Casaca-de-couro-da-lama – (Furnarius figulus)

Casaca-de-couro-da-lama – (Furnarius figulus)

O casaca-de-couro-da-lama é uma ave da família Furnariidae. Também conhecido como joão-nordestino e amassa-barro-do-nordeste.

Casaca-de-couro-da-lama Foto – Flávio Pereira
  • Nome popular: Casaca-de-couro-da-lama
  • Nome inglês: Wing-banded Hornero
  • Nome científico: Furnarius figulus
  • Família: Furnariidae
  • Subfamília: Furnariinae
  • Habitat: Presente no Nordeste, em expansão para o Sudeste e no leste da Amazônia .
  • Alimentação: Alimenta-se de pequenos insetos e suas larvas, geralmente coletados na vegetação rasteira, em áreas alagadas, onde chega a capturar também pequenos peixes
  • Reprodução: A observação em campo tende a mostrar que o casaca-de-couro-da-lama choca em casas muito parecidas com as do joão-de-barro, só que neste caso construídas em galhos de árvores. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Casaca-de-couro-da-lama Foto – Flávio Pereira

Características:

Mede cerca de 16 centímetros de comprimento e pesa em torno de 28 gramas. É muito semelhante ao casaca-de-couro-amareloFurnarius leucopus, do qual se distingue pelas pernas de cor cinza e não rosadas como as daquele. Outra diferença marcante em relação ao Furnarius leucopus é a coloração da plumagem da cabeça, que em Furnarius figulus é marrom avermelhada, a mesma cor das costas e asas. Já o Furnarius leucopus apresenta a cabeça marrom escura, em contraste com as costas marrom avermelhadas.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Furnarius figulus figulus (Lichtenstein, 1823) – ocorre no leste do Brasil, na região sul do estado de Minas Gerais e Espírito Santo, até o Maranhão. Esta subespécie apresenta o píleo castanho.
  • Furnarius figulus pileatus (P. L. Sclater & Salvin, 1878) ocorre na Amazônia brasileira, do leste do estado do Amazonas até o leste do estado do Pará e em Goiás e Tocantins na região do alto rio Araguaia. Esta subespécie apresenta o píleo de coloração escura. A subespécie pileatus é considerada uma espécie separada por alguns autores e é candidata a split.

Aves Brasil CBRO – 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014).

Casaca-de-couro-da-lama Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Vive em matas ribeirinhas, babaçuais, brejos e áreas úmidas.

Casaca-de-couro-da-lama Foto – Flávio Pereira

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/casaca-de-couro-da-lama Acesso em 18 Março de 2009.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Casaca-de-couro-da-lama Acesso em 31 de Outubro de 2009.

João-de-barro – (Furnarius rufus)

João-de-barro – (Furnarius rufus)

O joão-de-barro ou forneiro Furnarius rufus é uma ave da família Furnariidae. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno. É a ave símbolo da Argentina, onde é chamado de hornero.

João-de-barro Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: João-de-barro
  • Nome inglês: Rufous Hornero
  • Nome científico: Furnarius rufus
  • Família: Furnariidae
  • Subfamília: Furnariinae
  • Habitat: Podemos encontrá-los nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste de nosso País. Está presente em áreas não florestadas, desde o sul até os estados de Goiás, Piauí e Alagoas. Recentemente tem ampliado seus limites para regiões onde tem ocorrido o desmatamento de grandes áreas, como o sudeste do Pará. Encontrado também na Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
  • Alimentação: Alimentam-se de cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos, também come outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveitam restos alimentares humanos, como pedaços de pão
  • Reprodução: O casal constrói um ninho em formato de forno de barro, o qual pode ser facilmente identificado no alto de árvores e postes em regiões campestres. No interior do ninho há uma parede que separa a entrada e a câmara incubadora, construída para diminuir as correntes de ar e o acesso de possíveis predadores. Utiliza como matéria-prima o barro úmido, esterco e palha. Não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, parecendo realizar um rodízio entre dois a três ninhos, reparando ninhos velhos semi-destruídos. Quando não há mais espaço para a construção de novos ninhos, o pássaro o constrói em cima ou ao lado do velho, em áreas urbanas pode fazer o ninho até no peitoril de janelas. Quando abandonados, os ninhos são reutilizados por outras espécies de aves como canário-da-terra, tuim, pardal e andorinhas
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
João-de-barro Foto – Afonso de Bragança

Características:

Mede em torno de 20 cm de comprimento e pesa cerca de 50 g. Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado. Apresenta uma suave sobrancelha, formada por penas mais claras, em leve contraste com o restante da plumagem da cabeça. Rêmiges primárias (penas de voo, nas asas) anegradas, visíveis em voo, com as asas abertas. Ventralmente é de coloração clara (alguns indivíduos podem possuir o peito, flancos e barriga amarronzados, semelhante ao dorso), sendo o queixo e pescoço brancos. Excetua-se a cauda, que é avermelhada tanto dorsal quanto ventralmente.

Possui cinco subespécies:

  • Furnarius rufus rufus (Gmelin, 1788) – Sul do Brasil e Uruguai até a região central da Argentina.
  • Furnarius rufus albogularis (Spix, 1824) – Sudeste do Brasil (Goiás, Bahia, Minas Gerais e São Paulo).
  • Furnarius rufus commersoni (Pelzeln, 1868)- Oeste do Brasil (Mato Grosso) e áreas adjacentes da Bolívia.
  • Furnarius rufus schuhmacheri (Laubmann, 1933 ) – Norte da Bolívia (região de La Paz e Beni até Tarija).
  • Furnarius rufus paraguayae (Cherrie & Reichenberger, 1921) – Paraguai e norte da Argentina.
João-de-barro Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É uma das aves de mais fácil observação nos locais onde ocorre pois além de não se afastar muito de seu território não é nem um pouco arisca, deixando o observador chegar a poucos metros de distância. Quando não está empoleirada desce ao solo, onde passam boa parte de seu tempo caminhando de modo bem típico alternado pequenas corridas com intervalos nos quais anda mais devagar. É muito comum em paisagens abertas, como campos, cerrados, pastagens, ao longo de rodovias e em jardins. Caminha pelo chão em busca de insetos, freqüentemente pousando em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos arredores. Vive geralmente aos casais. Algumas aves como pardais, canários e tuins podem usar ninhos de joão-de-barro abandonados. Esta ave tipicamente campestre vem aumentando significativamente tanto a sua distribuição quanto abundância. É a ave símbolo da Argentina

João-de-barro Foto – Afonso de Bragança

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/joao-de-barro Acesso em 18 Março de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o-de-barro Acesso em 31 de Outubro de 2010.