Maria-leque-do-sudeste – (Onychorhynchus swainsoni)

A maria-leque-do-sudeste Onychorhynchus swainsoni é uma ave da família Onychorhynchidae. Espécie é endêmica da Mata Atlântica do sudeste do Brasil.

Maria-leque-do-sudeste Foto – Carlos Grupilo
  • Nome popular: Maria-leque-do-sudeste
  • Nome inglês: Atlantic Royal Flycatcher
  • Nome científico: Onychorhynchus swainsoni
  • Família: Onychorhynchidae
  • Habitat: Ocorre nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Espécie endêmica da Mata Atlântica do sudeste do Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos alados dotados de grandes asas tais como borboletas e libélulas, ou perigosos insetos dotados de ferrões venenosos, como certas mamangavas e vespas. As longas cerdas que cercam a base do bico ampliam sua capacidade de aprisionar grandes insetos. Após capturarem uma presa em pleno ar, retornam ao poleiro de onde partiram, batendo-a de encontro ao galho para se livrarem dos perigosos ferrões ou de suas grandes asas.
  • Reprodução: Constrói um ninho em forma de bolsa que mede de 0,6 a 2,0 metros de comprimento, com musgo, folhas secas, e outras fibras vegetais. Esses ninhos longos são tecidos na extremidade de galhos finos em bordas de encostas íngremes ou sobre córregos no interior de matas.
  • Estado de conservação: Vulnerável.
Maria-leque-do-sudeste Foto – Expedito Máximo

Características:

Medindo de 16 a 17,5 cm de comprimento e pesando entre 13 e 21 gramas, a maria-leque-do-sudeste conta com uma crista espetacular, mas raramente vista. A parte de cima tem uma coloração uniforme marrom-pálida, cauda e uropígio canela, uma garganta esbranquiçada, e parte de baixo ocrácea. A crista é geralmente deixada plana, dando uma forma de cabeça de martelo à cabeça. Quando levantada, a crista mostra uma combinação de escarlate, preto e azul (o amarelo substituindo o vermelho nas fêmeas)

Maria-leque-do-sudeste Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

Observada entre 400 a 1.000 metros de altitude em áreas preservadas. Encontrados em casais, acompanham bandos mistos pelos estratos baixos, tanto na mata primária quanto na secundária.

Maria-leque-do-sudeste Foto -Renato Costa Pinto

Referências & Bibliografia:

Assanhadinho-de-cauda-preta -( Myiobius atricaudus)

O assanhadinho-de-cauda-preta Myiobius atricaudus é uma ave da família Onychorhynchidae. Ocorre em quase todo o Brasil da Amazônia até Santa Catarina.

Assanhadinho-de-cauda-preta Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Assanhadinho-de-cauda-preta
  • Nome inglês: Black-tailed Flycatcher
  • Nome científico: Myiobius atricaudus
  • Família: Onychorhynchidae
  • Habitat: Ocorre em quase todo o Brasil da Amazônia até Santa Catarina.
  • Alimentação:Alimenta-se basicamente de insetos e larvas, caçados em meio á folhagem.
  • Reprodução: Constrói o ninho com musgos e outra fibras vegetais pendurado em galhos e arbustos em meio á vegetação densa.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Assanhadinho-de-cauda-preta Foto – Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 12 cm de comprimento e pesa cerca de 10 gramas. Independentemente da subespécie a que pertença, trata-se do representante que apresenta a cauda mais escura do gênero no Brasil, com as costas em tons claros e amarelados. Exibe a cauda preta abrindo-a em leque com frequência.

Possui sete subespécies:

  • Myiobius atricaudus atricaudus (Lawrence, 1863) – ocorre na região tropical do Sudoeste da Costa Rica até o Panamá e Oeste da Colômbia;
  • Myiobius atricaudus portovelae (Chapman, 1924) – ocorre no Oeste do Equador e no extremo Nordeste do Peru, na região de Tumbes;
  • Myiobius atricaudus modestus (Todd, 1912) – ocorre no Leste da Venezuela, na região de Bolívar;
  • Myiobius atricaudus adjacens (Zimmer, 1939) – ocorre do Sul da Colômbia, na região de Putumayo até o Leste do Equador, Leste do Peru e no Oeste do Brasil;
  • Myiobius atricaudus connectens (Zimmer, 1939) – ocorre no Nordeste do Brasil, na região do Rio Tapajós até o Norte do Maranhão;
  • Myiobius atricaudus snethlagei (Hellmayr, 1927) – ocorre no Nordeste do Brasil, do estado do Maranhão, Piauí, Ceará e Oeste da Bahia até o Sudeste do estado de Goiás;
  • Myiobius atricaudus ridgwayi (Berlepsch, 1888) – ocorre no Sudeste do Brasil, do estado de Espírito Santo e Sul de Minas Gerais até o Nordeste do estado do Paraná.

(Clements checklist, 2014).

Assanhadinho-de-cauda-preta Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Frequenta todos os tipos de florestas, sendo sintópico com o assanhadinho – Myiobius barbatus em muitos locais. Na Amazônia prefere matas de várzea, sendo substituído por M. barbatus em matas de terra firme..

Assanhadinho-de-cauda-preta Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências