Trinta-réis-ártico – (Sterna paradisaea)

Trinta-réis-ártico – (Sterna paradisaea)

O trinta-réis-ártico Sterna paradisaea é uma ave da família Laridae. Conhecido também como andorinha-do-mar-ártico. Espécie migrante ocorre no Brasil de forma sazonal.

Trinta-réis-ártico Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Trinta-réis-ártico
  • Nome inglês: Arctic Tern
  • Nome científico: Sterna paradisaea
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Sterninae
  • Habitat: Espécie migrante ocorre no Brasil, de forma sazonal, vindo pra fugir do inverno.
  • Alimentação: Alimenta-se no mar, principalmente de peixes pequenos – como o arenque antártico – e crustáceos.
  • Reprodução: Reproduz-se em zonas costeiras das regiões ártico e sub-ártico da Europa (Escócia e Escandinávia), América do Norte e Asia, e inverna no hemisfério sul, na Antártica. O acasalamento dessa espécie acontece bastante cedo: em novembro, as fêmeas colocam até 3 ovos cada uma, em ninhos bastante camuflados – para dispersar a atenção das gaivotas predadoras. Apenas 23 dias depois, termina a incubação e os filhotes nascem, sendo criados pelas mães até o mês de fevereiro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Trinta-réis-ártico Foto – Nina Wenoli

Características:

O trinta-réis-ártico é uma espécie típica do gênero Sterna, com o característico barrete preto até aos olhos, bico vermelho e corpo branco, apenas com cinzento-prateado no dorso e na parte superior das asas. Assemelha-se bastante à trinta-réis-boreal, o que confere elevado grau de dificuldade a separação de ambas as espécies no mar, quando as condições ou a distância não são ótimas. Possui cauda ligeiramente maior, a cabeça ligeiramente menor, o bico vermelho normalmente sem ponta preta, e a ponta das primárias externas pretas em forma de V, com as primárias exteriores translúcidas. Também pode confundir-se com a trinta-réis-róseo. Porém o tamanho é em torno de 39cm.

Trinta-réis-ártico Foto – Henrique Moreira

Comentários:

É a espécie que executa as migrações mais longas, desde o Ártico, pelo Atlântico Norte e Sul até Antártica, e retornando. Possui uma resistência notável considerando o seu aspecto algo frágil. Em seu voo migratório, cobre em torno de 40.000 km a cada ano. A partir de abril, acontece a migração para a África do Sul. O mês de agosto é o pico do movimento migratório, pois já no começo de setembro e outubro, as aves começam a retornar para seu habitat natural. Os poucos que restam, permanecem para os meses de verão.

Trinta-réis-ártico Foto – Henrique Moreira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Trinta-réis-róseo – (Sterna dougallii)

Trinta-réis-róseo – (Sterna dougallii)

O trinta-réis-róseo Sterna dougallii é uma ave da família Laridae. Ocorre no Brasil, como migrante sazonal, pode ser observado principalmente na costa do Nordeste.

Trinta-réis-róseo Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Trinta-réis-róseo
  • Nome inglês: Roseate Tern
  • Nome científico: Sterna dougallii
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Sterninae
  • Habitat: Ocorrem durante a época quente do hemisfério Norte podem ser encontradas na Europa (Irlanda, Inglaterra e Açores) e desde a América do Norte à Venezuela. No Inverno boreal migram para a costa oriental da América do Sul e África do Sul.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de pequenos peixes, como, agulhão, chicharro, peixe agulha e peixe pau. A dieta desta espécie pode variar consideravelmente entre colônias e de ano para ano. Em menores quantidades, ingerem também peixes mesopelágicos que efetuam migrações verticais (nomeadamente, mictofídeos).
  • Reprodução: Reproduzem-se entre Abril e Julho e os indivíduos formam colônias ainda mais densas do que os garajaus comuns, podendo atingir 3 ninhos/m2. Os ninhos situam-se em locais protegidos por rochas ou vegetação, mas os ovos geralmente 1 ou 2 são postos diretamente no solo. Nidificam em todas as ilhas dos Açores, sendo mais abundantes nas Flores, Graciosa e Santa Maria. As cerca de 20 colônias açoreanas estão espalhadas por ilhéus e escarpas e são quase todas mistas, contendo entre 2 e 200 casais. A ocupação destas colônias pode variar bastante de ano para ano. Estas aves são muito vulneráveis à presença humana, principalmente durante os períodos de postura e incubação. São territoriais e quando perturbados defendem o ninho com agressividade, chegando mesmo a bicar os intrusos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Trinta-réis-róseo Foto – Nina Wenoli

Características:

Os adultos reprodutores apresentam uma mancha preta na cabeça e uma tonalidade rosada no peito (donde deriva o seu nome). No início da época de reprodução o bico é completamente negro, mas após a eclosão das crias, a sua base torna-se vermelha. Em voo e à distancia os indivíduos parecem quase brancos. Na realidade, a parte superior do corpo é de um cinzento muito claro. A cauda é branca e bifurcada com guias mais longas que as do trinta-réis-boreal(Sterna hirundo). Em média os indivíduos pesam 119 g e têm uma envergadura entre 76 e 79 cm.

Trinta-réis-róseo Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam áreas litorâneas, rochedos escarpados á beira mar, paias, lagos e lagoas próximos ao litoral.

Trinta-réis-róseo Foto – Henrique Moreira

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências