Cisqueiro-do-rio – (Clibanornis rectirostris)

Cisqueiro-do-rio – (Clibanornis rectirostris)

O cisqueiro-do-rio Clibanornis rectirostris é uma ave da Furnariidae. Espécie endêmica do cerrado Brasileiro, Também conhecido como fura-barreira.

Cisqueiro-do-rio Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Cisqueiro-do-rio
  • Nome inglês: Chestnut-capped Foliage-gleaner
  • Nome científico: Clibanornis rectirostris
  • Família: Furnariidae
  • Subfamília: Philydorinae
  • Habitat: Ocorre no Sudeste e Centro Oeste do Brasil principalmente em áreas de cerrado.
  • Alimentação: Busca alimento preferencialmente no solo, revirando folhas secas a procura de insetos e outros artrópodes.
  • Reprodução: Os machos e fêmeas participam de todas as etapas:construção do ninho, incubação dos ovos, alimentação dos ninhegos e da prole durante a permanência dos filhotes no território. Constrói o ninho em barrancos na margem de rios, escavam um túnel reto, levemente ascendente, finalizado em câmara onde constroem uma tigela rasa com gravetos finos. A reprodução inicia no fim da estação seca e as enchentes dos rios podem destruir os ninhos. Põe de 2 a 3 ovos, incubam por 17 dias e alimentam os ninhegos durante 21 a 25 dias. Após deixarem o ninho, os jovens permanecem no território dos pais por aproximadamente 90 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Cisqueiro-do-rio Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede cerca de 21 cm plumagem relativamente uniforme, com tom ferrugíneo, e íris amarelada. Não há dimorfismos aparente entre sexos, entretanto machos apresentam asa e cauda maiores que fêmeas. Jovens apresentam face castanha, penas da fronte e píleo amplamente marginadas de negro, mento, garganta, bigode, pescoço e peito castanhos com a borda das penas negras, dorso marrom escuro, asas e cauda ruivas como o adulto, íris marrom escuro, bico, tarso e dedos negro-acinzentados. A plumagem adulta é adquirida em menos de um ano, na estação reprodutiva seguinte.

Cisqueiro-do-rio Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Frequenta as matas ciliares do Cerrado, forrageando em folhas secas no solo e a pouca distância do rio. O casal vive em território estabelecido com área de aproximadamente 2,9 ± 1,4 hectares e 405,0 ± 99,6 metros de rio, conforme estudo conduzido com seis casais na Serra do Cipó (MG). Apresenta comportamento de defesa de território com vocalização intensa durante o ano todo.

Cisqueiro-do-rio Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências

Andarilho – (Geositta poeciloptera)

Andarilho – (Geositta poeciloptera)

O andarilho Geositta poeciloptera é uma ave da família Scleruridae. Espécie endêmica. Ocorre no Brasil centro-meridional. Ameaçado de extinção

Andarilho Foto – Claudio Lopes
  • Nome popular: Andarilho
  • Nome inglês: Campo Miner
  • Nome científico: Geositta poeciloptera
  • Família: Scleruridae
  • Habitat: Espécie endêmica do Cerrado, ocorre no Brasil centro-meridional.
  • Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos e outros artrópodes capturados no solo, muitas vezes seguindo incêndios em busca de presas moribundas ou sementes.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo o ninho no interior de tocas de tatus em campos, feito com matéria vegetal seca, ou em túneis aparentemente escavados por ele próprio ou por andorinhas em barrancos. Põe em geral 2 ovos por ninhada.
  • Estado de conservação: Vulnerável iucn vu
Andarilho Foto – Claudio Lopes

Características:

Mede em média 11 cm de comprimento. é uma espécie pequena campestre semiterrícola, de cauda curta. Abre ambas as asas providas de complexos padrões de castanho e marrom-escuro, exibindo-se sobre poleiros elevados e executa voos de exibição com batidas de asas sincronizadas. >ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL

Andarilho Foto – Claudio Lopes

Comentários:

Frequentam campos limpos, campos sujos e campos cerrados entre 500 e 1250 metros de altitude. Prefere áreas recentemente queimadas. Executa deslocamentos nomádicos e rapidamente surge em áreas recentemente chamuscadas, aparentemente desenvolvendo grande capacidade de deslocamento entre áreas muito distantes. Com a ocupação humana desaparece dos campos naturais onde vive.

Andarilho Foto – Claudio Lopes

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências