Nêspera – (Eriobotrya japonica)

Nêspera – (Eriobotrya japonica)

A Nespereira Eriobotrya japonica é uma espécie vegetal da família Rosaceae. É uma árvore pequena, com uma coroa circular e um tronco curto. Pode crescer até 10 m de altura, mas é geralmente menor, com cerca de 3 a 4 m.

Nespera Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Nêspera, nespereira, ameixa-do-pará
  • Nome científico: Eriobotrya japonica
  • Família: Rosaceae
  • Clima: Subtropical, Temperado, Tropical
  • Origem: China e Japão
  • Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros
  • Luminosidade: Sol pleno
  • Ciclo de Vida: Perene
Nespera Foto – Afonso de Bragança

Características:

A nespereira é uma arvoreta perenifólia, frutífera, originária do Japão e conhecida em diversas partes do mundo pelos seus saborosos frutos. Apresenta tronco curto e avermelhado, com copa arredondada e ramagem nova recoberta por lanugem. Em altura pode alcançar até 10 metros, mas geralmente não ultrapassa os 4 metros. Suas folhas são alternas, lanceoladas, simples, verde-escuras, coriáceas, com margens denteadas e com densa lanugem de cor amarelo-amarronzada na página inferior. As folhas jovens, apresentam pubescência em toda sua extensão. Mas estes pelos caem gradualmente com a maturação das folhas. Um dos fatos mais interessantes sobre esta espécie, é que ela produz na entressafra da grande maioria das espécies frutíferas. Sua floração ocorre no outono e início do inverno, enquanto que sua frutificação dá-se no inverno e início da primavera.

Nespera Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Muitas pessoas conhecem esta árvore por ameixa do pará, ameixa-japonesa ou simplesmente ameixa-amarela. Ela costuma ser comum em quintais, onde faz a festa dos pássaros e das pessoas que podem apreciar seu doce fruto. Em função de se desenvolver e frutificar bem, ela se adapta tanto às temperaturas amenas quanto quentes. Uma coisa é certa: prefere solos profundos e ricos em matéria orgânica e com boa disponibilidade de água. Durante o inverno, a árvore não perde todas as folhas, o que a faz suportar temperaturas abaixo de zero grau.

Nespera Foto – Afonso de Bragança

Aves que atrai:

Aves que atrai:Atraí e alimenta uma grande quantidade de aves tais como: Periquitos, Sanhaços, Maritacas, Bem-te-vis, Saís, Saíras Cambacicas, Sabiás e outros.

Referências Bibliográficas:

Canário-da-terra – (Sicalis flaveola)

Canário-da-terra – (Sicalis flaveola)

O canário-da-terra Sicalis flaveola, é uma ave da família Thraupidae. Também é conhecido como canário-da-terra-verdadeiro. Ocorre no Brasil, nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Canário-da-terra Foto – Afonso de Bragança
  • Nome popular: Canário-da-terra
  • Nome inglês: Saffron Finch
  • Nome científico: Sicalis flaveola
  • Família: Thraupidae
  • Subfamília: Diglossinae
  • Habitat: Ocorre do Maranhão ao sul até o Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso, bem como nas ilhas do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Encontrado localmente também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.
  • Alimentação: Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo, portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
  • Reprodução: Reproduz-se construindo ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Frequentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos, que são chocados por 14 ou 15 dias.
  • Estado de conservação: Pouco preocupante. iucn lc
Canário-da-terra Foto – Afonso de Bragança

Características:

Tem um tamanho aproximado de 14 cm. Peso médio: 20 gramas. Cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem têm a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração amarela. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.

São cinco subespécies reconhecidas, sendo duas brasileiras.

  • Sicalis flaveola brasiliensis (Gmelin, 1789) – ocorre no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
  • Sicalis flaveola pelzelni (P. L. Sclater, 1872) – Canário-chapinha. Ocorre na Bolívia, ao leste dos Andes, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
  • Sicalis flaveola flaveola (Linnaeus, 1766) – ocorre na Colômbia, Venezuela, Guianas e Trinidad. Introduzido no Panamá, Porto Rico e Jamaica.
  • Sicalis flaveola valida (Bangs & T. E. Penard, 1921) – ocorre no Peru e Equador.
  • Sicalis flaveola koenigi (G. Hoy, 1978) – ocorre no noroeste da Argentina, na região de Salta e Jujuy.
Canário-da-terra Foto – Afonso de Bragança

Comentários:

Vive em campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas. Costuma ficar em bandos quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero, diferente do canto diurno. O canto de corte é melodioso e baixo, acompanhado de um display parecido com uma dança em volta da fêmea. É frequentemente aprisionado como ave de cativeiro. Graças à ação das autoridades e da conscientização da população, registros do canário-da-terra vêm se tornando mais frequentes nos últimos anos

Canário-da-terra Foto – Afonso de Bragança

Consulta bibliográfica sobre a espécie:

  • FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição. Ed. Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda.
  • SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.
  • Sigrist, Tomas Sigrist; Guia de Campo Avifauna Brasileira 1ª edição 2009 Avis Brasilis Editora.
  • ITIS – Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
  • CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2016.

Referências