Garibaldi – (Chrysomus ruficapillus)

Garibaldi – (Chrysomus ruficapillus)

O garibaldi é uma ave passeriforme da família Icteridae. Também conhecido como papa-arroz, chupim-do-nabo, chapéu-de-couro. Ocorre no Brasil, Argentina, Bolívia, Guianas, Paraguai, e Uruguai.

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Garibaldi
  • Nome inglês: Chestnut-capped Blackbird
  • Nome científico: Chrysomus ruficapillus
  • Família: Icteridae
  • Subfamília: Agelaiinae
  • Habitat: Encontrado nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Tocantins, Distrito Federal e todos os estados do Nordeste
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutas, sementes, grãos e pequenos artrópodes (besouros, aranhas, grilos, gafanhotos, lagartas e larvas). Aprecia arroz com casca.
  • Reprodução: Faz o ninho, em forma de tigela, é geralmente construído entre as folhas de taboas. Os ovos, cerca de três, são levemente azulados com pequenas manchas escuras.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 17,5 e 18,5 centímetros de comprimento e pesa entre 32,2 e 41,3 gramas. (Fraga, 2016). O macho apresenta plumagem negra, tendo a coroa, a garganta e o peito em vermelho fosco (pardo). Dependendo da iluminação e a distância, em que o pássaro se encontrar, as partes vermelhas não são visíveis. A fêmea apresenta plumagem pardo-olivácea, com barriga e lado superior estriados de negro e pardacento-claro; sendo difícil de ser identificada, salvo, quando está próxima ao macho. Tem o canto agradável e melodioso. É um dos sons mais típicos dos brejos e banhados brasileiros.

Possui 2 subespécies:

  • Chrysomus ruficapillus ruficapillus (Vieillot, 1819) – É a subespécie descrita acima. Sul da Bolívia, Sudeste e Sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
  • Chrysomus ruficapillus frontalis (Vieillot, 1819) – Ocorre no Nordeste e centro do Brasil, Amapá, Pará e Guiana Francesa. Extremamente semelhante à anterior, mas pode-se distinguir por ter marcações mais fracas e, especialmente na fronte, um tom de castanho mais brilhante.
Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Habita paisagens úmidas, banhados e brejos, em bandos numerosos. No contexto urbano, não veem problema em dividir as árvores, onde se alimentam e descansam, com outras espécies (pardais, cardeais e outras). São aves fortemente associadas a água. Podem se tornar pragas agrícolas, especialmente em lavouras de arroz alagado

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Guaxe – (Cacicus haemorrhous)

O guaxe Cacicus haemorrhous é um da família Icteridae. Conhecido também como japiim-de-costas-vermelhas, japiim-do-mato, japim-guaxe, japira

Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Guaxe
  • Nome inglês: Red-rumped Cacique
  • Nome científico: Cacicus haemorrhous
  • Família: Icteridae
  • Subfamília: Cacicinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil em duas regiões separadas: – Em toda a Amazônia – De Pernambuco ao Rio Grande do Sul, estendendo-se para o interior até Goiás e Mato Grosso do Sul. Encontrado também nos demais países amazônicos e no Paraguai e Argentina.
  • Alimentação: Onivoro, alimenta-se principalmente de frutos e insetos
  • Reprodução: Somente a fêmea constrói o ninho em forma de bolsa com 40 a 70 centímetros de comprimento, em colônias, com material de vários vegetais e localização variada, podendo ser à pouca altura sobre a água, no alto de árvores no meio da floresta ou em palmeiras nas bordas da floresta. Põe 2 a 3 ovos brancos com pontos e manchas avermelhados e roxos, tendo de 2 a 3 ninhadas por período de reprodução.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede entre 21,5 e 29,5 centímetros de comprimento e tem entre 62 e 96 gramas de peso. O macho mede de 27 a 29,5 centímetros de comprimento e a fêmea 21,5 a 24 centímetros. A plumagem do Guaxe é quase totalmente negra. A íris é azul. O bico é longo, reto e amarelo. A parte posterior das costas e uropígio, é de cor vermelha. Esta parte é especialmente visível em voo. As pernas são pretas. Não há nenhuma diferença visível entre a plumagem do indivíduo do sexo masculino e o indivíduo do sexo feminino. Os machos são ligeiramente maiores que as fêmeas. A plumagem juvenil é fuligem, apresentando a íris na cor marrom.

Possui três subespécies reconhecidas:

  • Cacicus haemorrhous haemorrhous (Linnaeus, 1766) – ocorre do leste da Colômbia até o leste do Equador e do sudeste da Venezuela até o leste da Guiana Francesa e norte do Brasil no estado de Roraima;
  • Cacicus haemorrhous affinis (Swainson, 1834) – ocorre no nordeste e leste do Brasil, do estado de Pernambuco até o estado de Santa Catarina, no nordeste da Argentina e no leste do Paraguai;
  • Cacicus haemorrhous pachyrhynchus (Berlepsch, 1889) – ocorre da bacia do Rio Amazonas no Brasil nos estados do Amazonas e Pará até Rondônia e no noroeste do estado de Mato Grosso, no leste do Peru e no norte da Bolívia.

(Clements checklist, 2014).

Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É comum na copa e bordas de florestas úmidas (na Amazônia principalmente na terra firme), florestas secas e de galeria e capoeiras altas. Vive em grupos, sendo visto regularmente nas bordas de diversos habitats florestais. Preferem baixadas quentes com florestas.

Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

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