Rendeira – (Manacus manacus)

A rendeira Manacus manacus é uma ave da família Pipridae. Ocorre em quase todo o Brasil. Encontrado também nos demais países amazônicos, algumas ilhas do Caribe e no Paraguai e Argentina. .

Rendeira Foto – Flavio Pereira
  • Nome popular: Rendeira
  • Nome inglês: White-bearded Manakin
  • Nome científico: Manacus manacus
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Piprinae
  • Habitat: Ocorre na maior parte da Amazônia brasileira e, ao leste, segue de Pernambuco até Santa Catarina. Encontrada também nos demais países amazônicos, algumas ilhas do Caribe e no Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos e insetos
  • Reprodução: Durante a dança pré-nupcial, os machos exibem-se para as fêmeas estufando as penas da garganta, fazendo parecer uma barba. Eles também se exibem em voos rápidos para a frente e para trás, fazendo estalos semelhantes àqueles produzidos na confecção das rendas de bilro, o que lhes valeu o nome popular rendeira. Estes estalos são produzidos pelo bater das asas nas costas/flancos da ave.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Rendeira Foto – Flavio Pereira

Características:

Mede em média 11 cm. Apresenta dimorfismo sexual. O macho é preto e branco com pernas alaranjadas; a fêmea é verde com pernas amarelas.

Possui quinze subespécies

  • Manacus manacus manacus (Linnaeus, 1766) – ocorre no sul da Venezuela, Guianas e norte do Brasil.
  • Manacus manacus abditivus (Bangs, 1899) – ocorre em Santa Marta e na parte baixa do vale de Cauca e na porção mediana do vale de Magdalena.
  • Manacus manacus flaveolus (Cassin, 1852) – ocorre no norte da Colômbia e na parte superior do vale de Magdalena.
  • Manacus manacus bangsi (Chapman, 1914) – ocorre no sudoeste da Colômbia e no extremo noroeste do Equador.
  • Manacus manacus interior (Chapman, 1914) – ocorre na Colômbia a leste do Andes até o Equador, no norte do Peru e no noroeste do Brasil.
  • Manacus manacus trinitatis (Hartert, 1912) – ocorre na ilha de Trinidad, no Caribe.
  • Manacus manacus umbrosus (Friedmann, 1944) – ocorre no sul da Venezuela.
  • Manacus manacus leucochlamys (Chapman, 1914) – ocorre no noroeste do Equador (Esmeraldas, Manabí e Guayas).
  • Manacus manacus maximus (Chapman, 1924) – ocorre no sudoeste do Equador.
  • Manacus manacus expectatus (Gyldenstolpe, 1941) – ocorre no nordeste do Peru (Loreto) e em regiões adjacentes no oeste do Brasil.
  • Manacus manacus longibarbatus (Zimmer, 1936) – ocorre na porção baixa da Amazônia brasileira (Rio Xingu até o Rio Tocantins).
  • Manacus manacus purissimus (Todd, 1928) – ocorre no leste do Brasil (Rio Tocantins até o sudeste do Pará e norte do Maranhão).
  • Manacus manacus gutturosus (Desmarest, 1806) – ocorre na região que vai do estado de Alagoas, sudeste do Brasil até o Paraguai e no nordeste da Argentina.
  • Manacus manacus purus (Bangs, 1899) – ocorre no norte do Brasil (Rio Madeira até o Rio Tapajós e sudoeste do Pará).
  • Manacus manacus subpurus (Cherrie & Reichenberger, 1923) – ocorre no centro-oeste e sul da Amazônia brasileira (sudeste do Amazonas, Rondônia e noroeste do estado de Mato Grosso).

(Clements checklist, 2014).

Rendeira Foto – Flavio Pereira

Comentários:

Habita estrato inferior e nas bordas de florestas, capoeiras, campinas arbustivas e restingas.

Rendeira Foto – Flavio Pereira

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/rendeira Acesso em 18 Março de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rendeira Acesso em 31 de Outubro de 2010.

Rabo-de-arame – (Pipra filicauda)

O rabo-de-arame Pipra filicauda é uma ave da família Pipridae. Conhecido também como uirapuru-de-cauda-longa. Ocorre no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.

Rabo-de-arame Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Rabo-de-arame
  • Nome inglês: Wire-tailed Manakin
  • Nome científico: Pipra filicauda
  • Família: Pipridae
  • Subfamília: Piprinae
  • Habitat: Ocorre no lado ocidental da Amazônia, à esquerda dos rios Negro, Branco e Madeira nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Encontrado também na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de xícara, normalmente abaixo de 2 m de altura, em árvores pequenas, ao lado de igarapés.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Rabo-de-arame Foto – Ivan Cesar

Características:

Mede em média 10 cm de comprimento, mais 4,5 cm no macho e 2,5 cm na fêmea referentes aos filamentos alongados da cauda, os quais se assemelham a cerdas. O macho tem o alto da cabeça, nuca e alto das costas vermelho brilhantes, as laterais e região frontal da cabeça amarelo-ouro, e o restante das partes superiores preto e a fêmea é verde olivácea acima e mais opaca nas partes inferiores, com a barriga amarelada.

Possui duas subespécies:

  • Pipra filicauda filicauda (Spix, 1825) – ocorre do Leste do Equador até o Nordeste do Peru, Sul da Venezuela e Oeste da Amazônia brasileira;
  • Pipra filicauda subpallida (Todd, 1928) – ocorre na região tropical Leste da Colômbia e Noroeste da Venezuela.
Rabo-de-arame Foto – Ivan Cesar

Comentários:

Frequenta o estrato inferior de florestas úmidas, várzeas e terra firme ao longo de igarapés. Permanece oculto na vegetação, sendo de difícil observação. No período reprodutivo, os machos arrepiam as penas das costas e levantam suas caudas, balançando-as de um lado para o outro. Com isso, escovam com a cauda a face ou a garganta de outras aves que estão assistindo à exibição. Aparentemente esta é a única circunstância entre aves em que penas modificadas da cauda são utilizadas de maneira tátil e não visual.

Rabo-de-arame Foto – Luiz Bravo

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências