Rolinha-do-planalto – (Columbina cyanopis)

A rolinha-do-planalto Columbina cyanopis é uma ave da família Columbidae. ESPÉCIE ENDÊMICA. Ocorre exclusivamente no Cerrado Brasileiro. Criticamente ameaçada.

Rolinha-do-planalto Foto – Daniel Esser
  • Nome popular: Rolinha-do-planalto
  • Nome inglês: Blue-eyed Ground-Dove
  • Nome científico: Columbina cyanopis
  • Família: Columbidae
  • Sub-família: Claravinae
  • Habitat: Ocorre exclusivamente no Cerrado do Brasil.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente se grão e sementes.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho em arbustos feito com gravetos. Põe em média 2 ou 3 ovos por ninhada.
  • Estado de conservação: Em Perigo Crítico.
Rolinha-do-planalto Foto – Daniel Esser

Características:

Mede em média entre 15 e 17 cm de comprimento, tem cor predominantemente castanha. Apresenta cabeça, pescoço e nuca de coloração castanho avermelhada. O peito é castanho. O ventre também é castanho, porém apresenta esta coloração diluída. Crisso e penas subcaudais são brancos. O dorso é marrom e suas asas são acastanhadas, apresentando marcações em tonalidade azul cobalto metálico sobre as coberteiras marrom acastanhadas. As rêmiges primárias são marrom acinzentadas e mais escuras que as rêmiges secundárias. O uropígio é marrom e as penas supracaudais são longas e castanho avermelhadas, da mesma coloração apresentada na cabeça da ave. As retrizes são escuras, de coloração marrom acinzentada e apresentam na porção terminal da face inferior uma estreita borda de coloração clara. Os olhos são pequenos, como é característico das aves do gênero Columbina, e possuem coloração azul-escura conspícua. Bico cinza enegrecido, tarsos e pés rosados. As cores da fêmea são mais claras, principalmente nas partes inferiores.

Rolinha-do-planalto Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequenta campos sujos, campos cerrados e cerrados, campos rupestres também gosta afloramentos rochosos, mais baixo, mais arbustivo que outras partes do Cerrado, com solo bastante pedregoso e arenoso, e a vegetação bem fechada.

Rolinha-do-planalto Foto – Daniel Esser

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.

Referências

Rolinha-roxa – (Columbina talpacoti)

A Rolinha-roxa é uma ave da família Columbidae. Ocorre nas Guianas, Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. É a espécie nativa mais comum em boa parte das grandes cidades brasileiras.

Rolinha-roxa Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Rolinha-roxa
  • Nome inglês: Ruddy Ground-Dove
  • Nome científico: Columbina talpacoti
  • Família: Columbidae
  • Subfamília: Claravinae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil, porém raramente vista em áreas densamente florestadas da Amazônia
  • Alimentação: Alimenta-se de grãos encontrados no chão. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
  • Reprodução: O casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas de perto. O macho possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, bem fechados pelas ramadas do entorno. Postura de 2 ovos, chocados pelo macho e fêmea entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com no máximo 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais permitem. Se tiver alimento em abundância pode reproduzir o ano inteiro.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. 
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Rolinha-roxa Foto – Afonso de Bragança

Características:

Medem 17 centímetros de comprimento e pesam 47 gramas. O macho, com penas marrom avermelhada, cor dominante no corpo do adulto, em contraste com a cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa uma série de pontos negros nas penas. Filhote sai com traços da plumagem de cada sexo.

Rolinha-roxa Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

É a espécie nativa mais comum em boa parte das grandes cidades brasileiras. É curioso notar que costuma ser encontrada em maior quantidade em locais alterados pelo homem do que em seu próprio habitat original que são as áreas de cerrados e campos. Adapta-se aos ambientes artificiais criados pela ação humana. Vive em áreas abertas; o desmatamento facilitou sua expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Entrou nas grandes cidades das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil; facilmente encontrada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territórios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos são mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no chão e com a asa esticada para cima, mostram a grande área de penas negras sob a asa. Observadores de pássaros do centro-sul de nosso país vêm observando uma “substituição” desta espécie por outra pombinha, a Zenaida auriculata, também conhecida como pomba-de-bando, amargosinha ou avoante. Esta última espécie vem conquistando o ambiente urbano cada vez mais efetivamente e está aparentemente competindo com a rolinha-roxa, que já é menos frequente que a pomba-de-bando na maioria das cidades do interior de São Paulo. Seja como for, esta espécie simpática e até mesmo ingênua está longe de desaparecer dos quintais de nossas casas e das praças e jardins de nossas cidades, mesmo que estes estejam em grandes prédios

Rolinha-roxa Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências