Cabeça-de-ouro – (Ceratopipra erythrocephala)

Cabeça-de-ouro – (Ceratopipra erythrocephala)

O cabeça-de-ouro Ceratopipra erythrocephala é uma ave da família Pipridae. Conhecido também como dançador-de-cabeça-dourada.

Cabeça-de-ouro Foto – Aisse Gaertner
  • Nome popular: Cabeça-de-ouro
  • Nome inglês: Golden-headed Manakin
  • Nome científico: Ceratopipra erythrocephala
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Piprinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil apenas na Amazônia, exclusivamente ao norte do Rio Amazonas. Encontrado também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos encontrados desde o sub-bosque até a copa.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de xícara, preso a forquilhas horizontais, entre 1 e 10 m de altura. Põe 2 ovos amarelo esverdeados com pontos e estrias marrons.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Cabeça-de-ouro Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 9, 5 cm de comprimento e pesa entre 12 e 14 gramas. As fêmeas são maiores e mais pesadas ​​do que os machos. O macho tem a coroa, nuca e os lados da cabeça de coloração amarelo alaranjado brilhante que contrasta fortemente com o restante do corpo preto. A extremidade final da coroa amarela na nuca frequentemente é limitada com uma linha estreita de penas vermelho alaranjado. O restante da plumagem é preto brilhante plumagem, exceto no caso das penas tibiais brancas, com a porção inferior na face externa da tíbia de cor vermelho escarlate. A cauda é curta. A íris do macho é branca. O bico é de coloração rosada, às vezes amarelado, sendo a maxila, por vezes, mais escura que a mandíbula. Tarso e pés são marrom pálido ou rosados. A fêmea adulta apresenta a porção superior de coloração verde olivácea; asas e cauda verde acinzentado com as bordas verde oliva. O pescoço e peito são de coloração verde oliva pálido. O ventre e crisso são de coloração verde-amarelados. Algumas fêmeas adultas podem apresentar algumas penas amarelas brilhantes na parte de trás da cabeça.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Ceratopipra erythrocephala erythrocephala (Linnaeus, 1758) – ocorre do Leste do Panamá até as Guianas e no Norte do Brasil, ao norte do Rio Amazonas; e na Ilha de Trinidad;
  • Ceratopipra erythrocephala berlepschi (Ridgway, 1906) – ocorre na região tropical do Sudeste da Colômbia até o Nordeste do Peru e Oeste da Amazônia brasileira; Esta subespécie apresenta a coroa mais amarelada e com a borda vermelha estreita na nuca mais nítida que a subespécie nominal.
  • Ceratopipra erythrocephala flammiceps (Todd, 1919) – ocorre no Leste da Colômbia, na região de Santander. (Considerada por alguns autores como sendo indistinguível da subespécie C.e. berlepschi).

(Clements checklist, 2014).

Cabeça-de-ouro Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequenta o sub-bosque e no estrato médio de florestas úmidas e capoeiras. Na época reprodutiva, os machos reúnem-se em grupos de até 10 indivíduos, em poleiros horizontais, de onde exibem-se para as fêmeas (com vários movimentos padronizados), as quais escolhem aqueles com quem terão filhotes. Os participantes da “dança” tornam-se bastante barulhentos, cada qual tentando atrair a atenção para si. A agitação atinge seu auge com o aparecimento da fêmea.

Cabeça-de-ouro Foto – Ivan Cesar

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Uirapuru-de-chapéu-azul – (Lepidothrix coronata)

Uirapuru-de-chapéu-azul – (Lepidothrix coronata)

O uirapuru-de-chapéu-azul Lepidothrix coronata é uma ave da família Pipridae. Ocorre no Brasil, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia.

Uirapuru-de-chapéu-azul Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Uirapuru-de-chapéu-azul
  • Nome inglês: Blue-crowned Manakin
  • Nome científico: Lepidothrix coronata
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Piprinae
  • Habitat: Ocorre na região oeste da Amazônia, estendendo-se para leste até os rios Negro (ao norte do Rio Amazonas) e Madeira (ao sul). Encontrado também na Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um em forma de tigela, feito com fibras vegetais e cascas de arvores, preso em forquilhas a pouca altura.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Uirapuru-de-chapéu-azul Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 9 cm de comprimento. O macho tem duas plumagens bem distintas, variando conforme a região. Negra com boné azul, na Costa Rica, Venezuela e Brasil, do Rio Negro até o Rio Juruá Lepidothrix coronata carbonata. Verde com boné azul, no Brasil, dos rios Madeira e Purus até o leste do Peru e Bolívia. Lepidothrix coronata caelestipileata. Nos demais lugares ocorrem populações com plumagens intermediárias. A fêmea é verde nas partes superiores, com a garganta amarela esverdeada e a barriga amarela.

Possui oito subespécies:

  • Lepidothrix coronata coronata (Spix, 1825) – ocorre na porção tropical do Leste do Equador até o Nordeste do Peru e Oeste da Amazônia brasileira;
  • Lepidothrix coronata caquetae (Meyer de Schauensee, 1953) – ocorre na porção tropical do Sudeste da Colômbia, a Leste da Cordilheira dos Andes no Oeste da região de Meta e no Oeste da região de Caquetá;
  • Lepidothrix coronata carbonata (Todd, 1925) – ocorre do Sudeste da Colômbia até o Norte do Peru, Sul da Venezuela e Norte da Amazônia brasileira. O macho desta espécie apresenta a plumagem negra com boné azul;
  • Lepidothrix coronata velutina (Berlepsch, 1883) – ocorre da região úmida do Sudoeste da Costa Rica até o Oeste do Panamá;
  • Lepidothrix coronata minuscula (Todd, 1919) – ocorre do Leste do Panamá até o Noroeste do Equador, no Sul da região de Pichincha;
  • Lepidothrix coronata exquisita (Hellmayr, 1905) – ocorre na porção tropical do Leste do Peru, do Sul da região de Loreto até Junín;
  • Lepidothrix coronata caelestipileata (Goeldi, 1905) – ocorre no Sudeste do Peru, na região de Puno e na região adjacente do Oeste da Amazônia brasileira. O macho desta subespécies apresenta a plumagem verde com boné azul;
  • Lepidothrix coronata regalis (Bond & Meyer de Schauensee, 1940) – ocorre da porção tropical do Norte da Bolívia, até a região de Cochabamba.
Uirapuru-de-chapéu-azul Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequenta o estrato baixo de florestas densas e capoeiras maduras. Tem o hábito de realizar voos curtos em vaivéns. Permanece oculto no interior da floresta, sendo sua presença mais facilmente detectada pela vocalização. Em uma floresta no sudoeste amazônico brasileiro, Lima & Guilherme (2021) verificaram, através de recapturas, que a espécie se movimenta entre clareiras naturais no interior da mata para forragear, o que indica um papel importante na dispersão de sementes entre as clareiras em sucessão, onde houve correlação entre abundância de frutos com a abundância de aves frugívoras em toda a amostragem.

Uirapuru-de-chapéu-azul Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências