pereira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Saracura-três-potes – (Aramides cajaneus)

Saracura-três-potes – (Aramides cajaneus)

A saracura-três-potes Aramides cajanea é uma ave da família Rallidae. Conhecida popularmente por saracura-do-brejo, sericoia, sericora e três-potes. Ocorrem do México á Argentina em quase toda a América do Sul.

Saracura-três-potes Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Saracura-três-potes
  • Nome inglês: Gray-necked Wood-Rail
  • Nome científico: Aramides cajaneus
  • Família: Rallidae
  • Habitat: Ocorre do México à Bolívia e Argentina, no Brasil podem ser vistas em todos os Estados, tanto no litoral como no interior.
  • Alimentação: Espécie onívora, alimentando-se de capim, sementes, frutas, larvas de insetos, pequenas cobras d’água, pequenos peixes e crustáceos, sempre apanhados no chão, entre as folhas da mata ou do brejo, bem como na água rasa. Também, quando residente em manguezais, pode se alimentar de pequenos crustáceos.
  • Reprodução: Constrói o ninho no meio do junco, rodeado por água ou nas margens dos córregos, em meio a vegetação densa. A postura média é de 4 ovos brancos com manchas marrons. Os filhotes são negros com a cabeça avermelhada. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Saracura-três-potes Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede em média 38 cm de comprimento e pesa entre 350 e 466 gramas. Tem o dorso castanho-esverdeado, único membro do gênero Aramides com a cabeça e o pescoço de coloração cinza, garganta esbranquiçada. Dorso e asas marrom oliváceos. Os calções são acinzentados. O peito é castanho-ferruginoso, o uropígio e a cauda são escuros e apresenta um forte barrado sob as asas que é visto quando a ave levanta voo. O bico apresenta a porção basal de coloração amarelada e a porção distal esverdeada. As pernas e pés são vermelhos, sendo o tarso mais comprido do que o dedo médio. Os olhos apresentam anel periocular de coloração vermelha e íris também vermelha.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Aramides cajaneus canaaneus; (Statius Muller, 1776) – ocorre da Costa Rica até o norte da Argentina, Uruguai, Brasil e Guianas.
  • Aramides cajanea avicenniae; (Stotz, 1992) – ocorre da região costeira do estado de São Paulo no sudeste do Brasil até o Uruguai e o norte da Argentina.

(IOC World Bird List 2017; Aves Brasil CBRO 2015).

Saracura-três-potes Foto – Edgard Thomas

Comentários:

Frequenta as margens dos corixos, nas praias e nas beiras das estradas. Logo que percebe algo estranho, mete-se na vegetação fechada próxima. Embora possa voar bem, usa as pernas como principal forma de escape. Quando espantada, seu voo é curto, desajeitado e com as pernas pendentes. Vista em locais abertos, parece com uma galinha, por manter sua cauda levantada entre as asas e pelas típicas passadas. Cisca a terra e folhas com o bico, ressaltando a semelhança visual. De vez em quando, baixa e levanta a cauda rapidamente, um tique que serve para o contato visual entre os membros do par. Em geral, vive solitária ou em casais.

Saracura-três-potes Foto – Edgard Thomas

Referências bibliográficas: