Gavião-de-penacho – (Spizaetus ornatus)

Gavião-de-penacho – (Spizaetus ornatus)

O gavião-de-penacho é uma ave accipitriforme da família Accipitridae. Ocorre no Brasil, e também do México à Argentina, além das Guianas e Venezuela.

Gavião-de-penacho Foto – Guilherme Serpa
  • Nome popular: Gavião-de-penacho
  • Nome inglês: Ornate Hawk-Eagle
  • Nome científico: Spizaetus ornatus
  • Família: Accipitridae
  • Sub-família: Accipitrininae
  • Habitat: Ocorre em todo o Brasil, exceto na caatinga nordestina e no extremo sul do Brasil. Encontrado também do México à Argentina, além das Guianas e Venezuela.
  • Alimentação: Alimenta-se de várias espécies, como aves, mamíferos, répteis. Entretanto, pode se adaptar ao ambiente e às presas que encontra. Existe um registro de um ninho em uma área de transição Mata Atlântica/cerrado em Minas Gerais onde a principal presa eram micos
  • Reprodução: Reproduz-se construindo um ninho no topo de árvores, com alturas que variam de 16 a 30 metros; normalmente em bifurcação primária ou secundária, é uma imensa plataforma de galhos secos que ultrapassa 1 metro de comprimento e largura. No Brasil, a época reprodutiva se inicia em agosto com os trabalhos de retoque do ninho. A postura é de único ovo, que é incubado durante 48 a 51 dias. A fêmea fica responsável pela incubação no ninho sendo alimentada pelo macho, como acontece com outras espécies do gênero e outras águias de grande porte. O filhote abandona o ninho com mais de 80 dias, mas permanece no sítio reprodutivo dependente dos pais por cerca de 15 meses, fazendo com que haja um intervalo de pelo menos dois anos entre uma reprodução e outra.
  • Estado de conservação: Quase Ameaçada. iucn nt
Gavião-de-penacho Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média entre 58 e 67 centímetros. Os machos podem pesar em torno de um quilo e as fêmeas, um quilo e meio. Em sua coroa possui um conjunto de penas que medem até 10 centímetros e formam um penacho preto. As laterais da cabeça, nuca e peito são castanho avermelhadas, com a garganta, o ventre e os flancos brancos, com barras irregulares negras. O dorso e as asas são marrom pardacentos, quase negros. Suas canelas são emplumadas e a cauda longa apresenta três barras cinza pardacentas.

Possui duas subespécies:

  • Spizaetus ornatus ornatus (Daudin, 1800) – ocorre da região tropical úmida do norte da América do Sul até o norte da Argentina e no Brasil;
  • Spizaetus ornatus vicarius (Friedmann, 1935) – ocorre das florestas úmidas do sul do México até o oeste da Colômbia e oeste do Equador.
Gavião-de-penacho Foto – Daniel Esser

Comentários:

Frequenta florestas com alto grau de conservação ou com pouca alteração causada pelo homem. Também pode ser encontrado em clareiras, próximo de rios ou da borda da floresta. Como o gavião-de-penacho é uma espécie que vive a maior parte do tempo dentro da floresta, é ali também que vai caçar. Geralmente utiliza poleiros altos.

Gavião-de-penacho Foto – Julio Filipino

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Maçarico-rasteirinho – (Calidris pusilla)

Maçarico-rasteirinho – (Calidris pusilla)

O maçarico-rasteirinho Calidris pusilla é uma ave da família Scolopacidae. Ocorre no Brasil, em uma faixa costeira do Amapá até ao Rio Grande do Sul. Espécie migrante.

Maçarico-rasteirinho Foto – Guilherme Serpa
  • Nome popular: Maçarico-rasteirinho
  • Nome inglês: Semipalmated Sandpiper
  • Nome científico: Calidris pusilla
  • Família: Scolopacidae
  • Subfamília: Arenariinae
  • Habitat: Ocorre no Brasil,  ao longo da costa Atlântica. Nas regiões Norte e Nordeste, as principais concentrações populacionais dessa ave são registradas nas Reentrâncias Paraenses e Maranhenses e nos estados do Amapá e Pernambuco. Enquanto que, nas regiões Sudeste e Sul, sua concentração é menor.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos aquáticos e crustáceos. É uma ave limícola, forrageia no lodaçal em busca de alimento.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho no chão. O macho faz várias escavações superficiais, a fêmea escolhe uma e adiciona outros materiais como capim para forrar o ninho. Põe em média 4 ovos por ninhada, o macho ajuda na incubação. Depois de alguns dias, a fêmea deixa os jovens com o macho, na alimentação dos próprios jovens. Seu habitat de reprodução é a tundra no sul do Canadá e do Alaska, perto da água.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Maçarico-rasteirinho Foto – Guilherme Serpa

Características:

Mede em média entre 13 e 15 cm de comprimento e pesa entre 20 e 41 gramas. Tem envergadura entre 34 e 37 cm. Apresenta os pés e bico pretos. Tem o corpo cinza amarronzado escuro na sua porção superior e branco na porção inferior. A cabeça e o pescoço são tingidos de cinza claro. Quando em voo, visto de cima, mostra uma distinta e estreita barra alar branca e laterais também brancas. A região do uropígio com sua porção central escura. Os pés não atingem a ponta da cauda. A plumagem varia com a idade e época do ano. Apresenta membrana parcial entre os três dedos do pé.

Maçarico-rasteirinho Foto – Guilherme Serpa

Comentários:

Frequenta alagados, praias, lamaçais, e outros ambientes aquáticos. Ave migratória visitante do hemisfério norte.

Maçarico-rasteirinho Foto – Guilherme Serpa

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências