Gaivota-de-rabo-preto – (Larus atlanticus)

Gaivota-de-rabo-preto – (Larus atlanticus)

A gaivota-de-rabo-preto Larus atlanticus é uma ave da família Laridae . Espécie ameaçada de extinção. Ocorre no sul do Brasil de forma sazonal.

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Gaivota-de-rabo-preto
  • Nome inglês: Olrog’s Gull
  • Nome científico: Larus atlanticus
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Larinae
  • Habitat: Espécie endêmica da região costeira dos Pampas. Toda a população reprodutiva da espécie se encontra na costa da Argentina. No inverno, indivíduos migram para regiões mais ao norte, atingindo o Uruguai e o sul do Brasil, neste último até o norte de Santa Catarina. No Brasil a única localidade onde a espécie é uma visitante regular é a costa sul do Rio Grande do Sul, enquanto em Santa Catarina são poucos os registros.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de caranguejos durante o período reprodutivo, e no restante do ano, de forma mais variada: peixes, restos de barcos de pesca, mexilhões e insetos. Ave de hábitos alimentares oportunistas, sendo comum roubar presas de outras aves marinhas ou predar ovos e filhotes.
  • Reprodução: Reproduz-se na costa da Argentina, em ilhas, praias, costões rochosos, portos, lagoas e estuários. Põe entre setembro e outubro, em novembro nascem os filhotes
  • Estado de conservação: Quase ameaçada. iucn nt
Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Características:

Mede em média entre 50 e 56 centímetros de comprimento com uma envergadura entre 130 e 140 centímetros. Seu peso varia entre 900 e 960 gramas. A coloração geral do indivíduo adulto é branca e preta. A cabeça, pescoço, uropígio e partes inferiores são brancas. O manto e as asas são pretas. As asas são pretas mas a borda posterior é branca. Cauda branca apresentando uma larga faixa subterminal preta que é mais evidente quando a ave está em voo. Pernas amareladas, pés palmados também amarelados. O bico é forte e longo como esperado para espécies deste gênero, sua coloração é amarela com uma mancha na porção distal preta e ponta vermelha. Os olhos são castanho escuros. Os juvenis da espécie apresentam a cabeça escura e sua coloração geral é marrom com manchas escuras, a cauda é escura e a ponta do bico é preta. Distingue-se de outras espécies do gênero Larus pela faixa subterminal preta na cauda e pelo bico amarelo com a ponta vermelha. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Comentários:

Frequentam regiões arenosas na costa marinha, entre elas as lagoas de água salgada. Está ameaçada de extinção em razão da degradação costeira devido ao desenvolvimento humano, utilização do habitat para lazer humano, agricultura, pesca indiscriminada e poluição ambiental.

Gaivota-de-rabo-preto Foto – Nina Wenoli

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Gaivota-maria-velha – (Chroicocephalus maculipennis)

Gaivota-maria-velha – (Chroicocephalus maculipennis)

A gaivota-maria-velha Chroicocephalus maculipennis é uma ave da família Laridae. Ocorre somente na América do Sul.

Gaivota-maria-velha Foto – Hilton Filho
  • Nome popular: Gaivota-maria-velha
  • Nome inglês: Brown-hooded Gull
  • Nome científico: Chroicocephalus maculipennis
  • Família: Laridae
  • Subfamília: Larinae
  • Habitat: Ocorre exclusivamente na América do Sul, nos oceanos Pacífico e Atlântico, nas ilhas Falklands, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, do Rio Grande do Sul, onde é muito comum, até Alagoas, onde é bem rara.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de peixes, mas também procura insetos e suas larvas, aproveitando-se da aragem de terras, nas lavouras.
  • Reprodução: Constrói o ninho na América do Sul meridional, durante o verão. Coloca em média 3 ovos que choca durante 3 ou 4 semanas. Durante a época do acasalamento esta gaivota apresenta um capuz marrom que lhe cobre toda a cabeça. No entanto, é comum observarmos bandos dessa ave pescando juntos e, nos meses em que a época de reprodução está iniciando ou terminando, misturam-se gaivotas de capuz e de cabeça branca.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Gaivota-maria-velha Foto – Hilton Filho

Características:

Mede em média 53 cm de comprimento. O jovem apresenta plumagem diferente do adulto, com as coberteiras manchadas de marrom. O adulto é semelhante à gaivota-de-cabeça-cinza Chroicocephalus cirrocephalus, sendo diferenciado principalmente pela cabeça escura ao invés de cinza e pela íris escura que no adulto de Chroicocephalus cirrocephalus é de coloração amarela. Após o período reprodutivo, apresenta a cara branca maculada de cinza e uma distinta mancha escura nas auriculares.

Gaivota-maria-velha Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequentam banhados, arrozais, estuários, pantanais, brejos, campos recentemente arados, pastagens, lagos e rios.

Gaivota-maria-velha Foto – Hilton Filho

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.

Referências