Tovacuçu – (Grallaria varia)

Tovacuçu – (Grallaria varia)

O tovacuçu Grallaria varia é uma ave da família Grallariidae. Ocorre no Brasil, na região Norte, além das áreas remanescentes de Mata Atlântica no Nordeste, Sudeste e Sul.

Tovacuçu Foto – Ricardo Gentil
  • Nome popular: Tovacuçu
  • Nome inglês: Variegated Antpitta
  • Nome científico: Grallaria varia
  • Família: Grallariidae
  • Habitat: Ocorre no Brasil em grande parte da região Norte, além das áreas remanescentes de Mata Atlântica no Nordeste, Sudeste e Sul. Está ameaçada pela destruição das florestas tropicais.
  • Alimentação: Alimenta-se em geral de aranhas, escorpiões, centopeias, lacraias e insetos, e outros artrópodes. Captura suas presas sobre as folhas secas da mata. Também come sementes e bagas de caruru (Phytolacea decandra). Corre atrás das formigas de correição, procurando comer os insetos que são espantados por elas.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em formato de tigela aberta feito de material seco (folhas e galhos), podendo ser colocado em cavidades em tocos, em folhas no chão da mata ou paus em baixa altura na vegetação, sempre próximo ao solo. Esta espécie põe dois ovos azul-esverdeados, semelhantes ao ovos de Tinamus. Os pais se revezam na construção do ninho e no cuidado com os filhotes. A eclosão dos ovos ocorre cerca de 20 dias após a fêmea botar o último ovo.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante iucn lc
Tovacuçu Foto – Jarbas Mattos

Características:

Mede em média 21 cm de comprimento. É a maior espécie da família Grallariidae. Ave terrícola de cabeça e olhos grandes, corpo pequeno e cauda curta, pernas longas, fortes e esbranquiçadas. Pula pelo solo em postura reta e cauda levantada. O canto dessa ave é longo e de tom grave, e é emitido somente ao amanhecer e entardecer. Apesar de ser bastante ouvida em matas preservadas, é dificilmente observada. Ave de comportamento bastante tranquilo, dificilmente voa, desloca-se em 3 ou 4 passos e para. Se atraida por playback aproxima-se ficando sempre nas imediações.

Possui cinco subespécies:

  • Grallaria varia varia (Boddaert, 1783) – ocorre nas Guianas e no Brasil ao norte do rio Amazonas até o baixo rio Napo;
  • Grallaria varia cinereiceps (Hellmayr, 1903 ) – ocorre no extremo sul da Venezuela e na região adjacente do noroeste do Brasil e no nordeste do Peru;
  • Grallaria varia distincta (Todd, 1927) – ocorre no Brasil ao sul do rio Amazonas na região entre o rio Madeira e o rio Tapajós, até o estado do Mato Grosso;
  • Grallaria varia imperator (Lafresnaye, 1842) – ocorre no sudeste do Brasil dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro até o leste do Paraguai e norte da Argentina;
  • Grallaria varia intercedens (Berlepsch & Leverkühn, 1890) – ocorre no nordeste e sudeste do Brasil, do estado de Pernambuco até os estados da Bahia e Minas Gerais e provavelmente no estado do Espírito Santo.
Tovacuçu Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

Frequentam florestas úmidas, tanto a Amazônica quanto a Atlântica. Vive em mata alta e sombria em diversos tipos de clima. Na Mata Atlântica do Sudeste é mais comum em áreas montanhosas.

Tovacuçu Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Torom-torom – (Myrmothera berlepschi)

Torom-torom – (Myrmothera berlepschi)

O torom-torom Myrmothera berlepschi é uma ave da família Grallariidae. Ocorre no Brasil, no Peru e na Bolívia.

Torom-torom Foto – Nina Wenoli
  • Nome popular: Torom-torom
  • Nome inglês: Amazonian Antpitta
  • Nome científico: Myrmothera berlepschi
  • Família: Grallariidae
  • Habitat: Ocorre no Brasil ao sul do rio Amazonas (AM, AC, RO, PA, MT). Encontrado também no Peru e na Bolívia.
  • Alimentação: Alimentam-se principalmente de insetos e outros artrópodes caçados geralmente no chão da floresta.
  • Reprodução: Reproduz-se…
  • Estado de conservação: Pouco preocupante iucn lc
Torom-torom Foto – Ricardo Gentil

Características:

Mede em média 14 cm de comprimento. Tem postura ereta, cauda curta e pernas compridas. O alto da cabeça e costas são castanho escuros. Olhos escuros com uma área clara ao redor. A garganta pode ser branca ou bege, conforme a região. O peito é bege amarelado, com estrias irregulares e verticais, dando um aspecto de mármore bem característico. A barriga é branca e os pés rosados e as laterais do corpo também beges. Quando vocaliza incha as bochechas mostrando a pele rosada.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Myrmothera berlepschi berlepschi – ocorre do NE do Peru até o leste do Pará, sempre ao sul do rio Amazonas, e também na Bolívia;
  • Myrmothera berlepschi yessupi – ocorre no C e L do Peru e no SO da Amazônia brasileira (AC);
Torom-torom Foto – Hilton Filho

Comentários:

Frequentam o chão de bordas de floresta densas e em clareiras antigas.

Torom-torom Foto – Ivan Cesar

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências