Trinta-réis-miúdo – (Sternula antillarum)

Trinta-réis-miúdo – (Sternula antillarum)

O trinta-réis-miúdo Sternula antillarum é uma ave e da família Laridae. Ocorrem em áreas litorâneas desde o norte dos Estados Unidos, até ao sul do Brasil.

Trinta-réis-miúdo Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Trinta-réis-miúdo
  • Nome inglês: Least Tern
  • Nome científico: Sternula antillarum
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Sterninae
  • Habitat: Ocorrem em áreas litorâneas desde o norte dos Estados Unidos, até ao sul do Brasil.
  • Alimentação: Alimentam-se basicamente de peixes em águas rasas dos estuários e lagoas. Em baías e lagoas da Califórnia do Sul e norte do México, a presa favorita incluem anchovas. Às vezes, trinta-réis alimentam o perto da costa, em mar aberto, especialmente na proximidade de lagoas ou bocas da baía.
  • Reprodução: Reproduzem-se construindo um ninho que consiste basicamente em um pequeno buraco na areia onde colocam os ovos, geralmente situados em locais com vegetação árida a pouco perto da água, normalmente em substratos de areia ou cascalho. Põe em média 2 ovos por ninhada. A fêmea permanece no ninho e sai em raríssimas exceções, mas sempre em distâncias que permitam contato visual. O macho auxilia de forma intensiva o cuidado da prole, provendo alimentação para todos, filhotes e fêmea.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Trinta-réis-miúdo Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média entre 22-24 cm de comprimento, com uma envergadura de 50 centímetros e pesando de 39-52 g. Tem as partes superiores bastante uniformes em cinza pálido, e as partes inferiores brancas. A cabeça é branca, com uma capa preta e linha através do olho até a base do bico, e uma testa pequena com mancha branca, no inverno, a testa branca é mais extensa. As pernas são amareladas. As asas são geralmente cinza pálido, mas com visíveis marcas pretas em suas coberteiras primárias.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Sternula antillarum antillarrum (Lesson, 1847) – Ocorre no leste dos Estados Unidos do estado do Maine até o Caribe e Guianas. Efetua migração invernal no norte do Brasil.
  • Sternula antillarum athalassos (Burleigh & Lowery, 1942) – Ocorre do norte das Grandes Planícies em Montana e Dakota do Norte até os estados da Louisiana e Texas. Efetua migração invernal no norte do Brasil.
  • Sternula antillarum browni (Mearns, 1916) – Ocorre do sul da Califórnia e Baixa Califórnia até o oeste do México no estado de Oaxaca. Efetua migração invernal na América Central.

IOC World Bird List 2022; Piacentini et al. (2021).

Trinta-réis-miúdo Foto – Ernani Oliveira

Comentários:

Frequentam praias, áreas arenosas, rochedos á beira mar, lagoas e lagos. É migratório e de invernada na América Central, do Caribe ao norte da América do Sul. Muitos passam o seu primeiro ano inteiro em sua área de invernada. Os adultos não necessitam de cobertura, de modo que eles geralmente descansam no chão aberto.

Trinta-réis-miúdo Foto – Ernani Oliveira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Gaivota-de-rabo-preto – (Larus atlanticus)

Gaivota-de-rabo-preto – (Larus atlanticus)

A gaivota-de-rabo-preto Larus atlanticus é uma ave da família Laridae . Espécie ameaçada de extinção. Ocorre no sul do Brasil de forma sazonal.

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Gaivota-de-rabo-preto
  • Nome inglês: Olrog’s Gull
  • Nome científico: Larus atlanticus
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Larinae
  • Habitat: Espécie endêmica da região costeira dos Pampas. Toda a população reprodutiva da espécie se encontra na costa da Argentina. No inverno, indivíduos migram para regiões mais ao norte, atingindo o Uruguai e o sul do Brasil, neste último até o norte de Santa Catarina. No Brasil a única localidade onde a espécie é uma visitante regular é a costa sul do Rio Grande do Sul, enquanto em Santa Catarina são poucos os registros.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de caranguejos durante o período reprodutivo, e no restante do ano, de forma mais variada: peixes, restos de barcos de pesca, mexilhões e insetos. Ave de hábitos alimentares oportunistas, sendo comum roubar presas de outras aves marinhas ou predar ovos e filhotes.
  • Reprodução: Reproduz-se na costa da Argentina, em ilhas, praias, costões rochosos, portos, lagoas e estuários. Põe entre setembro e outubro, em novembro nascem os filhotes
  • Estado de conservação: Quase ameaçada. iucn nt
Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média entre 50 e 56 centímetros de comprimento com uma envergadura entre 130 e 140 centímetros. Seu peso varia entre 900 e 960 gramas. A coloração geral do indivíduo adulto é branca e preta. A cabeça, pescoço, uropígio e partes inferiores são brancas. O manto e as asas são pretas. As asas são pretas mas a borda posterior é branca. Cauda branca apresentando uma larga faixa subterminal preta que é mais evidente quando a ave está em voo. Pernas amareladas, pés palmados também amarelados. O bico é forte e longo como esperado para espécies deste gênero, sua coloração é amarela com uma mancha na porção distal preta e ponta vermelha. Os olhos são castanho escuros. Os juvenis da espécie apresentam a cabeça escura e sua coloração geral é marrom com manchas escuras, a cauda é escura e a ponta do bico é preta. Distingue-se de outras espécies do gênero Larus pela faixa subterminal preta na cauda e pelo bico amarelo com a ponta vermelha. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam regiões arenosas na costa marinha, entre elas as lagoas de água salgada. Está ameaçada de extinção em razão da degradação costeira devido ao desenvolvimento humano, utilização do habitat para lazer humano, agricultura, pesca indiscriminada e poluição ambiental.

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências