Gavião-peneira – (Elanus leucurus)

O gavião-peneira Elanus leucurus é uma ave da família Accipitridae. Conhecido como gavião-peneirador e peneireiro-cinzento. Ocorre desde a América do Norte até a Argentina e o Chile.

Gavião-peneira Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Gavião-peneira
  • Nome inglês: White-tailed Kite
  • Nome científico: Elanus leucurus
  • Família: Accipitridae
  • Subfamília: Elaninae
  • Habitat: Ocorre desde a América do Norte até a Argentina e o Chile. Encontrado também em todo o Brasil.
  • Alimentação: Caça pairando no ar por longos períodos, de onde examina o chão (daí o nome “peneira”, resultante do hábito de “peneirar” o solo) em busca de pequenos ratos, mucuras, lagartos pequenas aves e insetos.
  • Reprodução: Normalmente nidifica isoladamente. Usa ninhos abandonados de outras aves, no topo de árvores altas, aos quais acrescenta capim para a postura tem em média 4 ovos. Incubados de 30 a 32 dias, e os filhotes voam entre 35 a 40 dias após o nascimento. Embora o casal construa o ninho, cabe ao macho, exclusivamente, o papel de alimentar a prole e a fêmea, até os filhotes voarem. ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
Gavião-peneira Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede entre 35 e 43 centímetros de comprimento e pesa entre 241 e 375 gramas. Sua envergadura mede entre 88 e 102 centímetros. Tem asas e cauda longas, partes superiores, peito e ventre são cinza-claros quase brancos, coberteiras superiores das asas formando larga mancha negra nos ombros, lados da cauda brancos. Partes inferiores brancas com uma nódoa negra na região da mão. As pernas são curtas e fortes e se apresentam na cor amarela. Os olhos do indivíduo adulto são de coloração vermelha intensa, circundados por uma órbita negra, bastante característicos a esta espécie. O bico é curto, negro e em forma de gancho, a base do bico é de cor amarela e larga, o que facilita a ave na tarefa de engolir suas pequenas presas.

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Elanus leucurus leucurus (Vieillot, 1818) – ocorre desde o leste do Panamá até o Brasil, região central da Argentina e região central do Chile;
  • Elanus leucurus majusculus (Bangs & T. E. Penard, 1920) – ocorre desde o sudoeste dos Estados Unidos da América até o oeste do Panamá.

ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); (Clements checklist, 2014).

Gavião-peneira Foto – Renato Costa Pinto

Comentários:

Frequenta campos com árvores ou áreas florestadas, permeadas de vegetação aberta. Eventualmente encontrado em cidades. É beneficiado pelo desmatamento causado pelo avanço de áreas agrícolas e pastagens, tornando-se numeroso em alguns locais. Costuma caçar peneirando contra o vento, examinando o solo a uma altura de cerca de 30 metros, mantendo as asas bastante elevadas e os pés pendentes com os dedos fechados. Nos campos com árvores esparsas, pousa sobre fios balançando a cauda.

Gavião-peneira Foto – Renato Costa Pinto

Referências & Bibliografia:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • Wikiaves – disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/gaviao-peneira Acesso em 18 Março de 2010.
  • Wikipédia – disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gavi%C3%A3o-peneira Acesso em 31 de Outubro de 2010.

Gaviãozinho – (Gampsonyx swainsonii)

O gaviãozinho Gampsonyx swainsonii é uma ave da família Accipitridae. É o menor gavião de que ocorre no Brasil. Ocorre da Nicarágua até o Paraguai, Argentina e Brasil.

gaviãozinho Foto – Edgard Thomas
  • Nome popular: Gaviãozinho
  • Nome inglês: Pearl Kite
  • Nome científico: Gampsonyx swainsonii
  • Família: Accipitridae
  • Subfamília: Elaninae
  • Habitat: Ocorre da Nicarágua até o Paraguai, Argentina e Brasil. No Brasil, podemos encontrá-los desde a Amazônia até os estados de Minas Gerais e noroeste do Rio Grande do Sul (Sick, 1997; Wikiaves, 2014). São conhecidas três subespécies, o G. s. leonae: Nicarágua, norte da Colômbia até Venezuela e Trinidade, Guiana, Suriame até a região do rio Amazonas. G. s. magnus: oeste da Colômbia, Equador e norte do Peru. G. s. swainsonii: Brasil ao sul do rio Amazonas, até o oriente do Peru, Bolívia, Paraguai e norte da Argentina (Del Hoyo et al. 1994).
  • Alimentação: Pousa no alto de postes e árvores, de onde procura insetos, lagartos, pássaros e outros pequenos vertebrados.
  • Reprodução: Faz o ninho com gravetos, semelhante a uma plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura, macho e fêmea participam da construção do ninho. Coloca 3 ovos brancos manchados de castanho, e a incubação é feita pela fêmea por 34-35 dias, são poucos os relatos de ninhos usados por anos consecutivos.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante.
gaviãozinho Foto – Edgard Thomas

Características:

Mede cerca de 20-28 cm de comprimento, peso de 94-98 g (macho) e 95-102 g (fêmea) (Bierregard & Kirwan 2013), sendo o menor rapinante diurno (em cm) que ocorre no Brasil. Apresenta coloração branca predominante, dorso cinza escuro, região frontal da cabeça e laterais próximos aos olhos de cor creme-amarelado, penas primárias e secundárias com pontas brancas. Os tarsos e os dedos são amarelos, e o bico e cera são cinzas; íris varia do castanho ao vermelho (Márquez et. al. 2005).

Possui três subespécies:

  • Gampsonyx swainsonii swainsonii (Vigors, 1825) – ocorre no Brasil, ao sul do Rio Amazonas até o leste do Peru, Bolívia e nordeste da Argentina;
  • Gampsonyx swainsonii leonae (Chubb, 1918) – ocorre na Nicarágua; norte da América do Sul até o Rio Amazonas;
  • Gampsonyx swainsonii magnus (Chubb, 1918) – ocorre da região costeira do oeste da Colômbia até o Equador e norte do Peru.

(Clements checklist, 2014).

gaviãozinho Foto – Jarbas Mattos

Comentários:

Vive em beiras de rios e lagos, campos com árvores esparsas, savanas e em cidades mais arborizadas. Pode ser observado planando a grande altura ou empoleirado a espera de alguma presa. (Sick, 1997; Global Raptor, 2010). Está expandindo sua população, com novos registros em áreas de pastagens e cultivo e no entorno de cidades (Gwynne et al. 2010).

gaviãozinho Foto – Jarbas Mattos

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências